Blog Coronavírus

Brasil ultrapassa 25 mil mortes e 400 mil infectados pela Covid-19

Por Daniel Monteiro | 27/05/2020

Com 1.086 mortes confirmadas nas últimas 24 horas, o Brasil chegou a 25.598 óbitos provocados pelo novo coronavírus (causador da Covid-19) desde o início da pandemia. Há ainda 4.108 mortes em investigação sob suspeita da doença.

Segundo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, o país também ultrapassou a marca dos 400 mil infectados. Com o registro de 20.599 novos casos de ontem para hoje, já são 411.821 pessoas com Covid-19. 219.576 outros registros seguem em acompanhamento. O Ministério da saúde afirma, ainda, que 166.647 pessoas já se recuperaram da doença.

Ainda epicentro da pandemia no Brasil, São Paulo registrou nas últimas 24 horas 289 novos óbitos provocados pelo novo coronavírus. Agora o Estado totaliza 6.712 vítimas fatais da Covid-19.

Também houve o registro de 3.466 casos confirmados da doença de ontem para hoje, num total de 89.483 pessoas com diagnóstico do novo coronavírus em São Paulo. 515 cidades paulistas têm pelo menos um caso de Covid-19 e 251 municípios tiveram no mínimo uma morte.

Segundo o governo do Estado, há 12,3 mil pacientes internados em São Paulo, sendo 4.686 em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 7.707 em enfermaria. A taxa de ocupação dos leitos de UTI reservados para o novo coronavírus é de 73,2% no Estado e 87,6% na Grande São Paulo.

Até o momento, já ocorreram 18.245 altas de pacientes que tiveram confirmação da Covid-19 e foram assistidos em hospitais paulistas.

Medido pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, o isolamento social no Estado, na última terça-feira (26/5) foi de 47%, enquanto a capital o índice chegou a 49%.

O isolamento social é considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e por autoridades sanitárias nacionais e internacionais a principal forma de diminuir o avanço da pandemia do novo coronavírus.

MAIS SOBRE O CORONAVÍRUS

Nesta quarta-feira o governo do Estado apresentou o Plano São Paulo para reabertura de setores da economia durante a quarentena de enfrentamento ao coronavírus no território paulista.

A partir de 1º de junho, índices de ocupação hospitalar e de evolução de casos em 17 regiões do Estado vão definir cinco níveis restritivos de retomada produtiva segundo critérios médicos e epidemiológicos para que o sistema de saúde continue em pleno funcionamento.

As novas normas autorizam prefeitos de cidades a conduzir e fiscalizar a flexibilização de setores segundo as características dos cenários locais. Os pré-requisitos para a retomada são adesão aos protocolos estaduais de testagem e apresentação de fundamentação científica para liberação das atividades autorizadas no Plano São Paulo.

As cinco fases do programa vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (vermelho) a etapas identificadas como controle (laranja), flexibilização (amarelo), abertura parcial (verde) e normal controlado (azul).

A escala será aplicada a 17 regiões distintas do território paulista, de acordo com a abrangência dos Departamentos Regionais de Saúde, que determinam a capacidade de atendimento, transferências de pacientes e remanejamento de vagas de enfermaria e UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) nos municípios.

As fases são determinadas pelo acompanhamento semanal da média da taxa de ocupação de leitos de UTI exclusivas para pacientes contaminados pelo novo coronavírus e o número de novas internações no mesmo período. Uma região só poderá passar por uma reclassificação de etapa – com restrição menor ou maior – após 14 dias do faseamento inicial, mantendo os indicadores de saúde estáveis.

Em todos os 645 municípios, a indústria e a construção civil seguem funcionando normalmente. A interdição total de espaços públicos, teatros, cinemas e eventos que geram aglomerações – festas, shows, campeonatos etc – permanece por tempo indeterminado. A retomada de aulas presenciais no setor de educação e o retorno da capacidade total das frotas de transportes seguem sem previsão.

