População pede que metas do Plano Municipal de Educação sejam revistas

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Vereadores participam da audiência pública para discutir o Plano Municipal de Educação
Foto: Luiz França / CMSP


DA REDAÇÃO

Representantes de diversas instituições pediram nesta quinta-feira (20/8) que os vereadores revejam algumas metas do Plano Municipal de Educação (PME) – projeto em tramitação na Câmara que define diretrizes para melhorar o ensino nos próximos dez anos.  A redução do número de alunos por sala de aula e o aumento do financiamento foram as principais solicitações dos que participaram da audiência pública conjunta das Comissões de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher e Educação, Cultura e Esportes.

Em nota assinada por diversos institutos e enviada a todos os parlamentares, o pedido é que a meta de redução do número de alunos por docente, que determina a diminuição em 10%, seja revista. “O texto substitutivo aprovado pela Comissão de Educação reduzia para 25 estudantes no ensino fundamental e 20 na educação infantil. Esses números desapareceram no substitutivo aprovado pela Comissão de Finanças e Orçamento e pelo plenário. Falar em diminuir em 10% não se diz o que pretende e assim fica difícil acompanhar se essa meta será ou não cumprida”, explicou a representante do Instituto Paulo Freire, Sheila Ceccon.

O Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo (Aprofem) também entregou um documento aos vereadores para que o Plano Municipal de Educação seja revisto antes de ser aprovado em segunda votação na próxima terça-feira (25/8). “O projeto retirou a meta de financiamento e pedimos que ela seja retomada, que o município se comprometa a ampliar a verba para 30%, pelo menos, para que a proposta possa ser implementada”, declarou o diretor da Aprofem, Arnaldo Ribeiro dos Santos.

O debate sobre a inclusão ou não de gênero no PME voltou a ser discutido durante a audiência pública. Para o mestrando em filofia Paulo Rafael Oliveira, o tema não deve estar no plano. “O gênero não deve ser colocado no projeto porque o Plano Nacional de Educação porque desconsidera a tradição ocidental e causa  confusão nas crianças. O que deve ser colocado é a necessidade de elas serem alfabetizadas e serem educadas para que não façam discriminação com nenhuma pessoa ou situação”, declarou.

A vereadora Juliana Cardoso (PT) mostrou-se favorável à inclusão de gênero no projeto. “Vou retomar essa questão dentro das emendas que apresentarei. Esse assunto deve ser discutido nas escolas para reduzir a violência”, explicou.

O vereador Eliseu Gabriel (PSB) declarou que ele e outros parlamentares apresentarão um substitutivo para ser discutido em plenário. “Colocamos no texto sobre a necessidade de ações contra a discriminação sexual, a intolerância e a violência”, sinalizou.

O presidente da Comissão de Educação, vereador Reis (PT), falou sobre um substitutivo que está sendo feito pela bancada de seu partido e que deverá ser apresentado também. “Estamos elaborando outro texto para corrigir determinadas questões pertinentes à Comissão de
Educação. Por exemplo, a progressão continuada, o financiamento da educação e a universalização do ensino infantil”, disse.

2 Contribuições

Raphael Bellis de Sousa

Deve-se incluir no Plano Municipal da Educação as questões citadas de número máximo de alunos por sala (o texto substitutivo da Comissão de Educação trata muito bem esse ponto ) e ampliar a meta de financiamento para 30%, além de uma forma de se evitar qualquer tipo de discriminação.

Responder
ALEXANDRE SILVA LIMA

Meu Deus! que espécie de sociedade vocês estão desejando criar? estão acabando com valores da família. Onde estão os representantes da sociedade que não insurgem contra isso? só querem ganhar votos e depois ficam escondidos atras de sua covardia.

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