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Covid-19: variante de Manaus é registrada em paciente da capital que não esteve no Amazonas

Por Daniel Monteiro | 15/02/2021

A Covisa (Coordenadoria de Vigilância em Saúde), órgão vinculado à Prefeitura de São Paulo, confirmou no último sábado (13/2) o registro do primeiro caso da variante de Manaus do novo coronavírus em um paciente da capital paulista que não esteve no Amazonas.

O caso havia sido detectado na última sexta-feira (12/2). O paciente, morador da cidade de São Paulo, informou que não esteve no Amazonas. Ele apresentou apenas sintomas leves de síndrome gripal e não necessitou de internação.

A confirmação do diagnóstico reconhece a situação de transmissão comunitária da nova variante do vírus, ou seja, a nova cepa  já circula no município, independente de novos contatos com as regiões já afetadas.

Responsável pela identificação do caso, o Instituto de Medicina Tropical da USP (Universidade de São Paulo) fez um alerta de que a nova variante do vírus é mais transmissível do que a cepa já em circulação. O órgão recomendou que qualquer pessoa com sintomas da doença, como tosse, febre ou dor de cabeça, deve ir imediatamente a um serviço de saúde para fazer os exames e entrar em isolamento. A regra do isolamento vale também para todas as pessoas que tiveram contato com o paciente com caso confirmado.

Segundo a Prefeitura, desde o final do mês de janeiro, o Hospital Municipal Dr. José Soares Hungria, em Pirituba, zona oeste da Capital, vem sendo destinado ao tratamento da nova variante do coronavírus. No local, foram reservados 10 leitos totalmente isolados.

MAIS SOBRE O NOVO CORONAVÍRUS

Segundo dados mais recentes sobre a pandemia do novo coronavírus publicados pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, nesta segunda-feira (15/2) a capital paulista contabiliza 17.975 vítimas da Covid-19.

Há, ainda, 598.259 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus e 740.220 casos suspeitos sob monitoramento. Até esta segunda, 840.532 pessoas receberam alta após passar pelos hospitais de campanha, da rede municipal, contratualizados e pela atenção básica do município.

Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo nesta segunda.

Crédito: Prefeitura de SP

Em relação ao sistema público de saúde na Grande São Paulo, a atualização mais recente destaca que, nesta segunda, a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 é de 65,1%.

Considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus, o isolamento social na cidade de São Paulo, no último domingo (15/2), foi de 48%.

Os dados são do Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

ATUAÇÃO DO MUNICÍPIO

Até o último sábado (13/2), segundo dados da Covisa (Coordenadoria de Vigilância em Saúde), 390.806 pessoas haviam sido imunizadas contra a Covid-19 na cidade de São Paulo. Desse total, 376.728 tinham recebido a 1ª dose e 14.078 já haviam recebido a segunda aplicação da vacina. Os dados são parciais e atualizados diariamente.

Já são 26.486 idosos acima de 85 anos que receberam a primeira dose do imunizante. Mais de 114.738 idosos acima de 60 anos (sendo trabalhadores da saúde ou moradores em situação de rua nessa faixa etária), idosos em Instituições de Longa Permanência, pessoas com deficiências que residem em instituições sociais (com mais de 18 anos) e indígenas também receberam a primeira dose da vacina. Além disso, 3.849 já receberam a 2ª dose. Idosos com 90 anos ou mais imunizados com a primeira dose já somavam 41.352.

Seguindo os critérios do Programa Estadual e Nacional de Imunização, nesta fase da campanha o Programa Municipal de Imunização aplica a 2ª dose nos profissionais de Saúde da linha de frente, idosos que vivem nas instituições de longa permanência, pessoas com deficiências que vivem em instituições sociais e indígenas aldeados da capital. Esse público-alvo foi imunizado na primeira etapa da campanha, que teve início em 19 de janeiro de 2021.

AÇÕES E ATITUDES

Com o objetivo de responder as principais questões relacionadas à vacinação, o Governo de São Paulo lançou um tira-dúvidas no site Vacina Já, no qual os cidadãos realizam o pré-cadastro para serem atendidos com mais agilidade na hora da imunização contra a Covid-19.

No FAQ, foram reunidos os principais questionamentos recebidos pela administração estadual sobre o tema nas redes. A página dispõe de uma série de sete vídeos em que a Dra. Rosana Richtmann, infectologista do Instituto Emílio Ribas, responde a perguntas frequentes, como o uso de máscara após a vacinação, contraindicações da vacina, intervalo de aplicação das doses e efeitos colaterais.

No tira-dúvidas, os usuários também encontram informações sobre as vacinas do Butantan e da Fiocruz, como quem pode tomar cada uma delas, quantas doses são necessárias e em quanto tempo a pessoa fica protegida após a imunização.

O pré-cadastro no site Vacina Já agiliza o atendimento e evita aglomerações no dia da vacinação. O cidadão preenche dados simples, como nome completo, data de nascimento, CPF, país, Estado, município, endereço, e-mail e telefone celular, e contribui para melhorar a dinâmica dos serviços e a sua própria rotina.

A prioridade da vacinação, neste momento, é de pessoas a partir de 85 anos de idade. No dia 1º de março, os idosos com mais de 80 anos começarão a ser vacinados.

*Ouça a versão podcast do boletim Coronavírus neste link

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