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Nesta quinta, capital contabiliza 16,8 mil mortes e 540,6 mil casos de Covid-19

Por Daniel Monteiro | 21/01/2021

Segundo dados do boletim diário sobre a pandemia do novo coronavírus publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, nesta quinta-feira (21/1) a capital paulista contabiliza 16.823 vítimas da Covid-19.

Há, ainda, 540.618 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus e 792.610 casos suspeitos sob monitoramento. Até o momento, 766.558 pessoas receberam alta após passar pelos hospitais de campanha, da rede municipal, contratualizados e pela atenção básica do município.

Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo nesta quinta-feira.

Crédito: Prefeitura de SP

Em relação ao sistema público de saúde na Grande São Paulo, a atualização mais recente destaca que, nesta quinta, a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 é de 71,5%.

Considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus, o isolamento social na cidade de São Paulo, na última quarta, foi de 40%.

Os dados são do Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

MAIS SOBRE O CORONAVÍRUS

Divulgado na última sexta-feira (15/1) no periódico científico The Lancet Respiratory Medicine, um artigo feito em colaboração entre instituições que incluem USP (Universidade de São Paulo) e Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) traz os resultados de uma análise retrospectiva das 254.288 hospitalizações de pacientes com mais de 20 anos com diagnóstico de Covid-19 no Brasil entre 16 de fevereiro e 15 de agosto de 2020.

Segundo o estudo, o índice de mortalidade hospitalar pela doença é alto no país, e com uma diferença importante para nações como o Reino Unido: a média de idade da população brasileira é mais baixa, faixa etária em que se espera uma letalidade menor da doença. No Brasil, entretanto, a mortalidade foi alta também entre pessoas com menos de 60 anos.

Somado a outros dados, isso quer dizer que nosso sistema de saúde não deu conta do alto fluxo de pacientes, especialmente na região Norte, onde um novo colapso do sistema já vinha se desenhando, atingindo o auge na última semana, com o fim do suprimento de oxigênio em Manaus (AM).

De acordo um dos autores do estudo, o médico Otavio Ranzani, pesquisador da FMUSP (Faculdade de Medicina da USP) e do Instituto de Saúde Global de Barcelona (Espanha), o número de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) na Região Norte é muito baixo se comparado com outras regiões e abrir um leito de UTI envolve muito mais que liberar uma cama e um ventilador, incluindo outros recursos e equipe especializada.

Segundo aponta o médico, é possível observar que na Região Norte os doentes chegaram mais graves, uma vez que eles tinham mais hipoxemia e mais estresse respiratório. Além disso, o tempo entre dar entrada no hospital até a morte na região Norte foi de sete dias; nas outras regiões, esse prazo foi de 10 a 12 dias.

Para Ranzani, esse é um sinal de que na região Norte as pessoas chegaram aos hospitais e morreram rápido. Também chegaram mais graves, por limitação de acesso, já que há poucos leitos, e só conseguiram este atendimento muito tarde.

Outro recorte que traz dados alarmantes foi a mortalidade, no país todo, dos doentes que precisaram de ventilação mecânica invasiva, ou seja, intubação: 80%. Uma das conclusões é de que, no Norte e no Nordeste, mesmo as pessoas jovens ventiladas morreram muito.

Ainda na análise, populações indígenas tiveram mortalidade mais alta, assim como pretos e pardos, em comparação aos brancos. Também é maior a mortalidade entre quem tem baixa escolaridade.

AÇÕES E ATITUDES

Na última terça-feira (19/1), foi lançado o “Vacinômetro”, ferramenta digital que permite a qualquer pessoa acompanhar em tempo real o número de pessoas vacinadas no Estado. O “Vacinômetro” está disponível no portal do Governo de São Paulo.

A ferramenta é alimentada diretamente com as informações do “Vacivida”, plataforma digital integrada para monitorar toda a campanha de vacinação contra a Covid-19. O sistema Vacivida permite todo o acompanhamento individualizado e em tempo real dos registros de pessoas imunizadas contra o novo coronavírus.

O banco de dados também contará com relatórios atualizados de doses aplicadas e a cobertura vacinal atualizada dos 645 municípios paulistas. Além disso, o Vacivida vai oferecer pré-cadastro de qualquer pessoa apta a participar da campanha de imunização contra o novo coronavírus em São Paulo.

A plataforma fará o registro digital da vacinação e enviará um lembrete para a aplicação da segunda dose. O sistema também vai notificar possíveis eventos adversos individuais à Vigilância Epidemiológica.

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