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Brasil já soma mais de 72 mil mortes pela Covid-19

Por Daniel Monteiro | 13/07/2020

Segundo dados do painel do Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde), o Brasil registra nesta segunda-feira (13/7) 733 óbitos e 20.286 casos confirmados do novo coronavírus (causador da Covid-19) nas últimas 24 horas. Na contagem do Conselho, desde o início da pandemia o país teve 72.833 mortes e 1.884.967 infectados pela doença.

O boletim diário do Ministério da Saúde traz os mesmos dados: 733 óbitos e 20.286 novos casos confirmados do novo coronavírus nas últimas 24 horas, totalizando 72.833 mortes e 1.884.967 infectados pela doença desde o início da pandemia no país.

Considerado epicentro da pandemia no Brasil, o Estado de São Paulo registrou, nesta segunda-feira (13/7), 17.907 vítimas da Covid-19, sendo 59 óbitos registrados nas últimas 24 horas.

Há, ainda, 374.607 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus – aumento de 2.610 novos diagnósticos entre domingo e segunda-feira. Dos 645 municípios, houve pelo menos uma pessoa infectada em 633 cidades, sendo 412 com um ou mais óbitos.

Em relação ao sistema de saúde público paulista, nesta quarta-feira a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 no Estado é de 66,1%. Na Grande São Paulo, o índice é de 64,7%.

No último domingo (12/7), o isolamento social no Estado de São Paulo chegou a 51%, enquanto na capital o índice chegou a 52%. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.

A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

MAIS SOBRE O CORONAVÍRUS

Em coletiva nesta segunda-feira (13/7), o governo do Estado informou que houve mais uma queda, pela terceira semana consecutiva, no número de mortes causadas pelo novo coronavírus em São Paulo. A menor taxa de letalidade por Covid-19 da série histórica também foi registrada, com 4,8% nesta segunda – no início de maio, o índice chegou a 8,6%.

Segundo o governo do Estado, na última semana houve 27 óbitos a menos em comparação à semana anterior – foram registrados 1.706 vítimas entre os dias 5 e 11 de julho, contra 1.733 entre 28 de junho e 4 de julho. A redução tem sido observada de maneira constante nas últimas semanas. Entre os dias 14 e 20 de junho, o número de óbitos foi de 1.913 óbitos; na semana seguinte, de 21 a 27 de junho, foram 1.769, uma diferença de 144 mortes.

Também nesta segunda-feira, o governo do Estado anunciou que as atividades práticas e laboratoriais de cursos do ensino superior e técnico podem ser retomadas, assim como estágio curricular obrigatório e internato dos cursos de medicina, enfermagem, farmácia, fisioterapia e odontologia de forma regional e gradual, nas cidades classificadas por 14 dias na fase 3 (amarela) do Plano São Paulo de retomada das atividades.

No ensino superior e educação técnica, a retomada das atividades presenciais práticas e laboratoriais, assim como as atividades de estágio curricular obrigatório terão de respeitar a presença máxima de até 35% do número de alunos matriculados. Para isso, as cidades na qual se localizam os Departamentos Regionais de Saúde precisam estar, no mínimo, 14 dias na fase 3 (amarela) do Plano São Paulo.

O período de 14 dias é para assegurar que a região está estabilizada e evitar o risco de abertura e fechamento das instituições de ensino superior e profissional. Estão liberadas também as atividades de internato e estágio curricular dos cursos de medicina, enfermagem, farmácia, fisioterapia e odontologia.

A exceção ocorre porque alguns cursos do ensino superior e profissional demandam obrigatoriamente que estudantes realizem atividades práticas e laboratoriais que, por sua vez, nem sempre podem ser realizadas por meio da educação a distância e do ensino mediado por tecnologia.

Já os cursos livres da educação complementar não regulada, que compreende cursos livres como idiomas, informática, artes, entre outros, passaram a ser enquadrados na modalidade de serviços do Plano São Paulo, seguindo as restrições de capacidade, horários e faseamento do plano. O setor deverá seguir os protocolos sanitários do setor educacional e os dos demais setores, naquilo que couber.

Para voltar a funcionar as instituições e organizações que oferecem os cursos livres precisam obedecer a regras e protocolos de segurança. Entre elas estão, por exemplo, na fase (3) amarela: ocupação limitada em 40% da capacidade e horário reduzido para seis horas.

A educação complementar terá ainda de seguir os protocolos do setor educacional e os intersetoriais, naquilo que couber. Entre eles estão diretrizes como organização da entrada e da saída para evitar aglomeração e intervalos com o revezamento de turmas, além do cumprimento do distanciamento de 1,5 metro e das medidas de higiene e sanitização dos espaços.

ATUAÇÃO DO MUNICÍPIO

Um projeto-piloto, fruto da parceria entre governo do Estado, Prefeitura de São Paulo e Instituto Butantan vai realizar testes em áreas vulneráveis, por meio do Programa de Testagem e Combate à Covid-19.

Serão aplicados, inicialmente, 3,5 mil testes rápidos em moradores que vivem em áreas de maior vulnerabilidade social no Estado, começando pelo bairro União de Vila Nova, que fica no distrito da Vila Jacuí, na zona Leste da capital. Também estão sendo estudadas com prefeituras do estado a expansão para outras regiões da capital e do interior.

A identificação das áreas se deu a partir do Mapa de Comportamento da Covid-19, uma ferramenta de georreferenciamento que, a partir do cruzamento de dados socioeconômicos, epidemiológicos e territoriais, orientam e planejam do programa de testagem.

Os testes rápidos serão aplicados nos dias 14 e 15 de julho. Quem tiver o diagnóstico positivo, será submetido ao PCR, para contraprova, entre os dias 16 e 17 de julho. Os moradores infectados pelo coronavírus serão encaminhados para a UBS da região.

Para iniciar o programa, a capital paulista foi escolhida por concentrar o maior número de pessoas em situação de vulnerabilidade social e vivendo em moradias precárias – cortiços, loteamentos irregulares e comunidades.

AÇÕES E ATITUDES

Segundo apontam experimentos conduzidos na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), o novo coronavírus pode ser capaz de infectar células adiposas humanas e de se manter em seu interior. Esse dado pode ajudar a entender por que indivíduos obesos correm mais risco de desenvolver a forma grave da Covid-19.

Segundo a hipótese investigada na Unicamp, além de serem mais acometidos por doenças crônicas, como diabetes, dislipidemia e hipertensão – que por si só são fatores de risco –, os obesos teriam um maior reservatório para o vírus em seu organismo.

A hipótese dos pesquisadores é de que o tecido adiposo serviria como um reservatório para o novo coronavírus e, com mais e maiores adipócitos (células que acumulam gordura), as pessoas obesas tenderiam a apresentar uma carga viral mais alta.

No entanto, os responsáveis pelo estudo advertem que ainda precisam confirmar se, após a replicação, o vírus consegue sair da célula de gordura viável para infectar outras células.

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