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Brasil ultrapassa a marca de 80 mil mortes por Covid-19

Por Daniel Monteiro | 20/07/2020

Segundo informações desta segunda-feira (20/7) disponibilizadas no painel do Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde) sobre a pandemia do novo coronavírus no (causador da Covid-19) no Brasil, o país ultrapassou 80 mil mortes causadas pela doença.

Nas últimas 24 horas, foram registradas 632 mortes em decorrência da Covid-19, totalizando 80.120 vítimas fatais desde o começo da pandemia. Entre domingo e segunda-feira, de acordo com contagem do órgão, também houve a confirmação de 20.257 novos infectados pelo novo coronavírus. Desde o início da pandemia, o Brasil já soma 2.118.646 diagnósticos positivos para a doença.

O número é o mesmo divulgado no boletim diário do Ministério da Saúde desta segunda-feira: nas últimas 24 horas foram 632 mortes e 20.257 diagnósticos confirmados do novo coronavírus, totalizando 80.120 óbitos e 2.118.646 casos confirmados da doença desde o início da quarentena.

Epicentro da pandemia no Brasil, o Estado de São Paulo registrou nesta segunda-feira (20/7) 46 óbitos causados pela Covid-19 em 24 horas – no mesmo período, houve 1.385 diagnósticos confirmados do novo coronavírus. No total, são 19.778 vítimas fatais da Covid-19, com 416.434 pessoas infectadas.

Em relação à capacidade do sistema de saúde do Estado, a taxa de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) voltados ao tratamento do novo coronavírus é de 66,8% no Estado e de 64,9% na Grande São Paulo.

Considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal medida de contenção da pandemia do novo coronavírus, o isolamento social no Estado de São Paulo no último domingo (19/7) foi de 50%, enquanto na Capital o índice chegou a 52%.

Os dados são Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

MAIS SOBRE O CORONAVÍRUS

O Governo do Estado anunciou nesta segunda-feira (20/7) o início dos testes no Brasil da CoronaVac, vacina contra o novo coronavírus. O Instituto Butantan receberá as doses de imunizantes e placebos que serão utilizados na realização da terceira fase de ensaios clínicos para desenvolvimento da vacina, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac Life Science.

Na madrugada desta segunda-feira, a carga com 20 mil doses da vacina, proveniente da China, desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos e será levada à sede do Instituto Butantan para ser verificada. Em seguida, será distribuída aos 12 centros de pesquisa responsáveis pelo recrutamento, aplicação e acompanhamento dos voluntários.

Os testes da vacina, uma das mais avançadas do mundo, começam na próxima terça-feira (21/7) no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), na capital paulista.

A terceira fase de testes no Hospital das Clínicas será direcionada a 890 voluntários. Os pesquisadores do hospital vão analisar os voluntários em consultas agendadas a cada duas semanas. A estimativa é concluir as primeiras análises em até 90 dias.

Os demais 11 centros de pesquisa receberão as doses de modo escalonado. O estudo tem como meta a inclusão de cerca de 9 mil voluntários nesses centros. Entre os recrutados, metade receberá duas doses do imunizante num intervalo de 14 dias e a outra metade receberá duas doses de placebo, uma substância com as mesmas características, mas sem os vírus, ou seja, sem efeito.

Essas pessoas serão monitoradas pelos centros de pesquisa por meio de exames entre aqueles que tiverem sintomas compatíveis à Covid-19. Assim, poderá ser verificado posteriormente se quem tomou a vacina ficou de fato protegido em comparação a quem tomou o placebo.

Entre as unidades do Estado de São Paulo responsáveis pelos testes estão o Instituto de Infectologia Emílio Ribas e Hospital Israelita Albert Einstein, também na capital paulista; a Universidade Municipal de São Caetano do Sul, Hospital das Clínicas da Unicamp (Campinas), Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.

As pesquisas também serão realizadas na Universidade de Brasília (UnB), Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas de Fiocruz, no Rio de Janeiro, a Universidade Federal de Minas Gerais, Hospital São Lucas da PUC do Rio Grande do Sul e Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná.

Os testes serão acompanhados por uma comissão de pesquisadores internacionais, que terão acesso à plataforma científica para observar o andamento e garantir transparência em todo o processo. Se houver sucesso, a vacina será produzida pelo Instituto Butantan a partir do início de 2021, com mais de 120 milhões de doses.

ATUAÇÃO DO MUNICÍPIO

A Prefeitura de São Paulo encaminhou à Câmara Municipal um PL (Projeto de Lei) com medidas para o retorno das aulas presenciais na cidade. O projeto prevê a aquisição de vagas para a pré-escola na rede privada de ensino, com o objetivo de suprir a demanda das crianças que foram tiradas das unidades particulares, em virtude da pandemia do novo coronavírus.

No mês de maio, a Prefeitura criou um site para o pedido de pré-matrículas. As solicitações estão sendo monitorados e, até o momento, há 4,6 mil pedidos de matrículas na rede infantil. O atendimento de crianças de 4 a 6 anos é obrigatório e responsabilidade do município. Hoje, a rede municipal tem 232,5 mil alunos matriculados na pré-escola. Segundo o projeto, a busca por vagas ficará limitada a 5% do número total de estudantes nessa etapa.

Além disso, o PL prevê a normatização sobre a recuperação, acompanhamento da saúde de alunos e servidores e a contratação de temporários para suprir os postos de professores do grupo de risco, por exemplo. Também está descrito no projeto novos meios para aquisição e entrega de uniformes e kit de materiais. O retorno das aulas presenciais, conforme regras noticiadas pelo Estado de São Paulo, deve acontecer no mês de setembro.

Outro ponto importante do PL é sobre o acompanhamento da saúde dos alunos e servidores. Por meio de novas contratações e parcerias com organizações da sociedade civil, também serão colocadas à disposição equipes para acompanharem a saúde nas escolas.

A CÂMARA DURANTE A PANDEMIA

Na manhã desta segunda-feira (20/7), por iniciativa da Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa, vereadores da Câmara Municipal de São Paulo visitaram o Hospital de Campanha do Anhembi, criado para atender pacientes com Covid-19.

Foram ao local os vereadores Reis (PT), Caio Miranda Carneiro (DEM), George Hato (MDB), Prof. Claudio Fonseca (CIDADANIA) e Rinaldi Digilio (PSL), integrantes da CCJ, além do vereador Rodrigo Goulart (PSD), representando a Comissão de Finanças e Orçamento.

A visita havia sido agendada pelos parlamentares no início deste mês, por meio de um requerimento feito à Secretaria Municipal de Saúde. Os vereadores foram ao local depois de terem recebido denúncias de problemas no espaço e após reportagens indicarem a situação irregular do hospital de campanha.

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