Blog Coronavírus

Brasil ultrapassa 1,5 mi de infectados pelo novo coronavírus

Por Daniel Monteiro | 03/07/2020

Nesta sexta-feira (03/7) o Brasil ultrapassou a marca de 1,5 milhão de infectados pelo novo coronavírus (causador da Covid-19). Segundo dados do painel do Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde), o Brasil registra 1.539.081 infecções pela doença – aumento de 42.223 casos confirmados nas últimas 24 horas. No mesmo período, foram registrados 1.290 óbitos, totalizando 63.174 mortes provocadas pela Covid-19.

O boletim diário do Ministério da Saúde traz os mesmos dados: 1.290 óbitos e 42.223 novos casos confirmados do novo coronavírus nas últimas 24 horas, totalizando 63.174 mortes e 1.539.081 infectados pela doença desde o início da pandemia no país.

Considerado epicentro da pandemia no Brasil, o Estado de São Paulo contabilizou, nesta sexta-feira (03/7), 343 óbitos registrados nas últimas 24 horas, totalizando 15.694 vítimas da Covid-19.

Há, ainda, 310.517 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus – aumento de 8.338 novos diagnósticos entre domingo e segunda-feira. Dos 645 municípios, houve pelo menos uma pessoa infectada em 626 cidades, sendo 383 com um ou mais óbitos.

Em relação ao sistema de saúde público paulista, nesta sexta-feira a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 no Estado é de 64%. Na Grande São Paulo, o índice chega a 64,3%.

Na última quinta-feira (02/7), o isolamento social no Estado de São Paulo chegou a 45%, enquanto na Capital o índice atingiu 46% de adesão. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.

A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

MAIS SOBRE O CORONAVÍRUS

Nesta sexta-feira (03/7), o Governo do Estado anunciou a quinta atualização do painel de fases da retomada econômica do Plano São Paulo, com quarentena mantida até o próximo dia 14.

Segundo avaliação da administração estadual, o avanço da pandemia no interior ainda é preocupante e deixa dez regiões na fase vermelha de restrição total de atividades não essenciais. Em relação à semana passada, a região de Campinas retorna ao alerta máximo, e nenhuma área avançou a fases mais flexíveis.

As regiões que estão na fase vermelha são as dos Departamentos Regionais de Saúde de Araçatuba, Bauru, Campinas, Franca, Marília, Piracicaba, Presidente Prudente, Registro, Ribeirão Preto e Sorocaba. Já na etapa laranja, ficam as áreas de Araraquara, Baixada Santista, Barretos, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto e Taubaté, além das sub-regiões Leste (Alto Tietê), Norte (Franco da Rocha) e Oeste (Osasco) da Grande São Paulo.

Na Grande São Paulo, a capital e as sub-regiões do ABC e de Taboão da Serra permanecem na etapa amarela, que libera reabertura de bares, restaurantes e salões de beleza com 40% da capacidade e expediente diário de até seis horas.

Com protocolos bastante rígidos, também estão autorizados nesta fase intermediária a reabertura parcial de academias na próxima semana. Regiões que permanecerem por 28 dias seguidos na fase amarela também poderão reabrir, com limitações, espaços culturais como museus, bibliotecas, cinemas, teatros e salas de espetáculos.

Nas demais três sub-regiões da Grande SP e outras sete áreas do interior e litoral, a fase laranja libera funcionamento com 20% da capacidade de escritórios em geral, imobiliárias, comércio de rua, shoppings e concessionárias. A novidade é uma opção estendida de horário: quatro horas diárias, todos os dias, ou abertura por seis horas durante quatro dias e fechamento do atendimento presencial por outros três dias.

Além disso, na última sexta-feira (26/6), o Governo do Estado recomendou que as prefeituras da Capital e as sub-regiões do ABC e de Taboão da Serra só liberassem o atendimento presencial em salões de beleza e barbearias, bares e restaurantes a partir do dia 6 de julho.

Na cidade de São Paulo, o prazo foi utilizado para a definição de protocolos sanitários específicos para a reabertura desses segmentos, prevista para o começo da próxima semana.

Cinemas e teatros

Entre as novidades anunciadas pelo Governo do Estado nesta sexta-feira estão os protocolos de reabertura e funcionamento dos setores de eventos, espetáculos culturais, restaurantes, academias e salões de beleza.

Museus, galerias, acervos, centros culturais, bibliotecas, cinemas, teatros e casas de espetáculo poderão reabrir parcialmente na fase amarela, assim como eventos culturais com público sentado e lugar marcado.

O início de atividades culturais, eventos e convenções com público sentado será autorizado após 28 dias consecutivos da região na fase amarela. O município de São Paulo, por exemplo, que está na fase amarela desde o dia 29 de junho, se permanecer na mesma etapa, poderá retomar essas atividades no dia 27 de julho.

Para estes setores, será necessário ter ocupação máxima de 40% da capacidade do local, funcionamento máximo de 6 horas por dia, público sentado e assentos com distanciamento mínimo de 1,5 metro e uso obrigatório de máscara.

