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Boletim Coronavírus [14/04]

Por Daniel Monteiro | 14/04/2020

Divulgada nesta terça-feira (14/4) pelo Ministério da Saúde, a nova atualização dos dados sobre a pandemia do coronavírus (Covid-19) mostra novo aumento no número de infecções e mortes ocasionadas pela doença no Estado São Paulo. O Estado contabiliza, agora, 9.371 pessoas infectadas confirmadas e 695 óbitos.

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, os dados divulgados nesta segunda-feira mostram que o Brasil registra 25.262 casos confirmados de coronavírus, com 1.532 mortes pela doença.

MAIS SOBRE O CORONAVÍRUS

Nesta terça-feira, São Paulo bateu um novo recorde de mortes por coronavírus. Com 87 novas vítimas fatais nas últimas 24 horas, o Estado chega a 695 óbitos. Além disso, nesta terça foi registrado o pico de internações, com mais de 2 mil pacientes assistidos em hospitais. São 1.111 em leitos de UTI e 1.042 em enfermarias.

Também são 9.371 casos confirmados do novo coronavírus, 476 a mais na comparação com a última segunda-feira (13). Já são 183 cidades com pelo menos um caso e 73 municípios com no mínimo um óbito.

Entre as vítimas fatais, estão 409 homens e 286 mulheres. Os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 80,7% das mortes.

ATUAÇÃO DO MUNICÍPIO

A Prefeitura de São Paulo aumentou a atenção a pessoas em situação de rua atendidas pelo programa Consultório na Rua. Por conta da pandemia do novo coronavírus, as ações colaborativas entre as secretarias municipais da Saúde, da Assistência e Desenvolvimento Social e das Subprefeituras são para reduzir o risco de contaminação pela doença entre a população nessa condição.

O atendimento consiste em pulverizações com solução não tóxica e ações sanitárias estratégicas para a contenção da transmissão por contato com a superfície que, possivelmente, possa estar contaminada com partículas do coronavírus.

Considerando todas as necessidades e demandas apresentadas pela população, que vão além do cuidado em saúde, as equipes passaram a priorizar locais com aglomerações de pessoas nos quais, diariamente, ofertam orientações baseadas nas normas técnicas da Secretaria Municipal de Saúde, Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde.

Os profissionais dessas equipes vêm reforçando, principalmente nas regiões Centro e Sudeste, o acompanhamento e monitoramento diário dos idosos que estão nessa condição e que nem sempre são receptivos ao encaminhamento para os equipamentos sociais da cidade. Para esses munícipes com mais de 60 anos, que se encontram em grupo de risco e são mais vulneráveis, a vacinação foi prioridade.

A CÂMARA DURANTE A PANDEMIA

Os vereadores aprovaram por unanimidade na Sessão Extraordinária Virtual da última segunda-feira (13/4), por 54 votos favoráveis e nenhum contrário, o Projeto de Lei 235/2020, elaborado pelos 55 parlamentares do Legislativo paulistano.

A proposta autoriza a transferência imediata de R$ 38 milhões para a Prefeitura da capital paulista. O dinheiro é proveniente de medidas de economia do Legislativo e está no Fundo Especial de Despesas da Câmara, originalmente destinado para custear aprimoramentos da Casa.

O Projeto de Lei, que agora segue para sanção do prefeito Bruno Covas (PSDB), estabelece que os recursos sejam destinados preferencialmente às secretarias municipais da Saúde e de Assistência Social, para investimento em ações de enfrentamento ao novo coronavírus na cidade de São Paulo.

AÇÕES E ATITUDES

A transfusão de anticorpos produzidos por pacientes curados do novo coronavírus pode se tornar um tratamento para casos moderados e graves da doença. Para testar a eficácia da estratégia, 45 pacientes do Hemocentro de Ribeirão Preto estão recebendo plasma sanguíneo com os anticorpos que combatem o vírus.

A técnica, chamada de transferência passiva de imunidade, também está sendo testada em países como China, França, Itália e Estados Unidos. Segundo pesquisadores, como não há uma vacina ou medicamentos aprovados para a doença, esse tratamento pode ser uma alternativa viável e segura na neutralização do vírus e na recuperação da doença.

O grupo do Hemocentro de Ribeirão Preto obteve aprovação do projeto nesta semana pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa e já está coletando o plasma dos doadores curados do novo coronavírus. O experimento se juntará a outras iniciativas de pesquisa semelhantes realizadas na Unicamp, em Campinas, na Faculdade de Medicina da USP, em São Paulo, e nos hospitais Albert Einstein e Sírio-Libanês, também na Capital.

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