Brasil se aproxima de 30 mil mortes por Covid-19
Após ultrapassar os 500 mil infectados pelo novo coronavírus (causador da Covid-19), o Brasil se aproxima de 30 mil mortes provocadas pela doença.
Segundo o boletim diário do Ministério da Saúde desta segunda-feira (1/6), desde o início da pandemia o país registra 29.937 óbitos e 526.447 casos da Covid-19 em território brasileiro. Há, também, 211 mil pacientes recuperados e 285.430 pessoas em acompanhamento.
Epicentro da pandemia no Brasil, o Estado de São Paulo registra nesta segunda-feira (1/6) 7.667 óbitos e 111.296 casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus. Entre as pessoas diagnosticadas com Covid-19, 21.476 foram internadas, curadas e tiveram alta hospitalar.
Das 645 cidades paulistas, houve pelo menos uma pessoa infectada em 526 municípios, sendo 267 com um ou mais óbitos. As taxas de ocupação dos leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva) são de 83,2% na Grande São Paulo e 69,3% no Estado. O número de pacientes internados é de 12.920, sendo 7.777 em enfermaria e 4.681 em UTI.
Principal medida de contenção da pandemia, conforme orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias, o isolamento social no Estado foi de 53% no último domingo (31/5). Na capital, o índice chegou a 55%.
MAIS SOBRE O CORONAVÍRUS
Começaram nesta segunda-feira (1/6) as ações ligadas aos protocolos sanitários do Plano São Paulo, que visa a retomada econômica de serviços e atividades não essenciais durante a pandemia do novo coronavírus.
A quarentena continua em vigor em todo o território paulista até dia 15 de junho, com diretrizes específicas para cada uma das fases do planejamento, que permitirá o retorno gradual e seguro da atividade econômica.
São ao todo cinco fases. A fase 1 prevê mais restrições, enquanto a fase 5 tem mais atividades liberadas, mas também seguindo mecanismos de controle da doença. O cálculo que define em qual fase uma região está leva em conta, por exemplo, a capacidade do sistema de saúde da região e a evolução do número de casos, internações e óbitos provocados pela Covid-19.
A escala das fases será aplicada a 17 regiões do território paulista, de acordo com a abrangência dos Departamentos Regionais de Saúde, que são subordinados à Secretaria de Estado da Saúde. A Região Metropolitana da capital, por sua vez, terá uma subdivisão em Norte, Sudeste/ABC, Leste/Alto Tietê, Sudoeste e Oeste.
O plano detalhado pode ser consultado neste link.
ATUAÇÃO DO MUNICÍPIO
A Prefeitura de São Paulo publicou no Diário Oficial da Cidade do último sábado (30/5) um decreto que estabelece normas para o funcionamento de estabelecimentos de comércio e de serviços localizados na cidade de São Paulo, dispondo sobre o procedimento, condições e diretrizes para a gradual retomada de atividades.
O atendimento ao público em todos os estabelecimentos de atividades consideradas não essenciais continua vedado na cidade de São Paulo até o próximo dia 15 de junho.
A capital recebeu neste momento a classificação laranja do plano de retomada econômica do Governo do Estado, na qual só poderão ser retomadas as atividades de atendimento ao público dos setores de shopping centers, galerias e estabelecimentos congêneres; comércio; e serviços.
Mas antes da reabertura das atividades, os setores envolvidos deverão encaminhar propostas para a Prefeitura reunindo protocolos de funcionamento que deverão ser aprovados pela vigilância sanitária do município.
As propostas deverão ser apresentadas à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho e conter protocolos de distanciamento, higiene e sanitização de ambientes; protocolos de orientação de clientes e colaboradores; compromisso para testagem de colaboradores e/ou clientes; horários alternativos de funcionamento (escalas diferenciadas de trabalho) com redução de expediente; sistema de agendamento para atendimento; protocolo de fiscalização e monitoramento pelo próprio setor (autotutela); e esquema de apoio para colaboradores que não tenham quem cuide de seus dependentes incapazes no período em que estiverem fechadas as creches, escolas e abrigos (especialmente as mães trabalhadoras).
Caso tudo seja aprovado, haverá a celebração de um termo de compromisso com as entidades do setor analisado e os estabelecimentos relativos ao respectivo setor poderão retomar o atendimento presencial ao público, devendo cumprir com todas as exigências nele fixadas, bem como respeitar as demais condições estabelecidas pelos decretos municipal e estadual.
A CÂMARA DURANTE A PANDEMIA
Na última sexta-feira (29/5), a Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher da Câmara Municipal de São Paulo realizou audiência pública virtual para a prestação de contas das ações e da execução orçamentária da Secretaria Municipal de Saúde referente ao primeiro quadrimestre de 2020, que equivale aos meses de janeiro a abril.
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, no primeiro quadrimestre de 2020, o total de receitas foi de R$ 17,5 bilhões e ao menos 23% desse valor foi empenhado nesse período, superando as expectativas de execução orçamentária previstas na legislação.
O incremento dos recursos da Secretaria Municipal de Saúde reflete o aumento do número de transferências estaduais, que já somam R$ 291 milhões, e também federais, que totalizam R$ 2,5 bilhões – sendo R$ 430 milhões de transferência do Ministério da Saúde e de emendas federais para ações da Covid-19.
A execução orçamentária da pasta também está mais acelerada. Segundo o secretário, já foram aplicados R$ 2,6 bilhões em assistência hospitalar e ambulatorial para atenção a pacientes com Covid-19, o que representa metade do orçamento previsto para todo o ano na área.
Ao menos 35 obras na área de saúde também foram iniciadas no primeiro quadrimestre de 2020, muitas em função da necessidade de atendimento para pacientes com o novo coronavírus. A previsão, de acordo com Edson Aparecido, é executar 80 obras até o mês de agosto, que serão financiadas com recursos do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
O secretário também informou que o município adquiriu 380 novos respiradores, que serão distribuídos entre todos os hospitais da capital. Outra iniciativa da pasta será a testagem da população para a Covid-19. Além dos profissionais de saúde, será iniciada a testagem em todos os distritos da cidade, para ter uma amostragem da imunidade da população.
AÇÕES E ATITUDES
Mais nove Etecs (Escolas Técnicas Estaduais) iniciaram a produção de máscaras sociais para distribuição a comunidades carentes em diversas regiões da capital. A ação faz parte de um projeto promovido pelo Governo do Estado de São Paulo que pretende confeccionar 1 milhão de máscaras de tecido para doação.
A operação conta com um investimento de R$ 2,5 milhões doados por bancos privados. As máscaras são produzidas por profissionais de costura das próprias comunidades, remunerados por meio do Instituto BEI e do Instituto Rede Mulher Empreendedora. Até o momento, cerca de 120 costureiras e costureiros já iniciaram os trabalhos e produziram mais de 50 mil máscaras.