Subcomissão sobre Moradores em Situação de Rua debate localização dos Consultórios na Rua
Foto: Luiz França / CMSP

DA REDAÇÃO

O atendimento oferecido pela Secretaria da Saúde à população em situação de rua foi discutido nesta quarta-feira (7/10) na Câmara Municipal de São Paulo. Durante a reunião, os vereadores da subcomissão instalada pela Comissão de Finanças e Orçamento para analisar os impactos dos programas assistenciais para essas pessoas questionaram os representantes da pasta sobre a localização dos Consultórios na Rua.

Esse programa é formado por equipes multidisciplinares que prestam serviço de atenção integral à saúde da população em situação de rua, indo até o local onde esses cidadãos estão. No município, são 18 grupos distribuídos nas regiões Centro, Oeste, Sudeste e Norte – com 11, 2, 4 e 1, respectivamente.

“O objetivo do projeto é ir até aqueles moradores de rua que não vão até a Unidade Básica de Saúde. Eles foram distribuídos de acordo com o Censo realizado, ou seja, onde tem mais serviços assistenciais e pessoas nessa situação têm mais Consultórios na Rua”, explicou a assistente técnica da atenção básica da Secretaria da Saúde, Maria Inês Bertão.

A resposta foi questionada pelos presidentes e vice-presidente da subcomissão, vereadores Paulo Fiorilo (PT) e Ricardo Nunes (PMDB), respectivamente. “Quais são os critérios utilizados para a distribuição desses consultórios, já que pelo censo há moradores de rua suficiente em outras regiões que deveriam ter o projeto. Existe previsão de instalação nas zonas sul e leste”, declarou Paulo Fiorilo. “Faltam critérios e protocolos para a realização dos atendimentos e locais onde são realizados os projetos, na zona sul, por exemplo, temos mais moradores em situação de rua e não tem os Consultórios na Rua”, acrescentou o vereador Ricardo Nunes.

As representantes da Secretaria da Saúde se comprometeram a enviar detalhadamente quais foram os critérios utilizados para a distribuição do programa.

Durante a reunião, a coordenadora de proteção social especial da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, Isabel Bueno, apresentou aos parlamentares todos os serviços oferecidos pela pasta à população em situação de rua.

Entre os projetos, os parlamentares questionaram a desativação das tendas – espaços com o objetivo de assegurar atendimento com atividades direcionadas e programadas para o desenvolvimento de sociabilidade, que estimulem a construção do processo de saída das ruas. Na semana passada, os vereadores do colegiado visitaram abrigos que acolhem essas pessoas. No mesmo dia, a Tenda Mooca havia sido desativada. No local, havia cerca de 40 pessoas que moravam há seis meses em uma ocupação no entorno do equipamento foram desalojadas.

“Todos os que utilizavam os serviços das Tendas serão atendidos pelos outros serviços e vamos transformar em Centros de Convivência para que as pessoas tenham um espaço e atendimento mais adequados”, explicou Isabel.

A subcomissão pretende continuar as visitas para conhecer os serviços oferecidos pela prefeitura a população em situação de rua.