Tarifa Social de Energia é tema de seminário na Câmara

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Seminário Energia, um Direito Social foi realizado no plenário da Câmara                                  Foto: Jeldean Silveira / CMSP

ERICA MANSBERGER

A Tarifa Social de Energia Elétrica, prevista pela Lei Federal nº 12.212/2010, foi tema central do seminário ‘Energia, Um direito Social’, realizado na manhã deste sábado (16/5) no Plenário 1º de Maio. O evento foi uma iniciativa da liderança da bancada do PT na Câmara Municipal.

De acordo com a Lei, revisada em 2010 e sancionada pelo presidente Lula, o critério para receber o beneficio passou a ser concedido para famílias com renda de meio salário mínimo per/capita. Anteriormente,  o critério era baseado no consumo máximo de até 80 kWh/mês .

“Existe uma população que esta tão marginalizada que se não houvesse um subsidio na tarifa eles ficariam excluídos do uso da energia. A energia é o que permite a inserção social e pode inclusive ser o vetor de mudança na estrutura da distribuição de renda na sociedade”, ressaltou o ex-diretor da Eletropaulo, Paulo de Tarso Carvalhaes,  um dos idealizadores do beneficio e palestrante do seminário.

Carvalhaes que também é ex-diretor da Ilume (Departamento de Iluminação Publica) da Secretaria de Serviços da cidade de São Paulo, explicou que o convenio que a prefeitura tem com Ministério do Desenvolvimento Social e o texto da Lei obriga o cadastramento das famílias, e as que tiverem na condição de rendimento passam automaticamente a ter o desconto.

A lei prevê descontos escalonados de acordo com o consumo de cada família, mas segundo Carvalhaes, a tarifa social não está sendo aplicada,  e no ultimo ano 5 milhões de famílias em todo Brasil deixaram de recebê-la.  “Eram 11 milhões de beneficiados e agora houve esse retrocesso. Então, nos queremos verificar por que isto esta acontecendo, orientar as famílias para que elas voltem a ser cadastradas, de maneira que elas possam continuar tendo o beneficio”, disse.

Além do acesso à energia elétrica com preço acessível para população de baixa renda, a universalização dos serviços de eletricidade e a geração de energia distribuída também foram debatidos.

O relator da revisão da Lei em 2010, deputado federal Carlos Zarattini (PT), ressaltou a importância de buscar novas soluções para garantir a universalização da energia elétrica. “É necessário que as pessoas tenham a regulamentação das suas ligações, uma tarifa módica que permita que as pessoas paguem sua conta e continuem  tendo o fornecimento de energia. Então,  acho que temos que trabalhar muito em desenvolver essas novas tecnologias para que toda a população tenha esse acesso a energia elétrica. Tecnologia nova,  acesso para todo mundo e uma tarifa mais barata para todos, este é nosso objetivo”, afirmou.

“Este debate serve para estruturar como podemos ir às regiões da comunidade para massificar esta informação e principalmente qual o entendimento que a Prefeitura tem para ajudar nesse sentido. Temos a sugestão que os próprios CRAS (Centros de Referencia de Assistência Social), ou outro equipamento social que já trabalham com pessoas de alta vulnerabilidade, que também introduza a informação da Tarifa Social para essas pessoas e como elas podem conquistar este direito”, explicou a líder da bancada, vereadora Juliana Cardoso (PT).

ENERGIA SOLAR

Uma das alternativas para garantir energia elétrica com custo reduzido foi apresentada pela cooperativa Sociedade do Sol, um projeto que visa a instalação de placas de geração de energia solar com material de baixo custo.

De acordo com um dos idealizadores do projeto, Gustavo Cherubina, a geração de energia solar reduz o valor da conta de luz e ainda alivia a rede de energia elétrica, que fica sobrecarregada em horário de pico. “A energia solar que nós defendemos é a energia térmica que esquenta a água e trabalha em parceria com o chuveiro, assim o chuveiro trabalha menos. Quanto mais famílias tiverem um aquecedor solar nos seus telhados, menos pressão terá sobre o sistema elétrico brasileiro, teremos mais condições de aquecimento elétrico e um alivio ao sistema elétrico que é pressionado todo dia”, afirmou.

A vereadora Juliana Cardoso vê a energia solar como solução para as periferias. “É uma alternativa que muitas vezes as pessoas não têm conhecimento, é uma ideia que poderemos encaminhar para as comunidades”, disse.

Uma Contribuição

NEIDE DE OLIVEIRA COSTA RAMOS

OS ACORDOS QUE SÃO FEITOS COM FAMILIAS DE BAIXA RENDA, NÃO SÃO CUMPRIDAS PELA ELETROPAULO E EXISTEM OUTROS FATORES ESPECIFICOS SEREM DISCUTIDOS.

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