Projeto de Lei veda gênero neutro e determina uso correto das regras gramaticais da língua portuguesa

MARCO CALEJO
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Está em fase de tramitação na Câmara Municipal de São Paulo o PL (Projeto de Lei) 12/2021, protocolado na Casa pela vereadora Sonaira Fernandes (REPUBLICANOS). A matéria determina o uso correto das regras gramaticais da Língua Portuguesa nas escolas públicas municipais e particulares da capital paulista, nos equipamentos de ensino, informação e cultura, bem como nos editais e concursos da administração do município. A iniciativa proíbe a flexibilização de gênero e de número de palavras.

Em parágrafo único, o PL estabelece que “nos ambientes formais de ensino e educação, é vedado o emprego de linguagem que, corrompendo às regras gramaticais estabelecidas e aprovadas no País, pretendam se referir a gênero neutro, inexistente na Língua Portuguesa”.

A autora do projeto destaca no Projeto de Lei que as escolas particulares da cidade de São Paulo que não respeitarem a regulamentação serão advertidas; em caso de reincidência, o alvará de funcionamento será suspenso. Na justificativa, Sonaira Fernandes entende que o gênero neutro “descaracteriza todas as diretrizes de educação estabelecidas pelos órgãos competentes, bem como a norma culta do português”.

“O ‘gênero neutro’ é também chamado de terceiro sexo, haja vista que isso é comprovadamente inexistente, e a intenção é identificar quem não se reconhece como masculino ou feminino, mudando as letras “a” e “o” de adjetivos e substantivos por algo que se torne neutro, quando senão, utilizam-se “@” e “x” no lugar de vogais para que supostamente afaste a marcação binária de sexo”, cita o texto do PL.

De acordo com a proposta, esse tipo de linguagem pode ser prejudicial a grupos específicos da sociedade. “Por exemplo, pessoas com dislexia e autistas, inibindo o processo de entendimento gráfico, bem como os deficientes visuais, que após o longo e árduo processo para redescobrir a leitura através do sistema Braille, além de programas e aplicativos que perderão a eficiência dada a incompatibilidade em pronunciar algarismos sem qualquer padronização ou fonética gramatical”.

O texto do Projeto de Lei também traz o posicionamento de especialistas no assunto. O PL aguarda ser incluído na pauta do Plenário para ser discutido em primeiro turno de votação.

Acompanhe aqui outros projetos em tramitação da vereadora Sonaira Fernandes (REPUBLICANOS). No link você também poderá obter os canais de comunicação do parlamentar e participar diretamente do mandato por meio de propostas, sugestões ou recebendo informativos pelo formulário Fale com o (a) Vereador (a).

2 Contribuições

Eliana

Um absurdo mexer nas regras da língua portuguesa.
Temos que entender que ele ou ela já é o suficiente para identificar e respeitar as pessoas.

Responder
Monique

É extremamente doentio esses termos de gênero onde se destacam as palavras todes, menines… gente!!! Preguiça sério.
Se a pessoa não se identifica com algum gênero a questão deve ser tratada de forma psicológica. Isso é crise de identidade. E sendo bem sincera, não vai fazer dela inclusa mudar a gramática! Se as pessoas em questão fossem resolvidas quanto a sua orientação s3xual não haveria esse tipo de argumento totalmente desequilibrado!

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