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Capital confirma 13 casos das variantes de Manaus e Reino Unido do novo coronavírus

Por Daniel Monteiro | 16/02/2021

Na noite da última segunda-feira (15/2), a Prefeitura de São Paulo informou que, do início de janeiro até o momento, a capital foi notificada de 13 casos de variantes do novo coronavírus, sendo nove oriundos de Manaus e quatro do Reino Unido.

Em relação à variante brasileira, oito infectados são residentes do município de São Paulo e um é morador de Manaus e foi internado na capital paulista. Dos oito residentes do município, apenas um deles não teve contato com pessoas vindas da região norte do país ou histórico de viagem para o local.

Em relação aos outros quatro casos da variante do Reino Unido notificados à vigilância do município, dois já haviam sido detectados no início do ano e os outros dois foram comunicados ao município na tarde da última segunda-feira.

Estes dois últimos casos, segundo acompanhamento da administração municipal, relatam não terem se deslocado, nem terem tido contato com ninguém de fora do país. A Prefeitura deverá aprofundar o rastreamento dos contatos destas duas pessoas para monitorar o vírus.

Segundo o município, o Hospital Municipal Dr. José Soares Hungria, em Pirituba, atendeu até o momento sete casos entre confirmados e suspeitos da nova variante de Manaus. Seis casos ainda aguardam resultado do Instituto Adolf Lutz e um caso foi confirmado, o do morador de Manaus já citado.

Dos sete casos possivelmente relacionados à variante de Manaus, três vieram a óbito; três receberam alta e um segue internado em estado grave em leito de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinado à nova cepa do vírus.

A Prefeitura informou que já tinha antecipado e reservado 10 leitos, totalmente isolados, para o atendimento de pacientes com variantes do novo coronavírus. Caso seja necessário, o espaço pode ser ampliado.

Além disso, orienta-se o isolamento e monitoramento dos casos suspeitos e, também, dos contatos próximos a estes pacientes, ação realizada pela Covisa (Coordenadoria de Vigilância em Saúde) em parceria com as 28 Unidades de Vigilância em Saúde da capital.

MAIS SOBRE O NOVO CORONAVÍRUS

De acordo com o boletim diário mais recente publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus, na última segunda-feira (15/2) a capital paulista totalizava 17.975 vítimas da Covid-19.

Há, ainda, 598.259 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus e 740.220 casos suspeitos sob monitoramento. Até a última segunda, 840.532 pessoas haviam recebido alta após passar pelos hospitais de campanha, da rede municipal, contratualizados e pela atenção básica do município.

Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.

Crédito: Prefeitura de SP

Em relação ao sistema público de saúde, nesta terça-feira (16/2) a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na Grande São Paulo é de 65,1%.

Já na última segunda (15/2), o índice de isolamento social na cidade de São Paulo foi de 40%. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.

A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

ATUAÇÃO DO MUNICÍPIO

Visando aliar o reforço à aplicação dos protocolos sanitários e de distanciamento social nas escolas da rede para a volta às aulas – prevenindo assim o contágio pelo novo coronavírus – e a inserção no mercado de trabalho, a Prefeitura de São Paulo criou um programa para a contratação de 4,6 mil mulheres que atuarão como monitoras escolares nas unidades de ensino da capital.

O programa admitirá, prioritariamente, mães de alunos de escolas públicas ou mulheres que morem nas comunidades onde as unidades estão situadas, com idades entre 18 e 50 anos. A carga horária será de 30 horas semanais, divididas em 24 horas de atividades nas frentes de trabalho e seis horas destinadas a cursos de qualificação profissional.

O tempo do contrato será de seis meses e elas receberão um benefício de R$ 1.155,00 mensais. No total, a administração municipal estima aplicar R$ 34,7 milhões no projeto, desenvolvido por meio do POT (Programa Operação Trabalho).

O objetivo, além de promover a inclusão social e econômica das beneficiárias, é auxiliar na capacitação profissional, de forma a ajudar na reinserção definitiva dessas mulheres no mercado de trabalho.

De acordo com o projeto, cada uma das unidades da rede municipal de ensino deverá manter três mulheres selecionadas em seu quadro. Entre as funções desempenhadas pelas inscritas no programa está a constante conscientização e orientação com respeito às normas de distanciamento social e ao cumprimento das determinações dos protocolos sanitários.

As vagas serão distribuídas entre as unidades educacionais espalhadas pelas 13 Diretorias Regionais de Ensino. A Prefeitura destaca que essas mulheres não substituirão os trabalhadores efetivos ou terceirizados que atuam nas unidades educacionais.

Para aderir ao projeto, são pré-requisitos ter mais de 18 anos, residir na cidade de São Paulo, estar desempregada há mais de quatro meses, não receber benefícios como seguro-desemprego e não ter renda familiar superior à metade do valor do salário mínimo.

AÇÕES E ATITUDES

Na última sexta-feira (16/2), o Governo de São Paulo sancionou um projeto de lei, aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado, que prevê penalidades a serem aplicadas a quem descumprir a ordem de vacinação dos grupos prioritários, de acordo com a fase cronológica definida nos planos estadual e nacional de vacinação contra a Covid-19. O texto foi publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo do último sábado (13/2).

Entre as sanções previstas na lei está a aplicação de multa de 850 UFESPs (Unidades Fiscais do Estado de São Paulo), calculada em R$ 24.726,50, ao agente público responsável pela aplicação da vacina se desrespeitar a ordem cronológica prevista nos planos de imunização contra a Covid-19. A pena também recai para os superiores hierárquicos, caso comprovada a ordem ou consentimento.

Se houver o desrespeito ao cronograma de vacinação pela pessoa imunizada ou seu representante legal, a multa será de 1.700 UFESPs, calculada em R$ 49.453,00. O valor da sanção dobra e chega a R$ 98.906,00 se o imunizado for agente público. Os valores decorrentes das multas deverão ser recolhidos ao Fundo Estadual de Saúde.

*Ouça a versão podcast do boletim Coronavírus neste link

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