Blog Coronavírus

Agosto encerra com 11,3 mil mortes e 295,4 mil contaminados pelo novo coronavírus na capital

Por Daniel Monteiro | 31/08/2020

Segundo informações desta segunda-feira (31/8) disponibilizadas pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus (causador da Covid-19) na capital paulista, o município encerra o mês de agosto totalizando 11.382 vítimas fatais da Covid-19. Também desde o início da pandemia, a cidade de São Paulo soma 295.435 diagnósticos positivos para a doença.

Até esta segunda-feira, 363.604 pessoas com diagnóstico de Covid-19 receberam alta após passar pelos hospitais de campanha, da rede municipal, contratualizados e pela atenção básica do município.

Veja abaixo os números completos disponibilizados pela administração municipal:

Crédito: Prefeitura de SP

Em relação à capacidade do sistema de saúde pública da capital, nesta segunda-feira a taxa de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) voltados ao tratamento do novo coronavírus é de 51,3% na Grande São Paulo.

Considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal medida de contenção da pandemia do novo coronavírus, o isolamento social na cidade de São Paulo no último domingo (30/8) foi de 50%.

Os dados são Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

MAIS SOBRE O CORONAVÍRUS

Nesta segunda-feira (31/8), o Governo do Estado anunciou que São Paulo registrou a terceira semana seguida de queda de óbitos e internações por Covid-19. Entre os dias 23 e 29 de agosto, houve redução de 4% nos óbitos e de 4,4% nas internações em relação à semana anterior, entre os dias 16 a 22 de agosto. A média diária de novas internações caiu para 1.481, contra 1.550, na outra semana. Quanto às mortes, passou de 230 para 222, no período.

Na capital paulista, os óbitos tiveram queda de 4%. No interior e no litoral, a redução foi de 10%. A taxa de ocupação de leitos de UTI no Estado é a mais baixa desde o início do Plano São Paulo, de 53,9%. Na Região Metropolitana de São Paulo, o índice é de 51%.

AÇÕES E ATITUDES

Uma pesquisa realizada no HC (Hospital das Clínicas) da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) na capital paulista comprovou a presença do novo coronavírus em suspensão no ar. O vírus foi identificado em microgotículas que as pessoas expelem quando conversam ou expiram e podem ficar suspensas no ar durante horas, havendo possibilidade de transmissão da doença.

Os resultados do estudo reforçam a necessidade de manter uma ventilação adequada em ambientes fechados para diminuir o risco de contaminação pelo vírus. A pesquisa utilizou a tecnologia de monitoramento da qualidade do ar SPIRI, desenvolvida pela Omni-electronica, startup residente na incubadora do Centro de Inovação, Ciência e Tecnologia, instituição ligada à USP e ao Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares).

As análises foram realizadas no HC durante dois meses. Os estudos começaram em junho, depois de um período de aprovação interna do hospital, viabilização dos equipamentos para amostragem do ar e alinhamento com laboratórios para verificação das amostras.

Segundo os autores do estudo, o monitoramento com sensores tem a capacidade de indicar o risco de contaminação por meio de bioaerossóis, em tempo real, para todos os ocupantes de ambientes internos. Já o procedimento de detecção da presença do vírus envolve coleta de amostra e análise laboratorial para atestar a contaminação ou não de um ambiente.

Ao todo já foram realizadas mais de 20 amostras coletadas ao longo de, ao menos, 150 horas de estudo de campo e a equipe de pesquisadores capturou o novo coronavírus suspenso no ar em ambiente hospitalar. Além disso, com o auxílio da Tecnologia SPIRI, foi demonstrado que mesmo em hospitais a renovação adequada do ar tem capacidade para mitigar o risco de contaminação. Ou seja, garantir a ventilação adequada pode ser a maior arma na luta contra o novo coronavírus, concluíram os autores do estudo.

Voltar ao Blog