A venda de ingressos deve ser exclusivamente on-line, para assentos marcados e horários pré-agendados e será necessário controlar o acesso e o número de pessoas, observando a lotação máxima. O consumo de alimentos e bebidas deverá ser suspenso, garantindo que todos mantenham o uso das máscaras.

Grandes eventos e demais atividades culturais que geram aglomeração serão autorizados após 28 dias consecutivos do Estado de São Paulo na fase verde. As medidas incluem ocupação máxima de 60% da ocupação, uso de máscara e marcações para delimitar a distância entre as pessoas (que poderão ficar em pé). As vendas de ingresso devem ser exclusivamente on-line, com horários pré-agendados e será necessário haver controle do acesso e o número de pessoas, observando a lotação máxima.

O Plano São Paulo atualizou as medidas de segurança para o consumo em restaurantes, bares e similares, que permite aos que tenham ambientes arejados que possam oferecer a opção de consumo local. É necessário que a ocupação máxima seja de 40% da capacidade dos assentos e que o funcionamento ocorra por no máximo 6 horas, até as 17h. Clientes e funcionários devem usar máscara em todos os ambientes. O atendimento presencial se limitará a ambientes ao ar livre ou arejados, com obrigatoriedade de assentos.

Academias serão reabertas na fase amarela, com ocupação máxima de 30% da capacidade, funcionamento máximo por 6 horas diárias, uso obrigatório de máscaras e entrada de clientes apenas com agendamento prévio. Serão permitidas apenas aulas e práticas individuais e os equipamentos devem ser limpos ao menos três vezes ao dia.

As academias deverão suspender o uso de chuveiros nos vestiários, mantendo apenas os banheiros abertos. Salões de beleza também poderão funcionar na fase amarela, com ocupação máxima de 40% da capacidade, funcionamento máximo por 6 horas diárias, uso de máscaras e adoção de protocolos geral e específicos para o setor.

ATUAÇÃO DO MUNICÍPIO

Desde a última quinta-feira (02/7), pessoas flagradas em locais públicos sem o uso de máscara de proteção facial deverão pagar uma multa no valor de R$ 524,59. A resolução SS nº 96, do Governo de São Paulo, também pune os estabelecimentos comerciais que permitirem a entrada de pessoas sem o equipamento ou aquelas que não estiverem utilizando a máscara corretamente (cobrindo o nariz e a boca). Neste caso, o valor da multa será de R$ 5.025,02 para cada usuário existente no interior do estabelecimento no momento da fiscalização.

A Resolução é válida para todos os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, incluindo ambientes de trabalho, estudo, lazer e esporte. Os condomínios também devem seguir a regra nas áreas comuns de circulação de moradores e visitantes.

A legislação atual não contém regulamentação voltada a transportes particulares, mas a recomendação das autoridades de saúde é que as pessoas usem máscaras em seus veículos (incluindo bicicletas) e reforcem o hábito de utilização constante da proteção fora de suas residências.

Inclusive, o Governo de São Paulo lançou um site para dar orientações sobre o uso correto das máscaras de proteção e explicar os casos em que as multas serão aplicadas – a pessoas físicas ou estabelecimentos comerciais – que desrespeitem as regras impostas no Estado.

No site oficial estão concentradas, por exemplo, informações oficiais e atualizadas sobre o tema, além de esclarecimentos sobre a legislação em vigor em São Paulo. Além disso, o material disponível pode ser baixado, compartilhado ou impresso em cartazes, faixas e folhetos informativos.

AÇÕES E ATITUDES

Entrou em operação na última quarta-feira (01/7), o “COVID-19 Data Sharing/BR”, primeiro repositório de dados abertos do Brasil com informações demográficas e exames clínicos e laboratoriais de pacientes que fizeram testes para a doença em unidades laboratoriais no país e em hospitais do Estado de São Paulo.

O repositório, que passou por um período-piloto de testes e de consultas à comunidade de pesquisa, abriga dados abertos e anonimizados de, inicialmente, mais de 177 mil pacientes, 9.634 dados de desfecho e um total de quase 5 milhões de resultados de exames clínicos e laboratoriais realizados em todo o país pelo Grupo Fleury e na cidade de São Paulo pelos hospitais Israelita Albert Einstein e Sírio-Libanês desde novembro de 2019.

Ainda que o primeiro caso da doença no Brasil tenha sido registrado em fevereiro, pelo Hospital Albert Einstein, o período de cobertura dos dados permitirá aos pesquisadores analisarem o histórico de saúde, bem como buscar evidências de sintomas da Covid-19 em pacientes atendidos anteriormente.

Além disso, novos dados serão inseridos regularmente pelo Grupo Fleury, Hospital Sírio-Libanês e Israelita Albert Einstein e gerenciados no repositório, sediado na USP (Universidade de São Paulo). As quatro instituições disponibilizaram informações, infraestrutura, tecnologias e recursos humanos próprios para viabilizar o compartilhamento de dados.

Voltar ao Blog