Programa De Braços Abertos reduz uso de crack em 88% dos beneficiários

DA REDAÇÃO

De acordo com dados divulgados pela Prefeitura Municipal de São Paulo neste mês de março, o programa De Braços Abertos realizado na região conhecida como Cracolândia, no bairro da Luz, zona central da capital, 88% dos beneficiários da ação afirma ter reduzido drasticamente o consumo de crack. Esses dados foram retirados de uma pesquisa realizada por assistentes sociais que atuam junto aos dependentes químicos do programa.

A pesquisa feita com cerca de 400 participantes, após dois anos de a Prefeitura de São Paulo ter implementado o programa, ainda aponta que consumo per capita da droga caiu, em média de 42 pedras por semana para 17 pedras. Uma queda de 60% entre as pessoas cadastradas.

Ainda segundo a pesquisa, antes do De Braços Abertos, cerca de 16% dos beneficiários afirmava consumir de 81 a 100 pedras por semana, índice que agora é de apenas 2% dos participantes. As pessoas que diziam consumir de 1 a 10 pedras por semana representavam 22% antes do programa. Agora, eles são quase a metade (47%) dos beneficiários.

O estudo também mostra que antes da ação, 65% diziam passar o dia todo sob o efeito do crack, e 32% na metade do dia, pelo menos. Dois anos depois, apenas 5% afirmam ficar sob efeito da droga durante todo o dia e mais de 55% dizem ficar sob o efeito do crack por pouco tempo no dia. Antes, eram apenas 3%.
O De Braços Abertos que oferece moradia em hotéis, oportunidade em frentes de trabalho e renda, além de alimentação e capacitação, é baseado no conceito de redução de danos, fazendo com que o dependente químico, com mais dignidade e seus direitos respeitados, deixe gradativamente o consumo de crack e outras drogas.
Atualmente, o programa conta com 467 beneficiários ativos, sendo 36% de mulheres e 64% de homens. Na faixa etária, 43% dos cadastrados têm entre 30 a 40 anos e 31% entre 51 a 55 anos de idade. Em relação à escolaridade, cerca de 55% têm o Ensino Fundamental incompleto e 12% o Ensino Médio incompleto. Os pardos são 50% dos beneficiários, enquanto 27% se declaram negros e 23% brancos.

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