Saúde debate contribuição para manutenção do Hospital do Servidor

DA REDAÇÃO

Temos que voltar a contribuir, pois este hospital foi construído com o suor dos servidores públicos. Ele é nosso, defendeu Norma Santos, membro do Sinesp (Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal de São Paulo), durante a audiência pública promovida pela Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher realizada nesta quarta-feira (10/9), na Câmara Municipal.

Assim como Norma, a maior parte dos servidores presentes concordou com a volta da contribuição, que era abatida do salário dos servidores, pois acreditam que somente dessa forma o Hospital do Servidor Público Municipal voltará ter a qualidade de antigamente.  

Gostaria que os servidores voltassem a contribuir para que eles tomassem posse definitivamente daquilo, afirmou a superintendente do hospital, Regina Athie, durante a audiência.

A contribuição dos funcionários municipais ocorreu até 2007, quando uma legislação criada na gestão Kassab (Lei 14.661 de 2007) dispensou os servidores do pagamento, que era de 3%. Esse fato coincidiu com a queda na qualidade do atendimento do hospital.

A superintendente já havia comparecido à reunião da Comissão no final de agosto e disse que a estrutura do Hospital é incompatível para atender todos os servidores do município, já que é a mesma desde 1957, quando ele foi inaugurado.

Regina ainda salientou que os baixos salários e as condições de trabalho acabam não atraindo novos funcionários, e dessa forma não há uma renovação no quadro. Outro problema apresentado por ela é que o hospital está atendendo, além dos servidores, usuários do SUS (Sistema Único de Saúde), mesmo não tendo vinculo.

UPA
Para solucionar o problema do atendimento ao SUS, que onera a estrutura do Hospital, foi pensada a construção de uma UPA (Unidade de Pronto-Atendimento), que atenderia os munícipes. Segundo Regina, o Ministério da Saúde já liberou recursos para a obra e a dificuldade agora é encontrar um local para construí-la, já que não há terrenos vazios disponíveis e será necessário fazer desapropriações.

Para o vereador Ricardo Young (PPS), a audiência trouxe elementos importantes para que a instituição volte às mãos dos servidores. Queremos garantir primeiro que a UPA seja construída o mais rápido possível, e a partir daí, que a prefeitura faça um investimento para expansão, reforma e modernização do hospital, disse.?

(10/09/2014 18h10)

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