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Brasil se aproxima de 70 mil mortes por Covid-19

Por Daniel Monteiro | 08/07/2020

Segundo informações desta quarta-feira (08/7) disponibilizadas no painel do Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde) sobre a pandemia do novo coronavírus no (causador da Covid-19) no Brasil, o país registrou nas últimas 24 horas 1.223 mortes pela doença, totalizando 67.964 vítimas fatais da Covid-19.

No mesmo período, de acordo com contagem do órgão, houve a confirmação de 44.571 novos infectados pelo novo coronavírus. Desde o início da pandemia, o Brasil já soma 1.713.160 diagnósticos positivos para a doença.

O número é o mesmo divulgado no boletim diário do Ministério da Saúde desta quarta-feira: nas últimas 24 horas foram 1.223 mortes e 44.571 diagnósticos confirmados do novo coronavírus, totalizando 67.964 óbitos e 1.713.160 casos confirmados da doença desde o início da quarentena.

Epicentro da pandemia no Brasil, o Estado de São Paulo registrou nesta quarta-feira (08/7) 313 óbitos causados pela Covid-19 em 24 horas – no mesmo período, houve 8.657 diagnósticos confirmados do novo coronavírus. No total, são 16.788 vítimas fatais da Covid-19, com 341.365 pessoas infectadas.

Em relação à capacidade do sistema de saúde do Estado, a taxa de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) voltados ao tratamento do novo coronavírus é de 64,7% no estado e de 63,6% na Grande São Paulo.

Considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal medida de contenção da pandemia do novo coronavírus, o isolamento social no Estado de São Paulo na última terça-feira (07/7) foi de 45%, enquanto na capital o índice chegou a 46%.

Os dados são Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

MAIS SOBRE O CORONAVÍRUS

As partidas oficiais de futebol em São Paulo poderão ser retomadas a partir do próximo dia 22 de julho, segundo anunciou nesta quarta-feira (08/7) o Governo do Estado. Os jogos não poderão receber torcedores e só serão realizados em cidades que estão na fase amarela do Plano São Paulo de enfrentamento ao novo coronavírus.

Atualmente, somente a capital e outras 15 cidades da Região Metropolitana estão na etapa intermediária do Plano São Paulo. Ainda haverá duas reclassificações das 17 regiões de saúde do estado antes da retomada do Paulistão, com possibilidade de autorização de partidas em outras cidades do interior e litoral.

Além dos portões fechados ao público e restrições territoriais de acordo com a evolução da pandemia, a Federação Paulista de Futebol terá que cumprir um rigoroso protocolo sanitário para organizar os jogos. O Campeonato Paulista ainda possui duas rodadas de classificação e outras quatro de eliminatórias a cumprir, com previsão de disputa da decisão no dia 8 de agosto.

ATUAÇÃO DO MUNICÍPIO

Com a diminuição da propagação do novo coronavírus na Capital e o aumento de casos no interior, o Hospital de Campanha do Ibirapuera será referenciado a partir desta quarta-feira (08/7) para atender pacientes com Covid-19 de Campinas, preferencialmente, e de outras regiões do Estado de São Paulo, se necessário. O anúncio foi feito nesta quarta-feira.

A medida possibilita atender a demanda crescente das cidades do interior sem aumento de custos e sem a necessidade de construção de outros equipamentos hospitalares no momento.

O hospital de campanha inaugurado em 1º de maio no Complexo Esportivo do Ibirapuera, tem 240 leitos de enfermaria e 28 de UTI, além de sala de descompressão, consultórios médicos e tomografia.

A unidade é referenciada e recebe pacientes encaminhados por outros serviços de saúde. Na manhã desta quarta-feira, 146 pacientes estavam internados no local.

A CÂMARA DURANTE A PANDEMIA

Nesta quarta-feira (08/7), durante a 4ª reunião ordinária virtual da Comissão de Trânsito, Transporte e Atividade Econômica da Câmara Municipal de São Paulo, os vereadores aprovaram a realização de audiência pública para tratar da situação dos trabalhadores do transporte escolar no município e os impactos da pandemia do novo coronavírus nas atividades da categoria.

Para a audiência, proposta para acontecer na quarta-feira, 22 de julho, serão convidados a secretária de Mobilidade e Transporte de São Paulo, Elisabete França; o secretário de Educação do município, Bruno Caetano, e lideranças de trabalhadores do transporte escolar da capital, além da população em geral.

Também nesta quarta-feira, em reunião ordinária virtual da Comissão de Educação, Cultura e Esportes da Câmara Municipal de São Paulo, os vereadores aprovaram requerimento para realização de mais uma audiência pública para debater o retorno gradual das atividades escolares na capital, com a presença do secretário municipal de Educação, Bruno Caetano.

O objetivo é debater questões relativas ao sistema municipal de ensino, serviços, equipamentos e programas educacionais voltados à comunidade, entre outras atribuições. A data sugerida para a nova audiência é na próxima terça-feira (14/7), às 13h, com transmissão, ao vivo, pelas plataformas digitais da Câmara Municipal.

AÇÕES E ATITUDES

Um estudo pretende monitorar o impacto do distanciamento social e da pandemia causada pelo novo coronavírus na saúde mental de 4 mil pessoas do estado de São Paulo. O objetivo é avaliar os efeitos da maior carga de estresse – seja por mudanças de hábito, luto, incertezas econômicas ou risco de contágio – tanto na população saudável quanto em pessoas com transtornos como depressão e ansiedade.

O acompanhamento da saúde mental durante a pandemia integra o Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto – ELSA Brasil, que monitora a saúde de 15 mil funcionários públicos de seis universidades e centros de pesquisa do país desde 2008.

O projeto multicêntrico, que investiga a incidência e os fatores de risco para doenças crônicas, como as cardiovasculares e o diabetes em seis estados do país, tem financiamento do Ministério da Saúde. O Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica do Hospital Universitário da USP (Universidade de São Paulo) coordena a pesquisa em São Paulo, sendo responsável por um terço dos participantes do estudo.

O monitoramento da saúde mental durante a pandemia será realizado com apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), apenas com os participantes do ELSA no território paulista – todos eram servidores ou aposentados da USP quando a pesquisa começou e têm idade entre 35 e 74 anos. A coleta de informações será realizada até dezembro de 2020 e a previsão é de que a análise do estudo completo dure dois anos.

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