Parlamentares são barrados na Feira da Madrugada

Durante mais de duas horas, um grupo de vereadores foi impedido pela Guarda Civil Metropolitana de entrar nas dependências do Pátio do Pari, onde ocorre a Feira da Madrugada, nesta quarta-feira.  Os parlamentares chegaram ao local pouco antes do meio-dia para aprofundar os trabalhos da subcomissão que investiga a administração da feira, mas só conseguiram a liberação perto das 14h.

A Feira da Madrugada está fechada desde o último sábado por suspeitas de irregularidades. Diante da negativa da Guarda Civil em liberar a entrada ao espaço, o vereador Adilson Amadeu (PTB) escalou os portões da feira para discutir com os oficiais.

A liberação só ocorreu após a chegada do secretário de Segurança Urbana, Edson Ortega, e de negociações dos administradores do Pátio do Pari com os membros da subcomissão — Amadeu, José Américo (PT) e Aurélio Miguel (PR) — e os vereadores José Police Neto (presidente da Câmara), Roberto Tripoli (PV, líder do governo), Floriano Pesaro (PSDB) e Juscelino Gadelha (sem partido).

Do lado de fora, centenas de lojistas reclamavam do fechamento da feira e da atual maneira como estão sendo fiscalizados: houve uma distribuição de senhas para regulamentar a entrada e a comprovação da origem da mercadoria, mas muitos afirmam estarem de fora porque as associações locais estariam favorecendo alguns comerciantes em detrimento de outros.

Para Adilson Amadeu, embora a vistoria tenha sido esclarecedora, restaram muitas dúvidas a serem esclarecidas pelo secretário Ortega. “Há muitas coisas obscuras na Feira da Madrugada. O secretário fala que a Prefeitura está fazendo uma operação conjunta com a Receita Federal e o Ministério Público, mas não encontramos ninguém desses órgãos aqui”, afirmou.

Segundo o vereador, a subcomissão está disposta a pressionar o Executivo para que a feira seja reaberta ainda esta semana. O síndico do condomínio da Feira da Madrugada, Aílton Vicente de Oliveira, disse que apenas 300 boxes faltam serem devidamente regularizados, e que os outros 4 mil poderiam voltar a funcionar sem problemas.

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(10/08/2011 – 17h00)

 

 

 

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