Professores aprovados em concursos discutem falta de convocação

André Bueno / CMSP

Vereadora Sâmia Bomfim (PSOL) e o deputado Carlos Gianazzi (PSOL) realizam debate com professores municipais

 

DA REDAÇÃO

Vereadora Sâmia Bomfim (PSOL)

Os professores aprovados nos concursos públicos da rede municipal de ensino que ainda não foram chamados para assumirem seus cargos discutiram na noite desta terça-feira (28/3), na Câmara Municipal, possíveis ações políticas e judiciais para acelerar o processo de convocação. A iniciativa do debate foi da vereadora Sâmia Bonfim (PSOL), com o apoio do deputado estadual Carlos Gianazzi (PSOL).

 

De acordo com os profissionais, cerca de 20 mil professores foram aprovados nos concursos realizados nos últimos 4 anos para vagas em creches/EMEI’s (Escola Municipal de Educação Infantil), e 3 mil passaram no concurso realizado em 2016 para vagas em EMEF’s (Escolas Municipais de Ensino Fundamental e Médio), mas até agora apenas 1, 2 mil foram convocados para assumirem os cargos.

Anderson Severiano Gomes, diretor de escola

“O maior problema é que estão chamando professores para serem contratados, e não para assumirem seus cargos de direito, através dos concursos. Isso faz com que trabalhem em regime precário e dificulta o desenvolvimento do trabalho pedagógico, porque eles não têm garantia de permanência, como nos cargos efetivos”, disse Anderson Severiano Gomes, diretor de escola municipal.

 

O deputado Gianazzi disse que o Executivo tem que regularizar a situação dos contratos com urgência. “Nós estamos vendo que a Prefeitura está contratando e renovando contrato de professores não concursados e não efetivos, em detrimento dos aprovados. Isso é uma grande contradição”, afirmou.

Segundo a vereadora Sâmia, professores já iniciaram negociações com a Secretaria de Educação, que sinalizou que até junho serão regularizados os contratos temporário e que 2 mil novos profissionais devem ser convocados para tomar posse.

 

Deputado Carlos Gianazzi (PSOL)

“A ideia é fazer deste ato um modelo de pressão para que a Secretaria de Educação possa de fato contatar estes profissionais. Além disso, resolver outras demandas de precarização no trabalho, como a falta de creches e as superlotações, que também discutimos”, disse.

Foram convidados para a reunião representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Secretaria municipal de Educação, mas não compareceram.

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