Blog Coronavírus

Brasil supera 1 milhão de infectados pela Covid-19

Por Daniel Monteiro | 19/06/2020

Segundo dados divulgados pelo painel do Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde), o Brasil ultrapassou nesta sexta-feira (19/6) o número de 1 milhão de infectados pelo novo coronavírus (causador da Covid-19).

Com 54.771 novos casos confirmados da doença nas últimas 24 horas, o país totaliza 1.032.913 diagnósticos de Covid-19. Além disso, no mesmo período houve 1.206 óbitos, totalizando 48.954 mortes decorrentes do novo coronavírus desde o início da pandemia no país.

O boletim diário do Ministério da Saúde divulgado nesta sexta-feira traz os mesmos dados: 1.206 óbitos e 54.771 novos casos confirmados do novo coronavírus nas últimas 24 horas, totalizando 48.954 mortes e 1.032.913 infectados pela doença desde o início da pandemia no país.

Tido como epicentro da pandemia no Brasil, o Estado de São Paulo contabiliza nesta sexta-feira 386 óbitos registrados nas últimas 24 horas, totalizando 12.232 vítimas da Covid-19. Há, ainda, 211.658 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus – aumento de 19.030 novos diagnósticos entre quinta e sexta-feira.

Em relação ao sistema de saúde paulista, o índice de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao tratamento de infectados pelo novo coronavírus é de 66,5% no Estado e de 70,5% na Grande São Paulo. Ao todo, 4.996 pessoas estão internadas em UTIs, enquanto 7.981 infectados estão em enfermarias.

Na última quinta-feira (18/6), o isolamento social no Estado de São Paulo chegou a 45%, enquanto na Capital o índice atingiu 46% dos habitantes. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.

A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

MAIS SOBRE O CORONAVÍRUS

Nesta sexta-feira (19/6) o Governo de São Paulo anunciou a ampliação da testagem para Covid-19, com a realização de 233,7 mil exames destinados, prioritariamente, à populações vulneráveis, dentre elas indígenas e idosos em abrigos, além de categorias do funcionalismo público como profissionais do sistema penitenciário.

Os projetos-pilotos de testagem são coordenados pelo Instituto Butantan em parceria com o Centro Paula Souza e as Secretarias de Desenvolvimento Social, Administração Penitenciária, Saúde, Habitação e Direitos da Pessoa com Deficiência.

Os exames serão analisados pela Plataforma de Laboratórios de Diagnóstico de Coronavírus no Estado de São Paulo, coordenada pelo Instituto Butantan, que já processou 225,4 mil exames para Covid-19.

ATUAÇÃO DO MUNICÍPIO

Desenvolvido pelo laboratório brasileiro Mendelics, em parceria com o Hospital Sírio-Libanês, um novo exame molecular permite processar, por dia, centenas de milhares de testes de detecção da Covid-19 a preço acessível (cerca de R$ 95). A iniciativa contou com investimento da Desenvolve SP, instituição financeira do Governo do Estado de São Paulo.

Batizado de #PARECOVID, o novo teste utiliza reagentes e equipamentos amplamente disponíveis no mercado, sem depender dos utilizados anteriormente, hoje escassos, tornando-se o teste de maior capacidade de processamento lançado no Brasil até o momento.

Neste momento, um projeto-piloto com 50 mil pessoas está em curso para referendar o teste. Após essa etapa, deverão ser publicados os protocolos, permitindo que outros laboratórios desenvolvam a tecnologia e aumentem o número de testes. A estimativa é que sejam processados diariamente cerca de 110 mil amostras pela Mendelics.

AÇÕES E ATITUDES

Uma pesquisa apoiada pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) desenvolveu um tecido com micropartículas de prata na superfície que demonstrou ser capaz de inativar o novo coronavírus. Em testes de laboratório, o material foi capaz de eliminar 99,9% da quantidade do vírus após dois minutos de contato.

O desenvolvimento do material, feito pela empresa paulista Nanox, teve a colaboração de pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da USP (Universidade de São Paulo); da Universitat Jaume I, da Espanha. e do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais, um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão apoiados pela FAPESP.

O material, que já teve o pedido de depósito de patente tecnológica solicitado, deverá começar a ser produzido em breve. A empresa desenvolvedora já firmou parceria com duas tecelagens no Brasil para iniciar a fabricação de máscaras de proteção e roupas hospitalares com o material.

Voltar ao Blog