Transparência é desafio da Comunicação Pública, dizem especialistas

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Seminário ‘Caminhos da Comunicação Pública: Mídia, Sociedade e Estado’ é uma realização da Escola do Parlamento
Foto: Luiz França / CMSP

 

DA REDAÇÃO

A transparência é fundamental para que os governos municipal, estadual e federal consigam desenvolver uma boa comunicação pública. Essa é a opinião dos profissionais da área que participaram nesta quinta-feira (8/10) do Seminário ‘Caminhos da Comunicação Pública: Mídia, Sociedade e Estado’, realizado pela Escola do Parlamento da Câmara Municipal de São Paulo.

Durante o primeiro painel, os palestrantes sinalizaram para a necessidade do poder público utilizar todas as ferramentas de comunicação disponíveis de maneira a estimular a participação popular. “Existem vários canais que deveriam ser incentivados para que os cidadãos participem mais. O grande desafio no setor público é ser transparente e, para isso, é necessário que essas ferramentas sejam usadas para mostrar todas as ações que estão sendo desenvolvidas”, explicou o diretor de atendimento da FSB Comunicações, Evandro Spinelli.

No entanto, ele ressaltou a necessidade de que as informações divulgadas sejam condizentes com a realidade. “Por exemplo, um banco faz várias campanhas falando sobre determinado produtos, mas no Facebook os clientes estão criticando aquilo que ele está promovendo. O mesmo acontece no setor público. É preciso estar preparado para responder sobre o conteúdo que se expõe e sempre dizer a verdade. Comunicação não é só falar, é ouvir e ir alinhando o discurso e a comunicação”, disse. “Se o transporte público é ruim, mas estão sendo feitas ações para que ele seja melhorado, deixe isso claro”, acrescentou.

O diretor de jornalismo da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), Eduardo Ribeiro, destacou que nesse processo a comunicação integrada é importante para que todos recebam a informação. “Existe todo um trabalho institucional que deve ser feito, para que essa mensagem atinja os servidores para que ele saiba de que forma dizer isso ao cidadão”, explicou.

Para se conquistas essas metas, sinalizou Spinelli, os objetivos devem estar bem definidos. “O plano de comunicação deve estar atrelado a um objetivo. Durante a campanha, o político constrói uma imagem e quando eleito precisa mostrar para o cidadão se aquele plano de governo está sendo feito”, explicou. “Nesse processo, se ele ainda perceber que lançou uma política pública que a população não concorda, é necessário mudar”, acrescentou.

A linha tênue entre a publicidade e a informação foi discutida pelos palestrantes e participantes durante o primeiro painel. Para o diretor de Comunicação Externa da Câmara, Antonio Assiz, não se pode ter preconceito com a linguagem publicitária. “A publicidade faz parte desse processo para orientar o cidadão e convidá-lo para participar. É isso que temos de publicidade para poder executar. Devemos ter uma comunicação verdadeira, espontânea e de muito diálogo”, declarou.

Esse trabalho, elogiaram Spinelli e Ribeiro, o legislativo paulistano tem feito de maneira correta e com muita transparência. “A Câmara Municipal de São Paulo tem tido uma intenção de fazer um trabalho de comunicação com foco na sociedade, de promover esse diálogo. E acredito que ela está conseguindo por meio das comunicações institucional e publicitária”, explicou Ribeiro.

Para Spinelli, a Câmara tem bons exemplos de transparência. “O auditórios online (transmissão ao vivo dos eventos que são realizados no Palácio Anchieta) é um instrumento importante para a população acompanhar o trabalho dos parlamentares. Além da assessoria de imprensa e os diversos veículos de comunicação”, disse.

O assessor de imprensa da presidência da Câmara, Fernando Bussian, falou sobre o trabalho de comunicação desenvolvido pelo legislativo paulistano para convidar a população para participar das discussões do Câmara no Seu Bairro e da revisão do projeto da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo – zoneamento. “Se não fizermos um trabalho de divulgação, a pessoa não vai saber o que estamos fazendo e não vai participar. Estamos tendo grande público nessas audiências e os cidadãos estão contribuindo a ajudando os vereadores nesse processo”, disse.

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