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Telefonoaudiologia pode incrementar serviços pós-pandemia

| 06/10/2020 | Publicado originalmente em Rádio USP

O Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFF) e a Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP lançaram diretrizes para o uso da telefonoaudiologia em território nacional

O Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFF) e a Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP lançaram diretrizes para o uso da telefonoaudiologia em território nacional. O documento, para os especialistas, chega em boa hora e complementa uma resolução do Conselho Federal que rege a profissão, apresentando uma síntese da evidência disponível sobre esse tipo de serviço. O Jornal da USP no Ar de hoje (5) conversa com as professoras Andréa Cintra Lopes e Deborah Viviane Ferrari, da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP e do Grupo de Trabalho de Telefonoaudiologia do Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFF).

Andréa compartilha que o Conselho Federal de Fonoaudiologia já tinha, desde 2001, uma resolução que trazia algumas normativas, naquela época com o nome de telessaúde em fonoaudiologia. Com a última resolução, revogada em 2013, em que não se permitia a teleconsulta direta entre profissional e paciente, o Conselho Federal já vinha estudando uma nova resolução desde o ano passado.

Com a pandemia, o Conselho Federal publicou duas recomendações permitindo a teleconsulta, para que não houvesse um prejuízo financeiro na assistência do paciente nem para o profissional.

Ainda assim, a área de telefonoaudiologia oferece alguns desafios, tanto para o profissional quanto para o paciente, já que, “além da publicação da resolução e da permissão para a teleconsulta, era necessário uma formação para os profissionais, atendendo principalmente à questão da segurança pela Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais. Optou-se por publicar tanto a Resolução 580 como as Diretrizes de Boas Práticas para poder oferecer um conhecimento mais seguro para os fonoaudiólogos exercerem a telefonoaudiologia”, comenta Andréa.

Além do cuidado com os dados dos pacientes, Deborah compartilha que os profissionais se deparam hoje com outros desafios. Com as diferentes modalidades oferecidas dentro da telefonoaudiologia, ter uma boa conectividade é primordial para a avaliação. “Infelizmente, nós sabemos que nem todos os pacientes que têm um smartphone têm um plano de internet que permita que ele faça uma consulta ao vivo com excelente qualidade de som e vídeo, elementos cruciais quando você está analisando distúrbios da comunicação, que é do que trata a fonoaudiologia”, comenta Deborah.

Além disso, o pagamento e reembolso por esses serviços é outra questão que deverá ser analisada após a pandemia, como compartilha Deborah: “Todo mundo ainda está tentando entender, tanto o serviço público quanto o serviço privado e os seguros de saúde. Durante a pandemia o reembolso está posto, depois disso, existe uma tratativa importante onde os conselhos da área da saúde vão ter que trabalhar para normatizar essa questão”.

Saiba mais ouvindo a entrevista completa neste link

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