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Capital contabiliza nesta terça 19,1 mil mortes e mais de 654 mil casos confirmados de Covid-19

Por Daniel Monteiro | 09/03/2021

Segundo dados mais recentes sobre a pandemia do novo coronavírus publicados pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, nesta terça-feira (9/3) a capital paulista contabilizava 19.160 vítimas da Covid-19.

Havia, ainda, 654.519 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus. Até esta terça, 913.314 pessoas haviam recebido alta após passar pelos hospitais de campanha, da rede municipal, contratualizados e pela atenção básica do município.

Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.

Crédito: Prefeitura de SP

Em relação ao sistema público de saúde na Grande São Paulo, a atualização mais recente destaca que, nesta terça (9/3), a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 é de 82,8%.

Considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus, o isolamento social na cidade de São Paulo na última segunda (8/3) foi de 41%.

Os dados são do Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população  e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

MAIS SOBRE O NOVO CORONAVÍRUS

O Estado de São Paulo registrou até o momento (9/3) 4.084 casos de Covid-19 entre estudantes, professores e funcionários nas escolas públicas e privadas paulista, como informa nesta terça-feira (9/3) o boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Educação.

As ocorrências foram registradas em 2.048 escolas, de um total de 29,8 mil estabelecimentos de ensino no Estado. As aulas presenciais em São Paulo foram retomadas no dia 8 de fevereiro.

Segundo o boletim, foram notificados 24,3 mil casos suspeitos da doença em 4,8 mil escolas, o que significa que apenas 17% foram efetivamente confirmados. A maior parte das notificações (16 mil) ocorreu na rede estadual, que tem 5,6 mil escolas e 3,6 milhões de alunos dos 9,9 milhões de estudantes matriculados. Dessas notificações, 2.418 foram confirmadas. Na rede privada, foram 7,4 mil notificações, sendo que 1.534 foram confirmadas como Covid-19.

O documento mostra que a maior parte dos casos confirmados (62%) atingiu funcionários e professores de escolas, somando 2.526 pessoas. Entre alunos, foram 1.558 confirmações de infecção pelo novo coronavírus. Até o momento, são confirmadas 21 mortes pela doença, sendo duas de estudantes e as demais de professores e funcionários.

A partir dos dados coletados, a Secretaria de Educação afirmou que a incidência de casos confirmados na comunidade escolar é 33 vezes menor do que as ocorrências por grupo de 100 mil habitantes da população do Estado. A pasta explica que “tal fato está em consonância com as evidências científicas que apontam que os números de contaminação relativos aos que frequentam o ambiente escolar são sempre inferiores aos da transmissão comunitária”.

Entre os protocolos que a secretaria tem exigido das escolas para evitar a disseminação do vírus está a aferição de temperatura na entrada dos estabelecimentos de ensino; o uso obrigatório de máscara; a ventilação dos ambientes; o distanciamento físico de ao menos 1,5 metro e a adoção de medidas de higiene. A ocupação das escolas também está restrita a 35% das matrículas nas fases vermelha e laranja do Plano SP e a 70% nos municípios classificados na etapa amarela.

AÇÕES E ATITUDES

Um estudo da USP (Universidade de São Paulo) aponta que a reabilitação precoce de pacientes com Covid-19 ainda nas UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) minimizaria déficits físicos depois da alta hospitalar. A reabilitação fisioterápica consiste em exercícios cardiorrespiratórios com bicicletas, treinos de sentar e levantar da cama e estabelecimento de uma rotina de exercícios com graduação de peso, andar, dentre outras.

A pesquisa, realizada em quatros hospitais de São Paulo – dois públicos e dois particulares – mostrou que os doentes graves por Covid-19 internados em UTIs apresentam déficits físicos no momento da alta hospitalar e que a reabilitação poderia ser uma estratégia para que eles pudessem voltar para casa com melhor forma física, com menos demanda de acompanhamento fisioterapêutico e em condições de realizar suas atividades funcionais e laborais, de forma independente.

O estudo, que ainda está em andamento, já acompanhou 250 pessoas em três momentos distintos: durante o período de internação, na UTI e na enfermaria, e três meses após terem recebido alta.

Os resultados apontam que, em geral, pessoas acometidas por doenças graves que permaneceram por longo período em UTIs, depois de receberem alta, acabam se tornando incapazes de realizar algumas tarefas que antes eram comuns na sua rotina, podendo esses efeitos perdurar por muito tempo. Elas sentem dificuldades, por exemplo, para andar e/ou realizar atividades corriqueiras do dia a dia como tomar banho ou ir sozinhos ao banheiro.

De acordo com os pesquisadores, a reabilitação precoce, o mais cedo possível, começando ainda na UTI, favorece um melhor retorno das funcionalidades, proporciona menos dias de ventilação mecânica, auxilia na diminuição do delirium (distúrbios de consciência, atenção e cognição), da fraqueza muscular e dos dias de internação.

Os autores do estudo destacam que, mesmo para os pacientes em estado grave, hipoxêmicos (baixo nível de oxigênio no sangue), com uso de ventilação mecânica, a reabilitação precoce deve ter início ainda na UTI, se os critérios de estabilidade e segurança forem observados e a prescrição dos exercícios for individualizada.

A pesquisa, que vai até o final da pandemia, pretende acompanhar ao todo 400 pacientes de quatro hospitais referenciados para o tratamento da Covid-19: Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, em São Paulo; Hospital das Clínicas de São Bernardo do Campo; Hospital do Coração, em São Paulo; e o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

O objetivo é avaliar a função física de doentes graves por Covid-19 no momento da alta da UTI e entender quais os principais déficits físicos que esses pacientes apresentam quando têm alta, e se um início precoce dos exercícios na UTI está relacionado a melhores resultados físicos.

*Ouça aqui a versão podcast do boletim Coronavírus

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