SP condiciona carnaval de rua de 2022 a indicadores de Covid-19 em queda

KAMILA MARINHO
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A Prefeitura de São Paulo apresentou em entrevista coletiva virtual nesta terça-feira (5/10) informações sobre como deve ocorrer o carnaval de rua na capital paulista em 2022. A expectativa do Executivo é que o evento seja o maior de toda a história, atraindo mais de 15 milhões de foliões para as ruas da capital.

Respondendo às perguntas dos jornalistas, o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, a realização do carnaval vai depender do cenário da pandemia de Covid-19, podendo até ser cancelado caso uma nova variante surja e a situação epidemiológica piore. “Um conjunto de fatores será analisado. Se eles não forem favoráveis, não daremos autorização para a realização do evento”, disse o secretário.

Segundo Edson, por ser um evento muito grande, não haverá como cobrar dos foliões um comprovante de vacinação. Mas a Prefeitura espera que mais de 90% de sua população esteja completamente vacinada até outubro.

Nesta segunda-feira (4/10), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, também condicionou a realização do evento à manutenção em queda dos índices relacionados à Covid-19. “A tendência hoje é que tenha o carnaval. Muito provavelmente, teremos carnaval. Isso se continuar com os dados de hoje [da pandemia], com aumento da vacinação e queda do número de óbitos. Se continuar assim, vamos ter carnaval”, disse Nunes.

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De acordo com o boletim diário mais recente publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus, até esta terça (5/10), a capital paulista totalizava 38.330 vítimas da Covid-19. Havia, ainda, 1.517.595 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus.

Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.

Prefeitura de SP

Em relação ao sistema público de saúde, os dados mais recentes mostram que a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na região metropolitana de São Paulo, nesta terça (5/10), é de 39,4%.

Já na segunda (4/10), o índice de isolamento social na cidade de São Paulo foi de 39%. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.

A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

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O Estado de São Paulo lidera o ranking de vacinados com a segunda dose da vacina contra Covid-19 no país. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (4/10), pelo Consórcio de Veículos de Imprensa. Em pontos percentuais, o Estado tem 99% da população acima de 18 anos vacinada com a primeira dose e 76,81% com o esquema vacinal completo. Entre a população geral, são 82,42% da população com a primeira dose e 58,91% com as duas doses ou a dose única.

Os 645 municípios paulistas começaram a vacinar nesta segunda-feira (5/10) os idosos acima de 60 anos e os profissionais de saúde com a dose de reforço. Recebem o imunizante nesta fase quem tomou as duas doses há mais de seis meses, ou seja, em fevereiro ou março deste ano. No total, 606.732 pessoas já receberam a dose adicional em São Paulo.

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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou nesta segunda (4/10) o registro de um novo teste para a detecção da Covid-19 100% brasileiro, desenvolvido por pesquisadores da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

Chamada do Kit Elisa Covid-19 IgG, o teste é baseado no método Elisa – sigla, em inglês, para ensaio de imunoabsorção enzimática. Entre outras características, está o fato de ele ser mais sensível para detectar o novo coronavírus do que os exames rápidos, o que evita falsos negativos. O novo teste é rápido e de baixo custo porque consegue detectar as variantes do novo coronavírus mais presentes no Brasil e no mundo: as brasileiras (P1, mais conhecida como a variante de Manaus, e P2), a B.1.1.7 (inglesa) e a B.1.351 (africana).

A pesquisa recebeu apoio da RedeVírus, ligada ao MCTI (Ministério da Ciência Tecnologia e Informações) de cerca de R$ 10 milhões. O Kit Elisa Covid-19 IgG tem também financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Vacinas (INCT-V) e foi integralmente desenvolvido pelo CT-Vacinas.

O escalonamento e produção estão sendo realizados pela Bio-Manguinhos da Fundação Oswaldo Fiocruz, vinculada ao Ministério da Saúde.

Atuação do município

A cidade de São Paulo segue com a vacinação adicional contra a Covid-19 nesta quarta-feira (6/10). Estão aptos para receber a dose de reforço os idosos com mais de 60 anos, assim como os profissionais de saúde com mais de 18 anos, desde que tenham tomado a segunda dose ou dose única há pelo menos seis meses. Além disso, as pessoas com mais de 18 anos que tenham alto grau de imunossupressão também podem receber a dose adicional, sendo que a última dose deve ter sido aplicada há pelo menos 28 dias.

A Secretaria Municipal da Saúde reforça a obrigatoriedade de apresentar documento de identificação, comprovante de vacinação contra Covid-19 (em formato impresso ou digital) e um comprovante de endereço do município se as doses anteriores não foram realizadas na capital, para que a dose adicional seja aplicada, ou ainda para quem irá tomar a primeira dose.

Já os profissionais de saúde devem apresentar comprovante de vínculo empregatício em serviço de saúde do município de São Paulo, documento do conselho de classe, comprovantes de profissão, certificado ou diploma.

A secretaria também recomenda consultar o site De Olho na Fila antes de realizar o deslocamento para conferir a movimentação nas unidades.

*Ouça aqui a versão podcast do boletim Coronavírus desta terça-feira

*Este conteúdo e outros conteúdos especiais podem ser conferidos no hotsite Coronavírus

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