Brasil registra novo recorde de mortes por Covid-19
De acordo com boletim diário divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (3/6), nas últimas 24 horas o Brasil registrou o recorde de 1.349 óbitos provocados pelo novo coronavírus (causador da Covid-19). Desde o começo na pandemia no país, 32.548 pessoas morreram vítimas da doença.
Também houve aumento de 28.633 casos confirmados de terça para quarta, totalizando 584.016 diagnósticos da Covid-19 em território brasileiro. A pasta informa, ainda, que cerca de 312 mil pacientes estão em acompanhamento e 238.617 mil se recuperaram.
Epicentro da pandemia no Brasil, o Estado de São Paulo registrou nesta terça-feira 282 óbitos e 5.187 diagnósticos confirmados do novo coronavírus em 24 horas – ultrapassando a marca de 8 mil mortes provocadas pela doença. No total, são 8.276 vítimas fatais da Covid-19, com 123.483 pessoas infectadas.
Em relação à capacidade do sistema de saúde paulista, a taxa de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) voltados ao tratamento do novo coronavírus é de 72,3% no Estado e de 84,7% na Grande São Paulo.
Considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal medida de contenção da pandemia do novo coronavírus, o isolamento social no Estado de São Paulo na última terça-feira (2/6) chegou a 48%, enquanto na Capital o índice atingiu 50% dos habitantes.
Os dados são Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.
MAIS SOBRE O CORONAVÍRUS
A Prefeitura da Capital divulgou o 4° Boletim – COVID-19 no Município de São Paulo. O documento apresenta dados e análises referentes à situação epidemiológica da Covid-19 e das ações realizadas para seu enfrentamento até o dia 20 de maio.
O boletim está dividido em quatro seções:
– síntese com a evolução histórica da pandemia no município de São Paulo;
– dados sobre a evolução da pandemia no mundo, no Brasil e no Estado de São Paulo, com contextualização da situação do município de São Paulo em relação a esses outros níveis de análise;
– vigilância e situação epidemiológica no município de São Paulo, onde são apresentados dados e análises sobre: i) evolução da distribuição acumulada dos casos confirmados e suspeitos segundo dia de início dos sintomas; ii) casos confirmados segundo Distrito Administrativo de residência; iii) distribuição de casos confirmados e suspeitos por sexo e faixa etária; iv) evolução dos casos de Síndromes Agudas Respiratórias Graves Hospitalizados; v) óbitos confirmados e suspeitos, inclusive por distrito;
– dados e ações relativas à Gestão da Assistência nas ações de enfrentamento da pandemia da Covid-19, divididas em: 1) Gestão nos equipamentos da atenção básica; 2) Gestão hospitalar; 3) Testagem; 4) Situação dos profissionais de saúde, inclusive o número de afastamentos, de casos confirmados e de óbitos; 5) Panorama das doações recebidas pela Secretaria Municipal da Saúde.
Segundo o documento, dos 7.599 óbitos registrados no Estado de São Paulo até o fechamento do boletim, o Distrito Administrativo de Brasilândia, localizado na CRS (Coordenadoria Regional de Saúde) Norte da Capital, liderava a estatística de mortes, com 209 vítimas fatais do novo coronavírus.
Em segundo lugar vinha Sapopemba (CRS Sudeste), com 205 óbitos, seguidos pelos Distritos Administrativos Grajaú, Capão Redondo, Jardim São Luis e Jardim Ângela localizados na CRS Sul, com 183, 163, 157 e 156 mortes, respectivamente.
O 4° Boletim – Covid-19 no Município de São Paulo completo pode ser acessado neste link.
A CÂMARA DURANTE A PANDEMIA
Na última terça-feira (2/6), a presidência da Câmara Municipal de São Paulo comunicou na reunião do Colégio de Líderes o retorno presencial e de forma gradativa dos trabalhos presenciais a partir da próxima semana.
O presidente da Casa, vereador Eduardo Tuma (PSDB), explicou que no último sábado (30/5) foi publicado no Diário Oficial da Cidade de São Paulo o Ato da Mesa n°1.471/2020 com as normas a serem seguidas para o retorno presencial e de forma parcial das atividades legislativas.
De acordo com o presidente, o setor administrativo da Câmara irá contar com o mínimo de pessoal para manter o funcionamento do setor. Os demais funcionários continuarão em teletrabalho. Nos gabinetes, a determinação é limitar a presença dos assessores em no máximo 20%. Para o público em geral, a Câmara permanecerá fechada.
Tuma destacou que os trabalhos do Legislativo paulistano no novo formato serão retomados com os cuidados necessários para evitar a contaminação pelo novo coronavírus. Segundo o presidente, a Câmara vai atuar em acordo as medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde e pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
Haverá o fornecimento de máscara aos funcionários, disponibilização de álcool em gel, manutenção do distanciamento social e aferição da temperatura de todos aqueles que entrarem na Câmara.
Desde o mês de março, as sessões e reuniões de comissões aconteciam de forma extraordinária e virtual, apenas para dar andamento em projetos relacionados à pandemia. A partir de agora, deverão retornar as sessões e reuniões de comissões ordinárias. Com isso, os prazos regimentais para todos os tipos de projeto voltam a tramitar na Casa.
Outra medida adotada para as sessões, é que elas serão “mistas”. Ou seja, os vereadores poderão registrar presença pessoalmente ou ainda de maneira remota. A proposta é que tenha ao menos um representante de cada bancada no plenário físico.
A retomada das atividades econômicas na capital paulista também foi discutida durante a reunião.
AÇÕES E ATITUDES
Como parte do programa Cidade Solidária, ação de voluntariado da Prefeitura de São Paulo em parceria com a sociedade civil, a administração municipal recebeu do Governo do Estado de São Paulo 440 mil cestas básicas que serão distribuídas exclusivamente às famílias de alunos matriculados na rede municipal de ensino.
As entregas serão destinadas às famílias em situação de extrema vulnerabilidade dos alunos da rede de educação, sendo a primeira fase iniciada na primeira semana de junho, com a doação de 300 mil cestas básicas.
Os produtos alimentícios serão encaminhados às Escolas Municipais para que a distribuição seja realizada respeitando os critérios de distanciamento social necessários em decorrência da pandemia do novo coronavírus. As unidades entrarão em contato com as famílias que têm direito ao benefício, marcando horário para a retirada. A expectativa é que sejam entregues semanalmente cerca de 40 mil cestas básicas.
As famílias dos alunos serão definidas com base no CadÚnico (Cadastro Único) da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, sistema que identifica e caracteriza as pessoas de baixa renda para que possam ter acesso aos programas sociais do Governo Federal.
O CadÚnico conta com mais de 1,3 milhão de famílias, que participam dos principais programas como Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Renda Cidadã e Leve Leite, além de benefícios como Tarifa Social de Energia Elétrica, Prestação Continuada/Lei Orgânica de Assistência Social, Ação Jovem, Passe Livre Estudantil e ID Jovem.
Qualquer pessoa pode colaborar com o programa Cidade Solidária. Mais informações podem ser encontradas neste link ou pelo telefone 156.