PME: metas de educação inclusiva são avaliadas por comissão

A educação inclusiva foi tema da reunião desta segunda-feira (30/06) do grupo de trabalho, criado pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte para avaliar as metas e objetivos do PME (Plano Municipal de Educação) instituído pelo Projeto de Lei (PL) 415/2012. Os participantes debateram educação para jovens e adultos, educação indígena e o ensino da cultura afro-brasileira nas escolas.

O ensino de história e cultura afro-brasileira, instituído no currículo pela Lei Federal 10.639, foi um dos assuntos mais repercutidos na reunião. Para os profissionais presentes no encontro, o plano deve contemplar ações mais especificas, para que haja efetivamente o cumprimento da lei.

O país tem um divida enorme com a população negra. Continuar tratando esta história com hipocrisia e de forma subjetiva não faz com que os educadores tenham o mesmo entendimento do que deve ser transmitido aos alunos, disse Claudete Alves, representante do Sedin (Sindicato da Educação Infantil).

Sobre a educação de jovens e adultos, a falta de estrutura e uma possível reavaliação das necessidades do programa foram citadas. Para os profissionais, é preciso uma política de apoio à permanência, para que haja melhora na estrutura, mais pessoas sejam beneficiadas e a meta seja atingida com qualidade.

Outras sugestões versaram sobre o aperfeiçoamento do transporte escolar gratuito, especialmente para população indígena; salas de acolhimento aos filhos de alunos; e a flexibilidade de horários, já que as aulas de educação para jovens e adultos só podem acontecer à noite, de acordo com as regras atuais.

Reforço que precisamos de um censo que indique as necessidades de cada região e assim criar programas que atendam efetivamente às prioridades. Não há como criar programas de qualidade sem saber o que realmente a população precisa, afirmou Denise Carreira, representante da organização Ação Educativa.

Em relação ao atendimento a pessoas com deficiência, indígenas, inclusão de gênero e orientação sexual, grande parte dos profissionais presentes resaltaram a importância de haver formações especializadas para os educadores.

Segundo Jô Nunes, mãe de uma portadora de deficiência intelectual e militante da causa, alguns educadores e escolas ainda não estão preparados para receber estes alunos. Devem acontecer diálogos entre a escola e as famílias para que o processo de formação seja completo, todos precisam entender as necessidades desses alunos, disse. (Da Redação)

(30/06/2014 – 22h58)

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