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Nesta quarta-feira, capital contabiliza 14,7 mil óbitos e 429,2 mil casos de Covid-19

Por Daniel Monteiro | 09/12/2020

Segundo dados do boletim diário sobre a pandemia do novo coronavírus publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, nesta quarta-feira (9/12) a capital paulista contabiliza 14.798 vítimas da Covid-19.

Há, ainda, 429.234 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus e 630.742 casos suspeitos sob monitoramento. Até o momento, 624.919 pessoas receberam alta após passar pelos hospitais de campanha, da rede municipal, contratualizados e pela atenção básica do município.

Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo nesta quarta-feira.

Crédito: Prefeitura de SP

Em relação ao sistema público de saúde na Grande São Paulo, a atualização mais recente destaca que, nesta quarta-feira, a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 é de 64%.

Considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus, o isolamento social na cidade de São Paulo, na última terça-feira (8/12), foi de 40%.

Os dados são do Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

A CÂMARA DURANTE A PANDEMIA

Na reunião da última terça-feira‌ ‌(8/12) do Comitê Emergencial de crise na Educação, vinculado à Comissão de Educação, Cultura e Esportes, o médico sanitarista e professor da Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade de São Paulo), Gonzalo Vecina Neto, falou das projeções de controle da Covid-19 a partir das vacinas, e o cenário que os paulistanos devem enfrentar em 2021, sobretudo, na educação.

De acordo com o médico, ainda não há um horizonte que declare o fim da doença, uma vez que não temos uma vacina. Mesmo com o calendário de vacinação do governo do Estado de São Paulo para o próximo ano, Vecina não acredita que seja possível imunizar toda a população até o fim de 2021 e, até lá, recomenda que os governos tomem decisões mais firmes quanto à pandemia.

Vecina Neto recomendou, entre outras ações, aumentar o distanciamento social de todos, evitar ambientes fechados e aglomerações, e cobrou a atuação dos governantes na decisão de fechar estabelecimentos que estão abertos, mas que deveriam estar fechados. O médico também mostrou confiança nas vacinas em produção no Brasil e no mundo, e defendeu a vacina chinesa, a Coronavac.

O médico defendeu que as escolas sejam reabertas a partir do ano que vem pois, na visão dele, o prejuízo na aprendizagem será imensurável caso as escolas permaneçam fechadas em 2021. Ele afirmou também que o risco sempre existirá, mas que, no momento, sabe-se mais do que no início da pandemia, e é fato que as crianças pertencem a um grupo menos vulnerável à doença.

E, para esse retorno, o especialista defende alguns procedimentos, entre eles, que os protocolos para as escolas não sejam generalizados, com a preparação adequada das escolas. Vecina defende ainda que os alunos e profissionais do grupo de risco permaneçam em casa, e que os pais tenham a decisão final de retorno dos alunos. Na avaliação do professor Gonzalo Vecina, é preciso que o governo ouça os trabalhadores e as famílias de forma mais adequada e que se proponha a negociar as medidas.

Já nesta quarta-feira (9/12), em reunião da Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher, foram aprovados cinco requerimentos de assuntos relacionados ao combate da pandemia de Covid-19 em São Paulo.

Um deles solicita esclarecimentos sobre denúncia da estocagem de cerca de sete milhões de testes de Covid -19, próximos ao encerramento de sua validade, provenientes do Ministério da Saúde. Outro requer a realização de uma Audiência Pública, com a convocação do Secretário Municipal de Saúde, Edson Aparecido, para que a pasta preste esclarecimentos sobre a lentidão da divulgação dos resultados dos testes RT-PCR em São Paulo.

AÇÕES E ATITUDES

Desenvolvida no Departamento de Gerontologia da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), uma pesquisa está buscando voluntários para avaliar se as pessoas usam a tecnologia na intenção de atingir hábitos saudáveis diante do distanciamento social, necessário em virtude da pandemia de Covid-19.

O estudo “Uso de tecnologias para atingir hábitos saudáveis durante a pandemia da Covid-19” tem como objetivo investigar se as pessoas estão recorrendo à tecnologia para melhorar seus hábitos relacionados à atividade física, alimentação, controle de estresse, interação e diminuição do consumo de bebidas alcoólicas e do tabaco. Em caso afirmativo, a ideia é levantar também quais tecnologias estão sendo utilizadas.

De acordo as autoras do estudo, o isolamento social pode interferir na saúde das pessoas e a importância do projeto está na análise do impacto do distanciamento no estilo de vida da população com mais de 20 anos.

Além disso, a pesquisa permitirá o conhecimento sobre o uso de tecnologia durante a pandemia, inclusive para atingir hábitos saudáveis, o que mostrará o quão recorrente é o uso de ferramentas digitais no dia a dia.

A expectativa é que os resultados possam auxiliar na elaboração de políticas públicas voltadas à manutenção do estilo de vida e envelhecimento saudáveis, além da possibilidade da inserção de ferramentas e-health em prol da saúde da população, visando promoção de bem-estar e prevenção de agravos.

Para realizar o estudo estão sendo convidados voluntários, homens ou mulheres, a partir de 20 anos, de qualquer região do Brasil. Os participantes devem apenas responder este questionário on-line, que tem duração média de 10 minutos, e que ficará disponível até o dia 15 de dezembro. Mais informações sobre a pesquisa podem ser solicitadas pelo e-mail leticia.belo.73@gmail.com.

*Para ouvir a versão podcast do boletim Coronavírus, clique aqui

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