Brasil se aproxima de 90 mil mortes por Covid-19; atualização desta terça não contém dados de São Paulo
Até o fechamento da edição desta terça-feira (28/7), segundo informações no painel do Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde) sobre a pandemia do novo coronavírus no (causador da Covid-19) no Brasil, o país havia registrado nas últimas 24 horas 852 mortes pela doença, totalizando 88.470 vítimas fatais da Covid-19.
No mesmo período, de acordo com contagem do órgão, houve a confirmação de 38.513 novos infectados pelo novo coronavírus. Desde o início da pandemia, de acordo com o órgão, o Brasil já soma 2.480.888 diagnósticos positivos para a doença.
Já o boletim diário do Ministério da Saúde desta terça-feira mostra outros números: nas últimas 24 horas foram 921 mortes e 40.816 diagnósticos confirmados do novo coronavírus, totalizando 88.539 óbitos e 2.483.191 casos confirmados da doença desde o início da quarentena.
Epicentro da pandemia no Brasil, o Estado de São Paulo não divulgou, nesta terça-feira, a atualização no número de óbitos e casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus. Também não foi apresentada a taxa de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) voltados ao tratamento da Covid-19.
Considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal medida de contenção da pandemia do novo coronavírus, o isolamento social no Estado de São Paulo na última segunda-feira (27/7) foi de 44%, mesmo índice registrado na capital.
Os dados são Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.
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O Governo do Estado distribui, nesta semana, mais 111 respiradores para 27 cidades do interior e a capital. Os novos equipamentos permitirão a abertura de novos leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva) e garantirão atendimento aos casos graves provocados pelo novo coronavírus.
Os respiradores serão destinados para serviços localizados em onze Departamentos Regionais de Saúde. Com os novos equipamentos, o Estado registra mais 3 mil respiradores entregues em todo o território paulista.
A distribuição dos respiradores é baseada em aspectos técnicos e feita para locais com maior demanda de internações por Covid-19 e estrutura para novos leitos, permitindo ampliação da capacidade de atendimento da rede pública de saúde.
ATUAÇÃO DO MUNICÍPIO
Nesta terça-feira (28/7), foram apresentados os resultados da fase 2 do Inquérito Sorológico do município, realizado pela Prefeitura de São Paulo. O levantamento mostra que 39,7% das pessoas que testaram positivo para o novo coronavírus (causador da Covid-19) na Capital eram assintomáticas (não apresentavam sintomas da doença).
Segundo os dados do inquérito, que foram coletados até o último dia 20 de julho, a prevalência do vírus no município subiu para 11,1% (equivalente a 1,32 milhão de habitantes).
Na distribuição regional dos casos pela capital, a maior prevalência do vírus foi registrada na Coordenadoria Regional de Saúde Sul (16,1%), seguida pela Leste (13,3%), Sudeste (9,3%), Norte (8,2%) e Centro-Oeste (3,7%).
A faixa etária com maior prevalência do novo coronavírus foi de pessoas acima de 65 anos (13,9%). Sobre a escolaridade, 16,4% das pessoas que testaram positivo estudou até o Ensino Fundamental, enquanto 11,8% cursou até o Ensino Médio.
Em relação aos aspectos socioeconômicos, a fase 2 do Inquérito Sorológico do município apontou maior prevalência do vírus em pessoas pretas e pardas (14,1%) e em pessoas das classes sociais D e C (17,7%).
Além disso, desempregados (15,1%), pessoas que trabalham fora de casa (14,3%) ou que têm regime de trabalho misto (8,1%) também apresentaram maior infecção, bem como residentes em domicílio com 3 a 4 pessoas (12,3%) ou com mais de 5 pessoas (11,7%).
Além da apresentação dos resultados da fase 2 do inquérito, foi anunciada a realização, durante a fase 4 do levantamento, de um inquérito sorológico específico para testar crianças e adolescentes em São Paulo. O objetivo é coletar dados para embasar as ações do município em relação a volta às aulas na capital.
A atualização desta terça-feira mostrou, ainda, que o distanciamento social é uma medida efetiva de prevenção à infecção pelo novo coronavírus. Os resultados do levantamento mostram que a prevalência do vírus é menor em pessoas que declararam ter praticado o distanciamento social (8,5%), se comparados aos que declararam ter praticado parcialmente (18,4%) ou que não praticaram (25,2%).
O uso da máscara de proteção facial em ambientes públicos também se mostrou eficaz na prevenção da contaminação pelo novo coronavírus. A incidência do vírus foi de apenas 9% nas pessoas que declararam usar sempre a máscara. O índice sobe para 21,8% naqueles que declararam ter usado na maioria das vezes e chega a 30,5% naqueles que disseram usar a máscara de vez em quando.
Participaram da coletiva desta terça-feira o prefeito Bruno Covas (PSDB), o presidente da Câmara, vereador Eduardo Tuma (PSDB), o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, e a secretária adjunta de Saúde, Edjane Maria Torreão Brito.