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Capital chega a 300 mil infectados pela Covid-19

Por Daniel Monteiro | 02/09/2020

Segundo informações desta quarta-feira (2/9) disponibilizadas pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus (causador da Covid-19) na capital paulista, o município totaliza 11.525 vítimas fatais da Covid-19 e 300.843 diagnósticos positivos para a doença.

Até esta quarta-feira, 382.450 pessoas com diagnóstico de Covid-19 receberam alta após passar pelos hospitais de campanha, da rede municipal, contratualizados e pela atenção básica do município.

Veja abaixo os números completos disponibilizados pela administração municipal:

Crédito: Prefeitura de SP

Em relação à capacidade do sistema de saúde pública da capital, nesta quarta-feira a taxa de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) voltados ao tratamento do novo coronavírus é de 51,5% na Grande São Paulo.

Considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal medida de contenção da pandemia do novo coronavírus, o isolamento social na cidade de São Paulo na última terça-feira (1/9) foi de 43%.

Os dados são Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

MAIS SOBRE O CORONAVÍRUS

Uma pesquisa feita pela Coalizão Covid-19 Brasil, liderada pelos hospitais Albert Einstein, HCor, Sírio-Libanês, Oswaldo Cruz e Beneficência Portuguesa, da capital paulista, Hospital Moinhos de Vento (RS), pelo Brazilian Clinical Research Institute e pela Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva mostrou que o uso do anti-inflamatório corticoide dexametasona para tratar pacientes adultos com quadros graves de Covid-19 aumentou o número de dias em que eles permaneceram fora do respirador artificial.

A conclusão da pesquisa foi que o número de dias fora do respirador artificial foi maior nos pacientes tratados com dexametasona (média de 6,6 dias) do que no grupo controle (média de 4 dias). O estudo foi realizado com 299 pacientes com síndrome respiratória aguda grave submetidos a ventilação mecânica (respiração artificial) em 41 UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) brasileiras. Os pacientes tinham em torno de 61 anos, 60% eram homens e foram admitidos entre os dias 17 de abril e 23 de junho, com seguimento clínico finalizado no dia 21 de julho.

Por meio de sorteio, os participantes do estudo foram divididos em dois grupos: o primeiro, de 151 pacientes, foi tratado com dexametasona e suporte clínico padrão; o segundo, chamado grupo controle, com 148 pessoas, foi tratado apenas com suporte clínico padrão. A dexametasona foi usada por via endovenosa na dose de 20 mg durante cinco dias e 10 mg durante cinco dias.

A retirada mais precoce do respirador artificial, de acordo com os pesquisadores, pode se associar ao menor risco de complicações decorrentes da permanência na UTI, alta mais precoce da terapia intensiva com liberação de leitos e economia de recursos humanos e financeiros.

O estudo não evidenciou um risco maior do tratamento com dexametasona em relação a novas infecções, alterações da glicose e outros eventos adversos sérios. A mortalidade em 28 dias foi de 58% quando considerado o total de pacientes incluídos –não houve distinção entre as diferenças dessa taxa entre os dois grupos de pacientes.

Os resultados da pesquisa foram publicados no periódico científico “Journal of the American Medical Association”. Também foi publicada uma revisão de estudos realizada pela Organização Mundial da Saúde, em formato de meta-análise, que compilou os resultados dessa pesquisa brasileira e de outras que utilizaram corticoides em pacientes com Covid-19, cujos resultados demonstraram que a administração desse tipo de medicamento reduz a mortalidade em pacientes graves com Covid-19.

AÇÕES E ATITUDES

Uma pesquisa em andamento, aplicada para docentes e pesquisadores da área de alimento nas universidades brasileiras, busca saber como a pandemia de Covid-19 acelerou o processo de incorporação de metodologias e ferramentas mais inovadoras no ensino e na pesquisa.

O objetivo é obter dados que contribuam para o conhecimento das estratégias de ensino, pesquisa e recursos didáticos adotados pelos docentes e pesquisadores nessa área. O público-alvo do questionário são docentes e pesquisadores que atuam na área de alimentos.

O estudo, realizado por pesquisadoras da FCF-USP (Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo), na capital paulista, quer saber, especificamente, como e em que grau esse processo se deu na graduação e pós-graduação.

Também participam do projeto pesquisadores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), da UECE (Universidade Estadual do Ceará) e do FoRC (Centro de Pesquisa em Alimentos), um CEPID (Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão) apoiado pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).

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