Vereador Ricardo Young (PPS) fala na tribuna durante a sessão plenária desta quinta-feira   Foto: Luis França / CMSP

ROBERTO VIEIRA
DA REDAÇÃO

As ciclofaixas voltaram a ser tema de debate nesta quarta-feira (11/9) durante sessão plenária da Câmara Municipal. Os parlamentares criticaram o planejamento adotado pelo Executivo na implantação das faixas exclusivas às bicicletas.

Todo mundo é favorável a um bom projeto de ciclovias, mas o que se discorda é o açodamento e o grau de improviso que está sendo utilizado para cumprir uma meta de 10 km de ciclovias por semana. Tem ciclovias sendo feitas em faixas de pedestres, lugares em que os ônibus invadem as ciclofaixas ao realizarem curvas e até em ruas íngremes demais, alertou o vereador Andrea Matarazzo (PSDB).

O vereador Donato (PT) defendeu que haja um debate mais amplo entre os ciclistas, comerciantes e a população em geral sobre a implantação das ciclovias. É importante que avancemos em um plano cicloviário para São Paulo, mas eu temo que a implantação do projeto, sem pactuação, possa levar a um recuo dessa política. Eu faço um apelo ao secretário Jilmar Tatto que deixe de lado as metas numéricas e avance nas metas qualitativas, que significarão um avanço efetivo neste tema, afirmou.

A prefeitura de São Paulo divulgou, no último dia 09, o projeto final de implantação de ciclovias na Avenida Paulista. De acordo com o projeto, as faixas serão feitas no canteiro central da via.

Ciclovias em áreas comerciais

Um dos questionamentos dos vereadores em plenário parte de queixas de comerciantes, que alegam que as faixas exclusivas impedem que clientes estacionem em frente aos estabelecimentos. O vereador Ricardo Young (PPS) disse não ver problemas nesta situação. Os comerciantes não tem o que temer. Eles podem colocar bicicletários à frente de seus comércios, porque onde paravam antes um ou dois carros poderão parar dez bicicletas, ou seja, em tese eles (comerciantes) atenderão mais clientes, explicou.

O vereador Alfredinho (PT) defendeu o diálogo com os comerciantes, contudo, lembrou que a via é pública. O problema das ciclofaixas nas áreas comerciais deve ser mais discutido com os interessados, mas eu lembro que a via é pública, ou seja, os comerciantes não podem achar que aquele espaço é deles. Existe um debate a ser feito nesta questão, pontuou.

(11/09/2014 19h20)