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Coronavírus: Como fica a vacinação de rotina durante a pandemia

Por Mariane Mansuido | 29/05/2020

Ainda que não se fale em outra coisa no atual momento, devido à pandemia do novo coronavírus, dados do Ministério da Saúde mostram que é preciso maior atenção e ações para prevenir e combater outras doenças que poderiam ser evitadas se as pessoas se vacinassem, como é o caso do sarampo. Até o início deste mês, já foram confirmados 2.805 casos da doença no País, 541 só no estado de São Paulo.

Em 2019, foram mais de 18 mil casos de sarampo em todo o Brasil e, diante da pandemia de Covid-19, o receio de especialistas é que crianças e adultos deixem de tomar vacinas essenciais, o que pode aumentar a taxa de transmissão de doenças e piorar o cenário da saúde brasileira.

VACINAÇÃO DE CRIANÇAS

De acordo com a SBP (Sociedades Brasileiras de Pediatria) e a SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), o Programa Nacional de Imunizações do Brasil é um caso de sucesso, que conquistou credibilidade da população e, por isso, não pode sofrer retrocessos neste momento. O controle e eliminação de algumas doenças são dependentes de elevadas coberturas vacinais, como é o caso da febre amarela e do sarampo.

Por essa razão, as entidades reforçam a necessidade de manter a vacinação de rotina em dia. O calendário de vacinação de bebês e crianças deve ser cumprido, já que eles precisam de proteção contra poliomielite, sarampo, difteria, coqueluche, meningites e outras doenças que não deixaram de existir só por causa da Covid-19 e são tão letais quanto ela.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a descontinuidade das vacinas, mesmo que por breves períodos, aumenta o número de indivíduos suscetíveis e a probabilidade de surtos de doenças evitáveis por vacinas. Como consequência, temos o crescimento da morbidade e mortalidade, principalmente em lactentes e outros grupos vulneráveis, além da sobrecarga do sistema de saúde.

CUIDADOS NA HORA DA VACINAÇÃO

De acordo com o Ministério da Saúde, a vacinação é um serviço de saúde essencial e imprescindível que não deve ser interrompida. A orientação do órgão é que os serviços obedeçam às diretrizes nacionais sobre distanciamento social. Além disso, você pode tomar outros cuidados, como:

  • Procurar a unidade de saúde mais próxima de sua residência e em horários menos concorridos;
  • Ligar previamente para a unidade de saúde para saber se há algum planejamento do serviço, como horário agendado para vacinas;
  • Se possível, procure a vacinação domiciliar;
  • Otimize o calendário de vacinação, com a aplicação do maior número de vacinas possível na mesma visita, desde que respeite o intervalo mínimo entre as doses e, se for o caso, entre vacinas.

As entidades também reforçam a necessidade da campanha de vacina contra a gripe, especialmente para os grupos de risco da Covid-19. Nesse caso, buscar os serviços que oferecem a vacina em drive-thru é a melhor opção.

Casos suspeitos ou confirmados da Covid-19 só poderão ser vacinados após a resolução dos sintomas e passado o período de 14 dias do isolamento.

 

Fonte: Ministério da Saúde, SBP, SBIm

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