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Brasil fecha a semana com mais de 77 mil mortes por Covid-19

Por Daniel Monteiro | 17/07/2020

Segundo dados do painel do Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde), o Brasil registra nesta sexta-feira (17/7) 1.163 óbitos e 34.177 casos confirmados do novo coronavírus (causador da Covid-19) nas últimas 24 horas. Na contagem do Conselho, desde o início da pandemia o país teve 77.851 mortes e 2.046.328 infectados pela doença.

O boletim diário do Ministério da Saúde traz os mesmos dados: 1.163 óbitos e 34.177 novos casos confirmados do novo coronavírus nas últimas 24 horas, totalizando 77.851 mortes e 2.046.328 infectados pela doença desde o início da pandemia no país.

Considerado epicentro da pandemia no Brasil, o Estado de São Paulo registrou, nesta sexta-feira (17/7), 19.377 vítimas da Covid-19, sendo 339 óbitos registrados nas últimas 24 horas.

Há, ainda, 407.415 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus – aumento de 5.367 novos diagnósticos entre quinta e sexta-feira. Dos 645 municípios, houve pelo menos uma pessoa infectada em 636 cidades, sendo 426 com um ou mais óbitos.

Em relação ao sistema de saúde público paulista, nesta sexta-feira a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 no Estado é de 67,2%. Na Grande São Paulo, o índice chega a 65,3%.

Na última quinta-feira (16/7), o isolamento social no Estado de São Paulo chegou a 45%, enquanto na Capital o índice chegou a 46%. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.

A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

MAIS SOBRE O CORONAVÍRUS

Nesta sexta-feira (17/7), o governo de São Paulo confirmou que a previsão para o retorno das aulas presenciais em todo o Estado segue mantida para o dia 8 de setembro. A retomada, entretanto, está condicionada a todas as regiões paulistas permanecerem na etapa amarela do Plano São Paulo – a terceira menos restritiva segundo critérios de capacidade hospitalar e progressão da pandemia – por 28 dias consecutivos.

Para o retorno, o governo do Estado reforça que deverão ser seguidos rígidos protocolos sanitários nas unidades escolares, bem como deverão ser adotadas medidas que possibilitem ser respeitado o distanciamento social nas escolas.

Além disso, não será permitido que pessoas que compõem o grupo de risco retomem as atividades presenciais, sejam funcionários ou alunos. Segundo a administração estadual, nos dias 24 de julho e 7 de agosto haverá novos boletins epidemiológicos que vão nortear a decisão da retomada em setembro.

ATUAÇÃO DO MUNICÍPIO

A Prefeitura de São Paulo anunciou, nesta sexta-feira (17/7), que a tradicional festa de Réveillon, que reúne todos os anos cerca de 1 milhão de pessoas na avenida Paulista, foi cancelada nesta virada de ano de 2020 para 2021. A medida tem o objetivo de evitar a aglomeração de pessoas e a propagação da Covid-19 (doença provocada pelo novo coronavírus).

O município ainda estuda novas formas para a realização de outros grandes eventos que acontecem na capital, como a Virada Cultural que, neste ano, acontecerá de forma on-line. A Prefeitura também segue conversando com os organizadores da Parada LGBT+ e da Marcha para Jesus, que deveriam ter acontecido em junho, mas foram adiados para novembro.

Em relação à realização do carnaval de rua e no Sambódromo do Anhembi, a administração municipal afirmou que dialoga com os envolvidos e até mesmo com outras cidades, para que seja definida uma decisão conjunta.

AÇÕES E ATITUDES

Realizada com 1.700 brasileiros, uma pesquisa inédita conduzida por um grupo de instituições nacionais e internacionais, incluindo a USP (Universidade de São Paulo), mostrou quais são os impactos da Covid-19 em pessoas com diabetes.

O estudo revelou que os portadores da doença alteraram seus hábitos durante a quarentena, o que causou uma piora nos níveis glicêmicos. Se infectadas, essas pessoas podem desenvolver formas mais graves de Covid-19.

Outro dado preocupante é que parte dos pacientes relatou dificuldades em receber os insumos necessários para controlar o metabolismo. Do total de 64% dos pacientes que obtêm os produtos pelo SUS (Sistema Único de Saúde), apenas 21% deles receberam os medicamentos para 90 dias, conforme recomendação do Ministério da Saúde.

O questionário utilizado na pesquisa, composto por 20 questões de múltipla escolha, foi enviado por meio das redes sociais de associações e grupos de diabetes e os dados foram coletados entre 22 de abril e 4 de maio de 2020.

De todos os participantes, 75% eram mulheres, 78% tinham entre 18 e 50 anos e 65% moravam na região Sudeste. A maioria (60%) era portadora de diabetes tipo 1 e 31% do tipo 2. Além disso, 39% tinham acesso ao serviço privado de saúde e 33% deles utilizavam tanto o sistema público quanto o privado.

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