Brasil ultrapassa 55 mil mortes por Covid-19
Segundo informações desta sexta-feira (26/6) disponibilizadas no painel do Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde) sobre a pandemia do novo coronavírus no (causador da Covid-19) no Brasil, o país registrou nas últimas 24 horas 990 mortes pela doença, totalizando 55.961 vítimas fatais da Covid-19.
No mesmo período, de acordo com contagem do órgão, houve a confirmação de 46.860 novos infectados pelo novo coronavírus. Desde o início da pandemia, o Brasil já soma 1.274.974 diagnósticos positivos para a doença.
O número é o mesmo divulgado no boletim diário do Ministério da Saúde desta sexta-feira: nas últimas 24 horas foram 990 mortes e 46.860 diagnósticos confirmados do novo coronavírus, totalizando 55.961 óbitos e 1.274.974 casos confirmados da doença desde o início da quarentena.
Epicentro da pandemia no Brasil, o Estado de São Paulo registrou nesta sexta-feira (26/6) 207 óbitos causados pela Covid-19 em 24 horas – no mesmo período, houve 9.921 diagnósticos confirmados do novo coronavírus. No total, são 13.759 vítimas fatais da Covid-19, com 258.508 pessoas infectadas.
Em relação à capacidade do sistema de saúde paulista, a taxa de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) voltados ao tratamento do novo coronavírus é de 65,3% no Estado e de 67,4% na Grande São Paulo.
Considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal medida de contenção da pandemia do novo coronavírus, o isolamento social no Estado de São Paulo na última quinta-feira (25/6) foi de 45%, mesmo índice registrado na Capital.
Os dados são Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.
MAIS SOBRE O CORONAVÍRUS
A quarentena no Estado de São Paulo foi prorrogada até o dia 14 de julho. A extensão foi anunciada nesta sexta-feira (26/6), quando houve atualização do painel de fases da retomada econômica do Plano São Paulo, do Governo do Estado.
De acordo com a atualização, o avanço acelerado da pandemia no interior deixa nove regiões na fase vermelha, de restrição total de atividades não essenciais. Já a melhora de índices em parte da Grande São Paulo faz com que a capital e as sub-regiões do ABC e de Taboão da Serra avancem à fase amarela, que permite atendimento presencial restrito em bares, restaurantes e salões de beleza.
Já as demais três sub-regiões da Grande São Paulo e outras sete áreas do interior e litoral permanecem na fase laranja, com reabertura de 20% da capacidade de escritórios em geral, imobiliárias, comércio de rua, shoppings e concessionárias por quatro horas diárias.
Na fase amarela, na qual a Capital entra a partir da próxima segunda-feira (29/6), a flexibilização prevê abertura limitada a 40% da capacidade de todos os setores previstos na laranja e seis horas de expediente, além da retomada controlada e parcial de atendimento presencial em salões de beleza e barbearias, bares e restaurantes – o consumo local só será liberado em áreas arejadas e segundo rígidos protocolos sanitários estabelecidos no Plano São Paulo.
Apesar do aval do Governo do Estado para o avanço à fase amarela em parte da Região Metropolitana de São Paulo, a recomendação é que as prefeituras só liberem o atendimento presencial em salões de beleza e barbearias, bares e restaurantes a partir do dia 6 de julho.
Ainda segundo a atualização desta sexta-feira, na média estadual medida a cada sete dias, houve redução 66,5% para 65,5% na taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para tratamento da Covid-19, além de aumento na média de vagas por cem mil habitantes de 19,1 para 19,7.
No mesmo período, a média estadual de casos de infectados por coronavírus subiu 35%, enquanto que a taxa de internações caiu 2%. A taxa semanal de mortes por Covid-19% subiu 11% em relação à reclassificação da semana passada.
Em números absolutos, até esta sexta-feira o mês de junho registrou 138.889 novos casos de infecção pelo novo coronavírus em relação a maio, que teve 81 mil infecções confirmadas no período.
Já em relação às internações, neste mês foram registradas 46.092, contra 46.735 do mês anterior. As mortes por Covid-19 em junho somaram 6.144 pessoas no Estado, ante 5.240 óbitos em maio.
ATUAÇÃO DO MUNICÍPIO
Como parte das ações de retomada das atividades na Capital, a Prefeitura de São Paulo anunciou que irá discutir durante o mês de julho com sindicatos, associação de pais e mestres, pais e alunos da rede municipal o protocolo de atendimento anunciado pelo governo do Estado de São Paulo para o retorno das aulas nas escolas públicas municipais.
As primeiras medidas para previstas pela administração municipal são: a distribuição de kits individuais com máscara, sabonete e copo; disponibilização de álcool em gel em todas as unidades; controle de temperatura e demarcação de lugares visando o distanciamento.
Além de seguir as diretrizes orientadoras do governo, o retorno dos quase 1 milhão de alunos também irá considerar as especificidades de cada unidade escolar, juntamente com a comunidade do entorno da escola. As regras e protocolos valem para todas as etapas de ensino, da Educação Infantil a Educação de Jovens e Adultos.
Outro anúncio da Prefeitura é de que o ano letivo de 2020 deverá ser estendido até fevereiro de 2021, com atividades de reforço que serão promovidas pelas escolas, considerando as dificuldades específicas de cada estudante.
Antes do retorno, serão realizadas ações de escuta com os educadores, a fim de encontrar medidas que também amparem este público. A primeira ação será em uma live que acontecerá no próximo dia 30 de junho.
Há, ainda, a previsão de que todos os alunos sejam submetidos a uma prova de avaliação de nível para mensurar o conteúdo absorvido nesse período de aulas em casa. O objetivo é não deixar nenhum aluno para trás e garantir que todos fiquem no mesmo nível, tanto os que tiveram acesso aos conteúdos on-line quanto os que trabalharam com material impresso. Num primeiro momento, as aulas de educação física deverão ser feitas prioritariamente de forma teórica.
AÇÕES E ATITUDES
Uma empresa startup desenvolveu, com colaboração do Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão em Processo Redox, do Instituto de Ciências Biomédicas da USP (Universidade de São Paulo) e do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, cuja sede é o Instituto de Química, também da USP, equipamentos que emitem radiação ultravioleta C para descontaminação de máscaras, objetos, superfícies e de ambientes, que podem ser usados na eliminação do novo coronavírus.
Os dispositivos são baseados na eliminação do vírus e diversos outros patógenos por irradiação germicida com lâmpada de arco de mercúrio. A radiação ultravioleta C emitida pelos aparelhos leva à inativação do vírus por danos em seu material genético.
A eficácia dos equipamentos contra o novo coronavírus já foi comprovada por experimentos realizados em condições experimentais controladas. Os dados agora estão sendo analisados matematicamente para a obtenção de uma ferramenta capaz de predizer a dose de radiação necessária para eliminação do vírus.