Blog Coronavírus

Brasil fecha quinta-feira com 105 mil mortes e 3,2 milhões de infectados pela Covid-19

Por Daniel Monteiro | 13/08/2020

Segundo informações desta quinta-feira (13/8) disponibilizadas no painel do Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde) sobre a pandemia do novo coronavírus (causador da Covid-19) no Brasil, o país totaliza 105.463 vítimas fatais da Covid-19, sendo 1.262 óbitos registrados nas últimas 24 horas.

Também desde o início da pandemia, o Brasil soma 3.224.876 diagnósticos positivos para a doença. Nas últimas 24 horas, de acordo com contagem do órgão, houve a confirmação de 60.091 novos infectados pelo novo coronavírus.

O número é o mesmo divulgado no boletim diário do Ministério da Saúde desta quinta-feira: nas últimas 24 horas, segundo a pasta, foram 1.262 mortes e 60.091 diagnósticos confirmados do novo coronavírus, totalizando óbitos 105.463 e 3.224.876 casos da doença desde o início da quarentena.

Epicentro da pandemia no Brasil, o Estado de São Paulo registrou nesta quinta-feira (13/8) 455 óbitos causados pela Covid-19 em 24 horas – no mesmo período, houve 19.274 diagnósticos confirmados do novo coronavírus.

No total, são 26.324 vítimas fatais da doença, com 674.455 pessoas infectadas. Dos 645 municípios, houve pelo menos uma pessoa infectada em 641 cidades, sendo 492 com um ou mais óbitos.

Em relação à capacidade do sistema de saúde do Estado, a taxa de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) voltados ao tratamento do novo coronavírus é de 59,1% no Estado e de 57,6% na Grande São Paulo.

Considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal medida de contenção da pandemia do novo coronavírus, o isolamento social no Estado de São Paulo na última quarta-feira (12/8) foi de 42%, mesmo índice registrado na capital.

Os dados são Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

MAIS SOBRE O CORONAVÍRUS

Na última quarta-feira (12/8), o Governo do Estado anunciou a expansão do programa de monitoramento integrado dos casos do novo coronavírus para 120 novas cidades do Estado. A meta é alcançar os 645 municípios paulistas até setembro.

Segundo a administração estadual, a plataforma permite unificar e automatizar dados dos casos suspeitos e confirmados, permitindo o isolamento de infectados e a identificação de seus contatos. O resultado é um mapeamento em rede sob os pontos de vista tecnológico e de relações sociais, além de atividades de vigilância.

De acordo com o Governo do Estado, o monitoramento é baseado em sistemas de triagem, testagem e rastreamento. A plataforma automatiza e padroniza acesso a dados e consolida resultados com abastecimento de diferentes bases de dados do Ministério da Saúde e das redes municipais de Saúde.

As orientações a pacientes e pessoas próximas poderão ser enviadas por meio de mensagem de texto para celulares (SMS). Agentes de saúde farão telefonemas reforçando a necessidade do isolamento e darão orientações sobre cuidados com a saúde. Amigos, familiares e colegas de trabalho também serão rastreados para identificar com agilidade eventuais novos casos.

Serão considerados contatos as pessoas que estiveram próximas do paciente infectado por pelo menos 15 minutos e a menos de um metro de distância. Elas também serão monitoradas orientadas em relação ao isolamento por 14 dias e outras medidas preventivas, inclusive com envio de mensagens por celular.

A CÂMARA DURANTE A PANDEMIA

Na manhã desta quinta-feira (13/8), em coletiva de imprensa virtual, a administração municipal apresentou as informações da fase 3 do inquérito epidemiológico da capital paulista. O estudo analítico traça o perfil das pessoas infectadas pelo novo coronavírus na cidade de São Paulo e direciona as ações de combate à doença.

O presidente do Legislativo paulistano, vereador Eduardo Tuma (PSDB), participou da coletiva ao lado do prefeito Bruno Covas (PSDB) e da secretária adjunta da Secretaria Municipal da Saúde, Edjane Torreão. Tuma disse que a Câmara Municipal de São Paulo tem trabalhado em conjunto com a Prefeitura no enfrentamento da Covid-19.

“A Câmara continua trabalhando conjuntamente ao Executivo para combater a epidemia na cidade de São Paulo. (O Legislativo) Aprovou um Projeto de Lei importante na semana passada, que fala da volta às aulas quando a saúde assim determinar essa liberação. Fundamentalmente para que nenhuma criança fique sem aula, sem vaga”, falou Eduardo Tuma, que disse também que a Câmara pretende apreciar projetos imobiliários na próxima semana.

Dividido em 8 fases (0 + 8), o inquérito sorológico da Prefeitura faz um diagnóstico da faixa etária, do nível de escolaridade e do perfil sociodemográfico de quem teve contato com o novo coronavírus.

A fase 3, apresentada nesta quinta-feira, aponta que os índices de prevalência na cidade mantêm a média. As quatro (0 + 3) etapas da pesquisa mostram que as pessoas com idade entre 18 e 34 anos, de comunidades carentes e com menor nível de escolaridade são as mais contaminadas pela Covid-19.

O estudo também mostra que o distanciamento social e o uso de máscara têm alta representatividade para evitar a contaminação.

AÇÕES E ATITUDES

O hormônio irisina, liberado pelos músculos durante a atividade física, pode ter efeito terapêutico em casos de Covid-19. É o que sugere um estudo conduzido na Unesp (Universidade Estadual Paulista).

Ao analisar dados de expressão gênica de células adiposas, os pesquisadores observaram que a substância tem efeito modulador em genes associados à maior replicação do novo coronavírus dentro de células humanas.

O achado teve como base dados de transcriptoma (conjunto de moléculas de RNA expressas em um tecido) de células adiposas não infectadas pelo novo coronavírus que receberam doses de irisina. Os autores do estudo enfatizam, entretanto, que os dados são preliminares e ainda carecem de maior aprofundamento para comprovar ou não o efeito benéfico em pacientes infectados.

Publicado na revista Molecular and Cellular Endocrinology, o artigo dos pesquisadores da Unesp contou com apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). O artigo (em inglês) pode ser lido neste link.

Voltar ao Blog