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Brasil registra mais de 45 mil casos e 1,2 mil mortes por Covid-19 em 24 horas

Por Daniel Monteiro | 07/07/2020

Segundo dados do painel do Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde), o Brasil registra nesta terça-feira (07/7) 1.254 óbitos e 45.305 casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus (causador da Covid-19) nas últimas 24 horas. Na contagem do Conselho, desde o início da pandemia o país teve 66.741 mortes e 1.668.589 infectados pela doença.

O boletim diário do Ministério da Saúde traz os mesmos dados: 1.254 óbitos e 45.305 novos casos confirmados do novo coronavírus nas últimas 24 horas, totalizando 66.741 mortes e 1.668.589 infectados pela doença desde o início da pandemia no país.

Considerado epicentro da pandemia no Brasil, o Estado de São Paulo registrou, nesta terça-feira (07/7), 16.475 vítimas da Covid-19, sendo 341 óbitos registrados nas últimas 24 horas.

Há, ainda, 332.708 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus – aumento de 9.638 novos diagnósticos entre segunda e terça-feira. Dos 645 municípios, houve pelo menos uma pessoa infectada em 630 cidades, sendo 394 com um ou mais óbitos.

Em relação ao sistema de saúde público paulista, nesta quarta-feira a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 no Estado é de 63,4%. Na Grande São Paulo, o índice chega a 64,3%.

Além disso, o Governo do Estado anunciou nesta terça-feira uma inversão do padrão de contaminação pelo novo coronavírus em São Paulo. Enquanto a capital registrou queda, o interior confirmou mais da metade dos novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas. O interior já responde por mais de 70% dos novos casos.

A curva vai se aproximando cada vez mais do padrão de aumento de casos e óbitos no interior e redução na capital e Grande São Paulo. Uma queda aguda na capital, queda pouco mais leve na Grande São Paulo, mas aceleração no interior.

Na última segunda-feira (06/7), o isolamento social no Estado de São Paulo chegou a 45%, enquanto na Capital o índice atingiu 46%. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.

A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

ATUAÇÃO DO MUNICÍPIO

Foi lançada nesta terça-feira (07/7) a plataforma digital “A Última Homenagem”, para homenagear as vítimas fatais da Covid-19 no município de São Paulo, centralizando os serviços relativos aos óbitos causados pela pandemia e disponibilizando um mural de mensagens virtuais enviadas por amigos e familiares das vítimas.

Além de proporcionar apoio às famílias e amigos das vítimas, possibilitando que publiquem mensagens e fotos em tributo aos seus entes queridos e orientações sobre o protocolo de sepultamento específico para Covid-19, o site também funciona como repositório para conteúdos especializados sobre luto e saúde mental, endereços e telefones úteis para os serviços municipais de referência, e inclui o botão “Desejo conversar com alguém”, que direciona o usuário para o preenchimento de um formulário simples que é encaminhado diretamente para a equipe de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde, encarregada por entrar em contato e dar o direcionamento adequado ao caso.

Saiba mais neste link.

A CÂMARA DURANTE A PANDEMIA

Nesta terça-feira (07/7), a Comissão de Educação, Cultura e Esportes da Câmara Municipal realizou Audiência Pública Virtual para tratar do retorno às aulas da rede pública municipal de ensino, que pode ser autorizado a partir de setembro dentro de parâmetros estabelecidos pelo Governo do Estado.

Na primeira metade da audiência, o sanitarista, ex-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e professor da USP (Universidade de São Paulo), Gonzalo Vecina Neto, respondeu dúvidas a respeito da segurança sanitária para a volta dos alunos às escolas.

Na segunda parte do debate, o secretário municipal de Educação, Bruno Caetano, trouxe esclarecimentos a respeito dos protocolos e discussões da pasta para o retorno e se comprometeu a voltar para um novo encontro com a Comissão para tratar do tema.

AÇÕES E ATITUDES

A pandemia do novo coronavírus trouxe uma série de consequências à sociedade, em diferentes esferas, e com a saúde mental não foi diferente. Mais de metade da população adulta do Estado de São Paulo afirma sentir ansiedade ou nervosismo com frequência desde que a pandemia começou.

Isso é o que revela uma pesquisa feita pela internet com 11.863 indivíduos por cientistas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

De acordo com o estudo, para 39% dos entrevistados, sentir-se triste ou deprimido passou a ser algo rotineiro durante a quarentena e quase 30%, que antes dormiam bem, começaram a enfrentar problemas de sono.

Os dados foram coletados entre os dias 24 de abril e 24 de maio por meio de questionário on-line e, em seguida, foram calibrados com base nos indicadores da PNAD 2019 (Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de modo a apresentar a mesma distribuição por sexo, faixa etária, raça e grau de escolaridade da população paulista.

Com o objetivo de avaliar o estado de ânimo dos brasileiros durante o período de isolamento social, a pesquisa mostrou também que, nesse aspecto, os adultos jovens [entre 18 e 29 anos] foram os mais afetados: 54,9% com tristeza frequente e 69,7% com ansiedade frequente, enquanto entre os idosos esses percentuais foram, respectivamente, 25% e 31%.

Na comparação entre os sexos, as mulheres apresentaram percentuais bem mais elevados do que os homens: 48,4% se sentiram tristes ou deprimidas com frequência e 60,1% ansiosas ou nervosas, enquanto entre os homens os índices foram 28,5% e 40,6%, respectivamente.

Para 26,5% dos participantes, a saúde como um todo piorou após o início da pandemia. Cerca de 40% começaram a sofrer de dores na coluna e 56,6% dos que já tinham um problema crônico nesse sentido (32,7% da mostra) relataram aumento na dor.

O percentual de indivíduos considerados fisicamente ativos (mais de 150 minutos de exercícios por semana) caiu de 30,5% para 14,2%. Por outro lado, o hábito de assistir televisão por três horas ou mais aumentou de 21% para 52% e o uso de tablet ou computador por mais de quatro horas diárias passou de 46,2% para 64,3%.

A pesquisa revela ainda uma piora nos hábitos alimentares dos paulistas. O percentual dos que comem verduras e legumes ao menos cinco dias por semana caiu de 42% para 35,9%, enquanto o consumo de alimentos considerados não saudáveis (em dois ou mais dias por semana) cresceu: congelados passou de 8,6% para 13%; salgadinhos de 8,5% para 13,7%; e chocolate de 46,5% para 52,7%.

Também foi observado um maior consumo de bebida alcoólica e tabaco no período. Dos 15,7% da população que se declara fumante, 28% deles disseram estar fumando mais cigarros por dia. O aumento foi maior entre as mulheres (31,5%) do que entre os homens (24,3%). Além disso, o percentual foi duas vezes mais elevado entre os que relataram tristeza frequente e três vezes superior nos indivíduos que se sentiam frequentemente ansiosos. Essa mesma relação com o estado de ânimo foi vista entre os 18,4% dos entrevistados que disseram ter aumentado o consumo de bebidas alcoólicas.

Os dados completos da pesquisa podem ser acessados neste link.

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