Sessão solene discute genocídio de cristãos e minorias no Oriente Médio

2016-08-15- SP Câmara Municipal de São Paulo. Sessão Plenária Sessão Solene em Reconhecimento ao Genocídio de Cristãos e Minorias no Oriente Médio   Auditório Prestes Maia 1º andar Natalini (PV Foto: André Bueno/CMSP "Créditos Obrigatórios. Todos os direitos reservados conforme lei de direito Autoral Número 9.610"

Representantes de entidades católicas e judaicas discutiram o genocídio de minorias
Foto: André Bueno / CMSP

 


JENNIFER MENDONÇA
DA REDAÇÃO

A Câmara Municipal realizou nesta segunda-feira (15/8) sessão solene em reconhecimento do genocídio de cristãos e minorias no Oriente Médio. Presidida pelo vereador Natalini (PV), representantes de entidades católicas e judaicas discutiram sobre o tema no Auditório Prestes Maia.

A presidente da ONG Ecoando a Voz dos Mártires, Andrea Fernandes Vieira, iniciou os pronunciamentos dando um panorama sobre a perseguição religiosa e pontuou sobre a falta de cobertura pela mídia e posicionamento de órgãos governamentais e instituições internacionais acerca da violência cometida contra seguidores do cristianismo. “Depois de 1.400 anos, o número de cristãos que habitavam o norte da África e o Oriente Médio reduziu de 90% para 4%. É necessário que a diplomacia brasileira pressione para que a ONU reconheça esse genocídio.”

Já Ricardo Berkiensztat, presidente-executivo da Federação Israelita do Estado de São Paulo, falou sobre a importância de relembrar fatos históricos, como o holocausto sofrido pelo povo judeu, e a necessidade de utilizar a informação e a educação para combater a intolerância. “Em pleno século XXI as pessoas ainda são discriminadas por cor, por orientação sexual e não são vistas como seres humanos. Nós, judeus, sentimos na pele. Temos sobreviventes do holocausto e há gente que nega que existiu. Vamos protestar, usar os espaços que temos, as redes sociais, que são uma grande arma pela paz, e repelir o extremismo”.

Representando o Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, o bispo Dom Carlos Lema Garcia argumentou que o Brasil é um país promissor para o debate, em vista do acolhimento a refugiados nos últimos cinco anos. “Não podemos ter uma reação de violência, porque gera mais violência. O Brasil é o país que mais recebe refugiados e é um exemplo vivo para o restante dos países por acolher uma diversidade de pessoas”.

O vereador Natalini reiterou a urgência em abordar o tema de forma empática. “Não podemos tratar como um problema distante e perder a capacidade de nos indignar. Que essa sessão possa levar para a sociedade o que está acontecendo.”

 

 

 

Uma Contribuição

Ana Maria Fagundes

Tinha que ser o Nataline mesmo para se solidarizar com essa questão!
Se fala muito sobre os atentados que estão acontecendo na Europa, e a comoção generalizada que isso fomenta. Mas poucas pessoas tem o mesmo olhar humano para as pessoas que vivenciam o terror todos os dias…

É uma pena ver dois pesos e duas medidas até mesmo na questão da solidariedade às vitimas de terror.
Parabéns Nataline e à câmara dos vereadores de São Paulo por essa iniciativa!

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