Nenhuma das 17 regiões está na zona azul, que prevê a liberação de todas as atividades econômicas segundo protocolos sanitários definidos no Plano São Paulo. A zona verde, segunda mais ampla na escala, também não foi alcançada até o momento e permanece como meta de curto prazo para cada região.

Com exceção da capital, todos os municípios da Grande São Paulo e também da Baixada Santista e de Registro permanecem na fase vermelha e não terão nenhum tipo de mudança na quarentena em vigor desde o dia 24 de março.

Nas demais fases, haverá flexibilização parcial em diferentes escalas de capacidade e horário de atendimento. A etapa laranja, que abrange a capital e outras dez regiões no interior e litoral norte, prevê retomada com restrições a comércio de rua, shoppings, escritórios, concessionárias e atividades imobiliárias. Os demais serviços não essenciais continuam fechados.

Na fase amarela, haverá reabertura total de serviços imobiliários, escritórios e concessionárias segundo protocolos sanitários. Comércio de rua, shoppings e salões de beleza, além de bares, restaurantes e similares poderão funcionar com restrições de horário e fluxo de clientes.

As regiões que chegarem à fase verde poderão atenuar as restrições ao funcionamento de todos os setores da fase amarela. Academias de ginástica e centros de prática esportiva também voltarão a receber frequentadores, desde que respeitados limites de redução de atendimento e as regras sanitárias definidas para o setor.

O distanciamento social ainda é a principal recomendação para conter a disseminação do coronavírus. Mesmo com a reabertura em São Paulo, há exigência do isolamento social das pessoas de grupos de risco, como maiores de 55 anos, portadores de doenças cardíacas e/ou crônicas e pacientes imunodeprimidos ou em tratamento oncológico.

Além das medidas de reabertura social, o Governo de São Paulo anunciou que recebeu na última terça-feira (26/5) 333 respiradores importados que serão utilizados no tratamento de pacientes com o novo coronavírus que necessitam de ventilação mecânica em UTIs.

Desse montante, 133 vieram da China e 200 da Turquia. No total, já são 443 respiradores adquiridos pelo Estado e 150 ventiladores de transporte doados pelo Ministério da Saúde. Os equipamentos permitirão a abertura de novos leitos em todo o território paulista.

Os equipamentos serão montados, testados e calibrados no complexo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo).

Os novos equipamentos se juntam a outros 60 unidades que chegaram nas últimas semanas e serão instalados em hospitais da Grande São Paulo, Piracicaba e no AME Campinas.

A CÂMARA DURANTE A PANDEMIA

Na última terça-feira (26/5), em reunião do Colégio de Líderes da Câmara Municipal de São Paulo, as lideranças partidárias voltaram a discutir a construção de um Projeto de Lei para planejar a retomada das atividades econômicas na cidade de São Paulo.

Na ocasião, o presidente da Câmara, vereador Eduardo Tuma (PSDB), comunicou que haverá nesta quarta-feira (27/5) uma reunião com representantes da Prefeitura para discutir a elaboração de um texto conjunto entre Legislativo e Executivo sobre medidas que prevêem o retorno gradativo das atividades econômicas na capital paulista.

AÇÕES E ATITUDES

Desde que foi lançado em abril como uma iniciativa de assistência à famílias em situação de vulnerabilidade do município, o programa Cidade Solidária, ação de voluntariado da Prefeitura de São Paulo e da sociedade civil, já entregou mais de 300 mil cestas básicas de alimentos, além de diversos kits de higiene e limpeza.

Diariamente, entre cinco a sete mil cestas com produtos de alimentação, limpeza e higiene saem do galpão da Cruz Vermelha Brasileira, um dos parceiros do programa, em direção a diversos bairros da cidade onde moram idosos, pessoas com doenças pré-existentes, indivíduos com deficiência e famílias de baixa renda e/ou cidadãos que moram em territórios extremamente vulneráveis.

Para que o programa possa manter o fluxo de doações é necessário que a população continue colaborando e doando. Saiba mais em www.spcidadesolidaria.org ou ligue 156.

Voltar ao Blog