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Capital contabiliza nesta terça 17,3 mil mortes e 570,4 mil casos confirmados de Covid-19

Por Daniel Monteiro | 02/02/2021

De acordo com boletim diário desta terça-feira (2/2) publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus, a capital paulista totaliza 17.381 vítimas da Covid-19.

Há, ainda, 570.412 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus e 820.263 casos suspeitos sob monitoramento. Até o momento, 729.419 pessoas receberam alta após passar pelos hospitais de campanha, da rede municipal, contratualizados e pela atenção básica do município.

Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo nesta terça.

Crédito: Prefeitura de SP

Em relação ao sistema público de saúde, nesta terça-feira a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na Grande São Paulo é de 67,3%.

Já na última segunda, o índice de isolamento social na cidade de São Paulo foi de 40%. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.

A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

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Pesquisadores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) avaliaram, com base em dados de artigos científicos publicados durante os primeiros seis meses da pandemia, a relação entre o diagnóstico prévio de asma e o desenvolvimento de Covid-19 nos pacientes infectados.

Para isso, foi realizada uma revisão sistemática da literatura científica que identificou 1.069 artigos que descreveram os quadros clínicos e antecedentes médicos de 161.271 pacientes com a doença.

Como resultado, segundo a análise, somente 1,6% dos pacientes tinham diagnóstico prévio de asma. O percentual está abaixo da média mundial, que é de 4,4%, segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde) e do Global Asthma Report. Assim, de acordo com os pesquisadores da Unicamp, “os dados epidemiológicos disponíveis até o momento indicam que o fato de um paciente ter diagnóstico de asma não se constitui em um fator de risco para o desenvolvimento da COVID-19”.

Entretanto, o grupo não descarta que alguns fatores podem ter provocado uma distorção dos dados epidemiológicos. Uma das possibilidades é a subnotificação do diagnóstico pregresso de asma, caso os pesquisadores não tenham sido criteriosos e detalhistas na descrição dos quadros clínicos e antecedentes médicos dos pacientes infectados pelo novo coronavírus. Os autores do estudo também ressaltam que mais de 20% dos pacientes descritos nos 1.069 artigos eram originários da China, país com uma das menores prevalências de asma no mundo.

A asma é uma doença inflamatória crônica que acomete os brônquios e resulta em crises de tosse e falta de ar. A forma mais comum está relacionada a uma resposta alérgica contra componentes dos ácaros, fungos, pólens e animais domésticos. Se não for adequadamente tratada, a asma pode levar a uma perda progressiva da função respiratória e, eventualmente, à morte precoce.

Por causa do componente inflamatório e de sua natureza crônica, a asma pode aumentar a chance do desenvolvimento de formas mais graves de pneumonias causadas por vírus e bactérias. Por esse motivo, acreditava-se que pacientes com asma seriam mais vulneráveis à infecção pelo novo coronavírus. A análise sistemática de literatura realizada pelos pesquisadores da Unicamp, contudo, não confirmou essa hipótese.

ATUAÇÃO DO MUNICÍPIO

Publicada na edição de 29 de janeiro do Diário Oficial do Município, uma portaria conjunta das secretarias municipais de Educação e de Saúde de São Paulo criou o Comitê de Gerenciamento do Retorno às Aulas na rede pública municipal.

A decisão visa atender os receios da população devido ao retorno das aulas presenciais no contexto da pandemia de Covid-19. O grupo será composto por três representantes indicados pela Secretaria Municipal de Educação e quatro da pasta da Saúde, que atuarão tanto nas unidades próprias da Prefeitura quanto nas conveniadas.

Entre as atribuições do comitê multidisciplinar, estão monitorar o processo de retorno às aulas presenciais e oferecer subsídios para a tomada de decisões nas diferentes fases desse processo. Além disso, também deverão identificar cenários gerais de transmissão da Covid-19 nas regiões da cidade onde estão instaladas as unidades educacionais.

Outra tarefa a ser desempenhada pelo grupo é constatar as ocorrências de casos suspeitos e confirmados da doença na comunidade escolar e adotar as medidas necessárias para impedir surtos.

O decreto estabelece ainda que esses profissionais irão fiscalizar a implantação dos protocolos sanitários nas unidades de Educação e acompanhar os estudos e decisões da comunidade científica e acadêmica referentes ao avanço da Covid-19.

Será também implementada uma estratégia de comunicação interna, voltada aos profissionais da rede municipal de ensino, e externa, aos pais e população em geral, para tornar transparentes todas as medidas de prevenção adotadas.

A volta às aulas presenciais nas unidades municipais será facultativa e está prevista para o dia 15 de fevereiro, com presença máxima de 35% dos estudantes. Haverá, paralelamente, a possibilidade de o aluno prosseguir com o acompanhamento à distância das atividades escolares, nos casos em que os pais optem pela permanência de seus filhos em casa.

Aos alunos que aderirem às atividades presenciais, a administração deverá distribuir kits de higiene. Além disso, as escolas estão sendo adequadas às aulas com base em normas sanitárias estabelecidas pela Saúde.

Complementar à criação do comitê, a Prefeitura de São Paulo desenvolveu o Protocolo Volta às Aulas – Transporte Escolar. O documento visa orientar condutores, monitores, famílias e estudantes sobre a necessidade de distanciamento e atenção às orientações de higiene e saúde quando ocorrer o retorno às atividades presenciais nas escolas do município.

O protocolo traz procedimentos a serem seguidos em prevenção à Covid-19 e, inclusive, informa como agir em caso de descumprimento das orientações por qualquer uma das partes, informando sobre os canais de denúncia e ações a serem tomadas em cada caso. A íntegra do documento pode ser acessada neste link.

*Ouça a versão podcast do boletim Coronavírus neste link

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