Brasil fecha a semana com 113 mil mortes e mais de 3,5 milhões de infectados pela Covid-19
Segundo informações desta sexta-feira (21/8) disponibilizadas no painel do Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde) sobre a pandemia do novo coronavírus (causador da Covid-19) no Brasil, o país totaliza 113.358 vítimas fatais da Covid-19, sendo 1.054 óbitos registrados nas últimas 24 horas.
Também desde o início da pandemia, o Brasil soma 3.532.330 diagnósticos positivos para a doença. Nas últimas 24 horas, de acordo com contagem do órgão, houve a confirmação de 30.355 novos infectados pelo novo coronavírus.
O número é o mesmo divulgado no boletim diário do Ministério da Saúde desta sexta-feira: nas últimas 24 horas, segundo a pasta, foram 1.054 mortes e 30.355 diagnósticos confirmados do novo coronavírus, totalizando 113.358 óbitos e 3.532.330 casos da doença desde o início da quarentena.
Epicentro da pandemia no Brasil, o Estado de São Paulo registrou nesta sexta-feira (21/8) 250 óbitos causados pela Covid-19 em 24 horas – no mesmo período, houve 5.132 diagnósticos confirmados do novo coronavírus.
No total, são 28.155 vítimas fatais da doença, com 735.960 pessoas infectadas. Dos 645 municípios, houve pelo menos uma pessoa infectada em 644 cidades, sendo 513 com um ou mais óbitos.
Em relação à capacidade do sistema de saúde do Estado, a taxa de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) voltados ao tratamento do novo coronavírus é de 56,8% no Estado e de 54,8% na Grande São Paulo.
Considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal medida de contenção da pandemia do novo coronavírus, o isolamento social no Estado de São Paulo na última quinta-feira (20/8) foi de 43%, enquanto na capital o mesmo índice chegou a 44%.
Os dados são Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.
MAIS SOBRE O CORONAVÍRUS
Nesta sexta-feira (21/8), o Governo do Estado atualizou os dados do Plano São Paulo de controle da pandemia e retomada gradual e consciente da economia. Pela primeira vez, não há regiões na fase vermelha e os 645 municípios paulistas podem permitir a reabertura com restrições do atendimento presencial em comércios e serviços não essenciais.
Na 11ª atualização programada do plano, em vigor desde o início de junho, houve cinco progressões para fases de menor restrição à atividade econômica e mobilidade social. As áreas dos Departamentos Regionais de Saúde de Franca e Registro, que estavam na etapa vermelha, avançaram para a fase laranja. Já as sub-regiões Norte e Oeste da Grande São Paulo e a região do Barretos passaram da etapa laranja para a amarela.
A reclassificação desta sexta-feira deixa 88% dos 46 milhões de habitantes do Estado na fase amarela, que é a terceira numa escala de cinco etapas de isolamento social e restrições de atividades para prevenção e combate ao coronavírus.
As regiões na etapa intermediária são Grande São Paulo (capital e todas as cinco sub-regiões), Araçatuba, Araraquara, Baixada Santista, Barretos, Bauru, Campinas, Piracicaba, Ribeirão Preto, Sorocaba e Taubaté.
Com piora acima da média nas taxas de casos, internações e mortes de pacientes com coronavírus, as regiões de Marília e São João da Boa Vista regrediram da fase amarela para a laranja. Os municípios destas áreas terão que voltar a proibir o atendimento presencial em bares, restaurantes, salões de beleza, academias e espaços culturais por ao menos duas semanas.
Na fase laranja, só podem reabrir, com restrições, comércios de rua, concessionárias, escritórios em geral e shoppings. São seis as regiões que estão nesta etapa de mobilidade social e retomada econômica: Franca, Marília, Presidente Prudente, Registro, São João da Boa Vista e São José do Rio Preto.
Também nesta sexta-feira, a administração estadual prorrogou a quarentena em todo o Estado até o dia 6 de setembro. A recomendação de autoridades da Saúde é que as pessoas permaneçam em casa se puderem, principalmente idosos e portadores de doenças crônicas. O uso de máscaras em locais de acesso público e no transporte coletivo é obrigatório em todos os 645 municípios.
Ainda nesta sexta-feira, o Governo do Estado anunciou a realização de um inquérito sorológico na rede estadual de Educação para mensurar a circulação do novo coronavírus entre os integrantes da comunidade escolar do Estado de São Paulo.
A expectativa é que o inquérito forneça a estatística necessária para que a informação sobre a evolução da epidemia na rede, seja de alunos e de professores, subsidie a preparação para a volta às aulas de mais de 3,5 milhões de estudantes e de 240 mil profissionais da área da educação.
Além disso, a administração estadual vai publicar uma resolução para regulamentar a necessidade de os 645 municípios manifestarem se vão ou não aderir ao plano de retomada das aulas presenciais sugerido pelo Estado.
A previsão é que as escolas possam reabrir opcionalmente para aulas de recuperação a partir de 8 de setembro. Todavia, as prefeituras terão autonomia, embasadas pelos indicadores epidemiológicos de suas regiões e aval da vigilância sanitária, para acompanhar ou não o calendário.
AÇÕES E ATITUDES
Uma parceria firmada entre Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), Todos pela Saúde e o Instituto Butantan permitirá o aporte de R$ 82,5 milhões no desenvolvimento dos ensaios clínicos de fase 3 da vacina Coronavac, da farmacêutica chinesa Sinovac Biotech, já em teste com 9 mil voluntários em todo o país, e na adequação de uma fábrica de produção da vacina e de processamento final de imunobiológicos.
Além dos ensaios clínicos, em que os voluntários receberão duas doses da vacina ou placebo, em intervalo de 14 dias, estão programados estudos sobre a imunogenicidade e a segurança da vacina em pessoas com maior risco da doença – maiores de 60 anos e portadores de comorbidades –, adolescentes e crianças.
Demonstrada a eficácia da Coronavac, a participação da Fapesp, que totalizará R$ 32,5 milhões, incluirá o apoio ao processo de sua regulamentação junto à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
O Todos pela Saúde, que também participa de um grupo de empresas que aportará R$ 100 milhões no aprimoramento das instalações da Fiocruz para a produção da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e AstraZeneca, financiará a adequação da estrutura fabril do Instituto Butantan para a produção da vacina contra o novo coronavírus.