Brasil se aproxima de 60 mil vítimas do novo coronavírus
Segundo informações desta terça-feira (30/6) disponibilizadas no painel do Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde) sobre a pandemia do novo coronavírus (causador da Covid-19) no Brasil, o país registrou nas últimas 24 horas 1.280 mortes pela doença, totalizando 59.594 vítimas fatais da Covid-19.
No mesmo período, de acordo com contagem do órgão, houve a confirmação de 33.846 novos infectados pelo novo coronavírus. Desde o início da pandemia, o Brasil já soma 1.402.041 diagnósticos positivos para a doença.
O número é o mesmo divulgado no boletim diário do Ministério da Saúde desta terça-feira: nas últimas 24 horas foram 1.280 mortes e 33.846 diagnósticos confirmados do novo coronavírus, totalizando 59.594 óbitos e 1.402.041 casos confirmados da doença desde o início da quarentena.
Epicentro da pandemia no Brasil, o Estado de São Paulo registrou nesta terça-feira (30/6) 365 óbitos causados pela Covid-19 em 24 horas – no mesmo período, houve 6.235 diagnósticos confirmados do novo coronavírus. No total, são 14.763 vítimas fatais da Covid-19, com 281.380 pessoas infectadas.
Dos 645 municípios paulistas, houve pelo menos uma pessoa infectada em 621 cidades, sendo 369 com um ou mais óbitos. Em relação à capacidade do sistema de saúde do Estado, a taxa de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) voltados ao tratamento do novo coronavírus é de 64,6% no Estado e de 66% na Grande São Paulo.
Considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal medida de contenção da pandemia do novo coronavírus, o isolamento social no Estado de São Paulo na última segunda-feira (29/6) foi de 46%, enquanto na Capital o índice chegou a 47%.
Os dados são Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.
MAIS SOBRE O CORONAVÍRUS
Na última segunda-feira (29/6), a ONG Transparência Internacional divulgou que São Paulo obteve sua melhor pontuação em novo ranking da organização sobre contratações emergenciais no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.
O Estado somou 84,8 pontos e conquistou o status de “ótimo”, melhor conceito do ranking. Em comparação com o levantamento divulgado no dia 21 de maio, São Paulo teve acréscimo de 57 pontos e foi o Estado que registrou maior alta na pontuação no período.
Além disso, o Estado paulista subiu 14 posições no ranking em comparação com o levantamento divulgado em maio e está em 12º lugar, junto com Amazonas e Rio Grande do Sul. Em 21 de maio, São Paulo estava na 26ª posição, com 27,8 pontos e status de “ruim”.
O ranking avalia se as informações sobre os gastos emergenciais com a pandemia estão divulgadas nos portais dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal. A pontuação oscila entre 0 e 100, em que os mais transparentes se aproximam da nota máxima. O período de coleta das informações foi entre 15 e 18 de junho.
ATUAÇÃO DO MUNICÍPIO
Na última segunda-feira (29/6), a Prefeitura de São Paulo encerrou os atendimentos no Hospital Municipal de Campanha do Pacaembu, após os dois últimos pacientes internados no local terem recebido alta. Desde sua inauguração, em 6 de abril, a unidade atendeu 1.515 pacientes e registrou apenas 3 óbitos.
Após a sanitização com processo ultravioleta, os equipamentos utilizados (respiradores, oxímetros, camas, colchões) serão transferidos para os hospitais de São Miguel Paulista, Cidade Tiradentes e Itaquera, que estão em regiões onde o inquérito sorológico do município apontou maiores índices de mortalidade.
Além disso, a Prefeitura de São Paulo deve substituir os 200 leitos do Hospital de Campanha por mais 180 leitos em dois equipamentos que serão definitivos na cidade: no Hospital Sorocabana e no espaço onde ficava uma área administrativa da Secretaria Municipal da Saúde, na avenida Brigadeiro Luís Antônio.
AÇÕES E ATITUDES
Desenvolvido com apoio da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), um aplicativo de jogos para idosos com o objetivo de treinar as habilidades cognitivas, como memória e raciocínio, e de melhorar o condicionamento físico, ganhará uma nova funcionalidade. O programa será utilizado para monitorar a saúde dos usuários em isolamento social em razão da pandemia do novo coronavírus.
Segundo os criadores do aplicativo, a ideia é que, por meio de uma pulseira ou de um relógio conectados ao aplicativo, seja possível registrar os batimentos cardíacos e o número de passos dados em casa pelo usuário, por exemplo.
Assim, a partir do histórico de dados de saúde do usuário, o aplicativo, batizado de “Cérebro Ativo”, vai gerar um relatório que poderá ser enviado a um médico ou a familiares do idoso que estiver em confinamento social.
Dessa forma, o perfil de cada usuário poderá ser analisado por meio de inteligência artificial para monitorar eventuais alterações de comportamento. Todos os processos do aplicativo serão baseados em conceitos do modelo biopsicossocial – que estuda a causa ou o progresso de doenças utilizando fatores biológicos, psicológicos e sociais.
Um dos principais objetivos dos novos módulos do aplicativo será o de ampliar o relacionamento dos idosos confinados por meio de jogo com amigos e familiares.
O projeto, em desenvolvimento, é conduzido pela empresa paulista ISGAME, em São Paulo, uma das seis primeiras selecionadas no edital do Programa PIPE (Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas)-FAPESP em parceria com a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), para apoiar o desenvolvimento de produtos, serviços ou processos criados por startups e pequenas empresas de base tecnológica no Estado de São Paulo, voltados ao combate da Covid-19.