Presidente do Corinthians e secretário defendem PL de incentivos fiscais

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O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, e o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho, Marcos Cintra, estiveram nesta terça-feira (21/6) na Câmara Municipal para defender o projeto de lei do Executivo que prevê incentivos fiscais de até R$ 420 milhões para a construção do Fielzão, futuro estádio do clube alvinegro, em Itaquera.

De acordo com Sanchez e Cintra, esses recursos são necessários para garantir o cronograma da construção e para atender às exigências da Federação Internacional de Futebol Association (Fifa) para a abertura da Copa do Mundo de 2014.

“O dinheiro deste projeto complementará a verba do Corinthians e os recursos que serão disponibilizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). É uma oportunidade que não pode ser perdida. O estádio será um grande vetor de desenvolvimento econômico, social e de infraestrutura para a Região Leste de São Paulo. E, também, receberemos o maior evento mundial de futebol, que gerará visibilidade para São Paulo”, argumentou Cintra.

Segundo Andrés Sanchez, os Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento (CIDs) previstos no projeto de lei — documentos no valor de R$ 50 mil cada, que poderão ser utilizados para abatimento de impostos como o ISS e o IPTU — só terão validade se o Corinthians cumprir com suas obrigações.

“Devemos receber a abertura da Copa e estar com o estádio de acordo com as normas da Fifa. Só desta forma esses certificados terão validade”, explicou Sanchez. Ele ainda negou que tenha vindo à Câmara para fazer lobby: “Vim para falar das obras do estádio”, afirmou.

A Fifa estipulou o dia 11 de julho como prazo final para o Corinthians enviar as garantias financeiras de que o estádio ficará pronto para receber a abertura do Mundial. A expectativa de Andrés Sanchez e Marcos Cintra é a de que os vereadores votem o projeto de lei antes dessa data.

Conforme explicou o presidente da Câmara Municipal, vereador José Police Neto (sem partido), “o trâmite até o projeto ser votado é de até três semanas, sendo que o texto foi enviado à Casa na semana passada”. Segundo ele, antes de a matéria ser levada a plenário, serão realizadas duas audiências públicas sobre o assunto.

O vereador Marco Aurélio Cunha (DEM) é contra a aprovação do projeto. Acho que o Corinthians realmente deve fazer o estádio. No entanto, os incentivos fiscais só deveriam ser garantidos se tivéssemos certeza de que a cidade de São Paulo receberá a abertura da Copa. Além disso, muitas outras regiões também estão em situação precária e não fizeram um projeto neste sentido, lembrou.

(21/6/2011 – 18h10)

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