Para presidente de CPI, falta clareza em aluguel de postes

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Eletropaulo discutiu nesta quinta-feira o uso de postes da Eletropaulo por outras concessionárias. Tanto a fornecedora de energia elétrica quanto a Telefônica, uma das beneficiadas, afirmam que o compartilhamento da rede aérea ocorre em concordância com as normas da agência reguladora.

Segundo Fábio Abreu Carvalho, da Telefônica, são pagos mensalmente cerca de R$ 3 por poste compartilhado. O presidente da CPI, vereador Donato (PT), disse que a Eletropaulo chega a receber R$ 600 milhões anualmente com o aluguel das estruturas.

O que se vê é que não temos uma política efetiva de resolver o compartilhamento da rede aérea, a segurança e a poluição visual. Cada um põe do seu jeito, tanto em bairros mais organizados quanto em áreas mais pobres, criticou o parlamentar.

Apesar de concordar que o emaranhado de fios prejudica a paisagem em bairros e favelas, Fábio afirmou que a fiação utilizada em telecomunicações é de baixa voltagem, e portanto não representa riscos para o usuário final nem para técnicos. Segundo ele, as aglomerações mostradas pelos membros da CPI em Heliópolis e Paraisópolis — duas maiores favelas de São Paulo — são compostas pelos fios que ligam a rede principal à casa do cliente, uma situação até agora inevitável.

O representante da Telefônica não soube informar quanto do dinheiro pago pelo aluguel dos postes é repassado para que haja descontos na tarifa dos munícipes. Para Donato, um dos encaminhamentos da CPI pode ser o de fazer com que essa quantia seja revertida em obras para o enterramento da fiação.

(01/12/2011 – 14h00)

 

 

 

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