Yuri Salvador | REDE CÂMARA SP

Audiência Pública da Comissão de Educação, Cultura e Esportes desta terça-feira (2/5)

HANNA BELTRÃO
DA REDAÇÃO

A ampliação da faixa etária e os valores do benefício pagos para atletas da cidade foram temas da segunda Audiência Pública realizada, nesta terça-feira (2/5), pela Comissão de Educação, Cultura e Esportes da Câmara Municipal de São Paulo para debater o PL (Projeto de Lei) 148/2023, que altera o programa Bolsa-Atleta (Lei nº 15.020/2009).

Proposto pelo Executivo, o projeto já foi aprovado em primeira discussão na Sessão Plenária do dia 12/4. Além da alteração do nome do programa que passará a se chamar “Bolsa-Atleta Rei Pelé”, o texto prevê inclusão de crianças a partir de 8 anos e da criação de uma terceira faixa, ampliando a idade máxima permitida de 21 para 25 anos e o valor da bolsa-auxílio, com valores que vão de R$ 700,00 para atletas entre 8 e 17 anos; R$ 1.400,00 para atletas entre 18 e 21 anos; e R$ 2.100,00 para atletas entre 22 e 25 anos.

Inscrito para fazer o uso da palavra, o vice-presidente do SINPEFESP (Sindicato dos Profissionais de Educação Física do Estado de São Paulo), Mauzler Paulinetti, questionou a extensão da faixa etária, pontuando que seria prejudicial para outros benefícios já existentes.

“Se estender essa Bolsa-Atleta até 25 anos de idade, onde o próprio Estado com a Bolsa-Talento atende de 17 a 21 anos, ou seja, de 17 pra 18 ele já está entrando para a faculdade, tem um sistema esportivo que é o sistema universitário e que existem recursos para isso. Se estender a bolsa até os 25 anos nós estamos prejudicando a base”, afirmou o representante sindical.

O agente cultural da Associação Cultural Bloco do Beco, Erick Ovelha, falou sobre a desburocratização das modalidades representativas, como o skate e o breaking, e levantou questionamentos em relação à iniciação esportiva nas escolas da periferia. “É importante esse intercâmbio entre as comunidades, quem sabe fazer um campeonato entre Sapopemba e Jardim São Luiz. Eu também sou um profissional de educação física e é importante que a gente valorize”, ressaltou.

O vereador Coronel Salles (PSD) reiterou a importância da inclusão de mais crianças no ambiente esportivo. “Você beneficia as crianças de oito anos e os jovens. E qual é o espírito dessa lei? É a inclusão. É você prestigiar aquela criança que tem uma inclinação para o esporte em suas mais diversas modalidades, mas, principalmente, para que ela consiga ter apoio, de poder tomar uma condução, poder não fazer falta aquele dinheiro em casa para ajudar nas suas despesas com equipamentos esportivos”, disse o parlamentar.

Com a finalização dos debates, o Projeto de Lei agora segue para segunda votação em Sessão Plenária na Câmara Municipal de São Paulo.

Também participaram dos trabalhos desta terça-feira a presidente da Comissão, a vereadora Edir Sales (PSD) e o vice-presidente, vereador Dr. Nunes Peixeiro (MDB). A audiência completa pode ser conferida no vídeo abaixo: