Prêmio Milton Santos: Projetos ‘Acupuntura urbana’ e ‘Sampa’ recebem Salva de Prata

DA REDAÇÃO

A edição 2016 do Prêmio Milton Santos, realizada na noite desta sexta-feira (24/6) no Salão Nobre da Câmara Municipal, contemplou com Salva de Prata os projetos ‘Acupuntura Urbana’ (vencedor na Categoria I), que visa transformar espaços públicos de forma ativa e participativa, e ‘Sampa’ (vencedor Categoria II), que busca melhorar a qualidade da educação de crianças carentes. As iniciativas vencedoras são desenvolvidas pela Acupuntura Urbana e pela Associação Brasileira de Educação e Cultura (ABEC), respectivamente.

“Esse prêmio representa todo o trabalho que foi feito, toda imersão que nós fizemos na história de São Paulo, todos os questionamentos políticos que essas crianças fizeram dentro do nosso projeto, das manifestações em prol do amor e do abraço que eles fizeram também dentro do projeto, isso é só um espelho de tudo o que ocorreu”, afirmou o educador social Danilo Vaz Ribeiro, da ABEC.

“Nós estamos muito felizes pelo reconhecimento da Câmara Municipal de São Paulo, que está reconhecendo o trabalho que nós estamos fazendo, que é revitalizar espaços públicos e mostrar para as comunidades como elas mesmas podem contribuir para melhorar e transformar os seus espaços, tornando-os mais bonitos e coloridos”, pontuou Anthony Robert Kunze, que representou a Acupuntura Urbana.

A categoria I premia projetos que favorecem a organização dos envolvidos em seu território, estimulando o auto fortalecimento, e que podem expandir-se para outras regiões. Já a categoria II contempla projetos que resultem em formas de solidariedade ao outro, que estimulem o fortalecimento do outro por meio da solidariedade.

O vereador Nabil Bonduki (PT) que presidiu a cerimônia de premiação ressaltou a importância das as  ações que são desenvolvidas por estas organizações e destacou o crescimento deste tipo de trabalho.

“Nós estamos vendo na cidade um crescimento de organizações que estão preocupadas com a cidade, preocupadas em melhorar a vida nos seus locais de moradia, promovendo o processo de inclusão territorial, no conceito que o professor Milton Santos introduziu. Isso é muito importante, inclusive, por causa das dificuldades que elas enfrentam no dia a dia”, disse.

Neste ano, foram recebidas 39 inscrições, sendo 27 para a categoria I e 12 para a categoria II. O projeto vencedor de cada categoria receberá uma Salva de Prata e os finalistas, menções honrosas.

A escolha dos vencedores foi feita por uma Comissão Julgadora composta por representantes de entidades com conhecimento e atuação nos campos do desenvolvimento social, econômico, de administração e finanças públicas, de desenvolvimento urbano e cultural.

Entidades como a OAB-SP, a Fundação Getúlio Vargas, a Fundação Carlos Chagas, a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Mackenzie, o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária – CENPEC e a Escola de Comunicações e Artes da USP têm colaborado com o Prêmio.

Durante a premiação, integrantes do CCDM (Centro de Convivência e Defesa da Mulher) do Instituto Social Santa Lúcia, realizaram uma apresentação artística.

Menções Honrosas

Os finalistas que não foram contemplados com a Salva de Prata receberam Menção Honrosa da Câmara Municipal.

Na categoria I foram homenageados o Coletivo Slam da Guilhermina (Projeto Slam da Guilhermina), o Sarau Matinal Beco dos Poetas (projeto Biblioteca Comunitária Beco dos Poetas), Instituo Santa Lúcia  (Projeto Centro de Convivência e Defesa da Mulher – Mulher Ação), Cooperativa Habitacional Centro do Brasil (Projeto Desenvolvendo o Cooperativismo Habitacional Solidário no município de São Paulo) e Instituto Pensarte (Concertos Sustentáveis).

Na categoria II foram homenageados a Associação Prato Cheio (Projeto Rota Solitária), O que a Cidade não Vê (Projeto O que a Cidade não Vê) e Nazaré Brasil (Projeto Café Imaginário).

Sobre Milton Santos

Nascido na Bahia, em 1926, Milton Santos foi um importante geógrafo, cujas ideias e trabalhos influenciaram as pesquisas e o ensino de geografia no Brasil, introduzindo novos conceitos de território, espaço e globalização. Em uma de suas principais teses, Santos afirmava que ‘a força do lugar, por sua dimensão humana, anularia os efeitos perversos da globalização’.

Em 1994, Milton Santos recebeu o prêmio Valtrin Lud, uma das mais conceituadas honrarias na área de geografia. Ele faleceu em 2001, aos 75 anos, em São Paulo.

O Prêmio que leva o nome de Milton Santos foi criado em 2002 e visa reconhecer e valorizar projetos de pessoas físicas, grupos informais ou pessoas jurídicas que desenvolvem trabalhos de promoção de formas locais de organização e desenvolvimento social na cidade de São Paulo.

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