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Brasil registra mais de 1,2 mil mortes por Covid-19 em 24 horas

Por Daniel Monteiro | 10/06/2020

Segundo o painel do Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde), o Brasil registra nesta quarta-feira (10/6) 1.274 óbitos e 32.913 novos casos confirmados do novo coronavírus (causador da Covid-19) nas últimas 24 horas. Na contagem do Conselho, desde o início da pandemia o país teve 39.680 mortes e 772.416 infectados pela doença.

O boletim diário do Ministério da Saúde traz os mesmos dados: 1.274 óbitos e 32.913 novos casos confirmados do novo coronavírus nas últimas 24 horas, totalizando 39.680 mortes e 772.416 infectados pela doença desde o início da pandemia no país.

Tido como epicentro da pandemia no Brasil, o Estado de São Paulo contabiliza nesta quarta-feira 340 óbitos nas registrados nas últimas 24 horas – número recorde desde o início da pandemia – totalizando 9.862 vítimas da Covid-19.

Há, ainda, 156.316 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus – aumento de 6.178 novos diagnósticos entre terça e quarta-feira.

Em relação ao sistema de saúde paulista, a taxa de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) voltados ao tratamento do novo coronavírus é de 69,1% no Estado e de 72.6% na Grande São Paulo.

Na última terça-feira (9/6), o isolamento social no Estado de São Paulo chegou a 47%, enquanto na Capital o índice atingiu 48% dos habitantes. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.

A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

MAIS SOBRE O CORONAVÍRUS

Nesta quarta-feira (10/6), o Governo do Estado apresentou a segunda atualização do Plano São Paulo para acompanhamento da evolução da pandemia em todo o Estado. Apesar do aumento da capacidade de atendimento hospitalar, os novos índices semanais de avanço do coronavírus levaram a administração estadual a elevar o alerta em praticamente todo o interior paulista.

Desde abril, projeções apontavam que a contaminação estava mais acelerada no interior do que na Capital. Com os últimos dados, houve a ampliação das restrições a atividades econômicas não essenciais em cinco regiões. Araraquara e Bauru voltaram da fase 3 (amarela) para a 2 (laranja), enquanto que as áreas de Ribeirão Preto, Barretos e Presidente Prudente voltaram à etapa 1 (vermelha) de máxima restrição.

Já nas regiões da Baixada Santista e de Registro, a melhora nos índices semanais de variação de casos confirmados, internações e mortes por Covid-19 levou à reclassificação da fase vermelha para a laranja, que permite reabertura restrita de imobiliárias, concessionárias, escritórios, comércio de rua e shoppings centers. O mesmo ocorreu em todas as cinco sub-regiões da Grande São Paulo.

Na capital e demais regiões – Araçatuba, Campinas, Franca, Marília, Piracicaba, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto, Sorocaba e Taubaté – que estavam na fase 2 de retomada restrita desde o início do mês, houve estabilidade na maioria dos índices. Todas permanecem na mesma classificação até a próxima atualização do painel, prevista para o dia 17.

Com os resultados desta quarta, a maior parte do Estado está na fase laranja, que não permite a reabertura de bares, restaurantes, salões de beleza ou academias. Nas três regiões classificadas na etapa vermelha, só estão autorizadas atividades comerciais e serviços essenciais.

Indústria e construção civil continuam com funcionamento normal em todo o Estado. A nova classificação anunciada nesta quarta entra em vigor a partir da próxima segunda-feira (15/6). Até lá, as prefeituras de municípios que tiveram restrição ou flexibilização de serviços deverão publicar decretos municipais adequando às normas locais de quarentena.

ATUAÇÃO DO MUNICÍPIO

Como mais uma medida para reduzir a disseminação do novo coronavírus e os impactos de uma pandemia na Capital, a Prefeitura de São Paulo acrescentou, já nesta quarta-feira (10/6), 1.705 ônibus à frota do município.

Com isso, são 11.828 veículos em circulação, ou 92,31% da frota operacional nos dias úteis pré-quarentena. A medida visa a garantir a segurança dos passageiros, motoristas e cobradores no transporte coletivo municipal, tendo em vista a previsão de reabertura gradual das atividades comerciais na cidade.

Para evitar aglomerações, a Prefeitura também estabeleceu o escalonamento na entrada e saída dos trabalhadores dos comércios e serviços autorizados a funcionar novamente de forma presencial.

A CÂMARA DURANTE A PANDEMIA

O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Eduardo Tuma (PSDB), participou no fim da tarde da última terça-feira (9/6) da assinatura dos termos de compromisso para a reabertura de dois novos setores da economia na Capital. O documento foi firmado pelo prefeito Bruno Covas (PSDB), na sede do Executivo Municipal, com 27 entidades do ramo imobiliário e do comércio de rua.

Os dois setores estão contemplados na fase laranja (segunda etapa) do Plano São Paulo do Governo do Estado para retomada da atividade econômica paulista. Com os protocolos assinados, os comerciantes já puderam abrir as portas a partir desta quarta-feira (10/6) entre 11 horas e 15 horas. Já as imobiliárias têm autorização para funcionar quatro horas por dia, desde que a abertura e o fechamento não sejam em horários de pico.

Além de respeitar as regras em relação aos critérios de funcionamento, as empresas terão que seguir as recomendações de higiene, sanitárias, manter o distanciamento entre as pessoas, fazer a testagem dos funcionários e a medição da temperatura dos clientes.

Estiveram presentes na assinatura dos protocolos os vereadores Janaina Lima (NOVO), João Jorge (PSDB) e Rodrigo Goulart (PSD).

AÇÕES E ATITUDES

Atividade de extensão da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) que promove a disseminação de informações sobre o novo coronavírus, o InformaSUS divulgou em seu site novos materiais relacionados à temática, incluindo uma cartilha sobre a pandemia traduzida, pela primeira vez, para línguas indígenas do Rio Negro.

Publicada pelo ISA (Instituto Socioambiental), a cartilha “Coronavírus (Covid-19). Tome cuidado, parente!” busca apoiar ações de informação e comunicação junto aos povos indígenas do Rio Negro que vêm sendo realizadas pelo Comitê de Prevenção e Enfrentamento ao novo Coronavírus da Prefeitura de São Gabriel da Cachoeira, no interior do Amazonas. O guia, elaborado originalmente em português, foi traduzido para as línguas Baniwa, Nheengatu, Tukano, Dâw e Hupdá e é o primeiro material publicado em línguas indígenas sobre o tema.

Com linguagem acessível e muitas ilustrações, a cartilha aborda o novo vírus, formas de contágio, sintomas, medidas protetivas e grupos de risco. Também traz orientações sobre a necessidade do distanciamento social e alertas sobre fake news disseminadas, principalmente, por aplicativos de mensagens.

O objetivo dos conteúdos disponibilizados pelo InformaSUS é esclarecer sobre a pandemia da Covid-19, além de alertar, ajudar e fortalecer determinados segmentos sociais que são mais afetados pela doença, dentre eles, idosos, crianças, pessoas com deficiências, trabalhadores e indígenas.

A cartilha e suas traduções podem ser acessadas no site do InformaSUS.

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