Brasil fecha a semana com 92,4 mil mortes e 2,6 milhões de infectados pela Covid-19
Segundo dados do painel do Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde), o Brasil registra nesta sexta-feira (31/7) 1.212 óbitos e 52.383 casos confirmados do novo coronavírus (causador da Covid-19) nas últimas 24 horas. Na contagem do Conselho, desde o início da pandemia o país teve 92.475 mortes e 2.662.485 infectados pela doença.
O boletim diário do Ministério da Saúde traz os mesmos dados: 1.212 óbitos e 52.383 novos casos confirmados do novo coronavírus nas últimas 24 horas, totalizando 92.475 mortes e 2.662.485 infectados pela doença desde o início da pandemia no país.
Considerado epicentro da pandemia no Brasil, o Estado de São Paulo registrou, nesta sexta-feira (31/7), 22.997 vítimas da Covid-19, sendo 287 óbitos registrados nas últimas 24 horas.
Há, ainda, 542.304 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus – aumento de 13.298 novos diagnósticos entre quinta e sexta-feira. Dos 645 municípios, houve pelo menos uma pessoa infectada em 640 cidades, sendo 473 com um ou mais óbitos.
Em relação ao sistema de saúde público paulista, nesta sexta-feira a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 no Estado é de 64%. Na Grande São Paulo, o índice chega a 62,1%.
Na última quinta-feira (30/7), o isolamento social no Estado de São Paulo chegou a 43%, enquanto na capital o índice chegou a 44%. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.
A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.
MAIS SOBRE O CORONAVÍRUS
A nona atualização do Plano São Paulo de enfrentamento ao novo coronavírus e reabertura gradual e faseada da economia, anunciada nesta sexta-feira (31/7) pelo Governo do Estado, registrou aumento de casos e internações em 15 cidades do Vale do Ribeira e levou esses municípios novamente à fase 1 vermelha, de restrição total de atendimento presencial em comércios e serviços não essenciais. Nas demais regiões, a classificação se manteve em relação à avaliação da semana passada.
Até a reclassificação do próximo dia 7 de agosto, além do Vale do Ribeira, outras três áreas permanecem na etapa 3 vermelha: Franca, Piracicaba e Ribeirão Preto. A maior parte do estado continua na fase 2 laranja, que permite abertura restrita de escritórios, imobiliárias, comércio de rua, shoppings e concessionárias: as regiões de Araçatuba, Barretos, Bauru, Campinas, Marília, Presidente Prudente, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto, Sorocaba, Taubaté e a sub-região Norte da Grande São Paulo.
Na fase 3 amarela, permanecem as regiões de Araraquara e Baixada Santista, além da capital e sub-regiões Leste, Oeste, Sul e Sudeste da Grande São Paulo. Ela permite reabrir bares, restaurantes e salões de beleza com 40% da capacidade, além de academias com 30% de vagas e expediente limitado.
A CÂMARA DURANTE A PANDEMIA
A CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa) da Câmara Municipal de São Paulo realizará, na próxima terça-feira (04/8), às 13h, Audiência Pública semipresencial para discutir o PL (Projeto de Lei) 452/2020.
O texto, de autoria do Executivo e aprovado em primeira discussão pelo Plenário da Casa, estabelece medidas para o retorno às aulas presenciais em São Paulo, mas sem definir uma data de retorno.
Além de indicar medidas para a volta às aulas presenciais na capital paulista, o PL dispõe sobre ações pedagógicas, cria programas de auxílio para a compra de materiais escolares e uniformes, e sugere medidas assistenciais de saúde aos alunos e profissionais da educação.
A proposta também permite a contratação de professores e auxiliares técnicos em até 20% do quadro de funcionários, e autoriza a aquisição de vagas em escolas particulares de ensino infantil na cidade de São Paulo.
Além de pais, alunos, profissionais da educação e comunidade, foram convidados para a audiência o secretário municipal de Educação, Bruno Caetano e os promotores de justiça do GEDUC (Grupo Especial de Educação) do Ministério Público do Estado de São Paulo, Daniel Serra Azul Guimarães e João Paulo Faustinoni e Silva.
AÇÕES E ATITUDES
Um estudo internacional, liderado por pesquisadores brasileiros e publicado no dia 23 de julho na revista científica Science, concluiu que as medidas de isolamento social implantadas no Brasil a partir de março conseguiram reduzir pela metade a taxa de transmissão do novo coronavírus.
Segundo a pesquisa, o isolamento social, apesar de adotado depois que o vírus se espalhou, diminuiu a taxa de transmissão de 3 para 1,6 contaminados por pessoa infectada. O estudo foi coordenado pelo Centro Conjunto Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus.
Outra dado descoberto a partir de análises genéticas, epidemiológicas e de dados de mobilidade humana mostra que houve mais de 100 entradas do vírus no país, originárias principalmente da Europa. No entanto, apenas três dessas entradas deram início à cadeia de transmissão do vírus no Brasil, entre o final de fevereiro e o começo de março.
O estudo é uma continuidade do primeiro sequenciamento genético do novo coronavírus no Brasil, realizado em fevereiro deste ano pelo IMT (Instituto de Medicina Tropical de São Paulo) da USP (Universidade de São Paulo), em parceria com o Instituto Adolfo Lutz e a Universidade de Oxford, no Reino Unido.