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Capital paulista registra 13,8 mil mortes e 378,1 mil casos de Covid-19

Por Daniel Monteiro | 12/11/2020

Segundo dados do boletim diário sobre a pandemia do novo coronavírus (causador da Covid-19) publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, nesta quinta-feira (12/11) a capital paulista contabiliza 13.828 vítimas da Covid-19.

Há, ainda, 378.160 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus e 526.873 casos suspeitos sob monitoramento. Até o momento, 551.705 pessoas receberam alta após passar pelos hospitais de campanha, da rede municipal, contratualizados e pela atenção básica do município.

Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo nesta quinta-feira.

Crédito: Prefeitura de SP

Em relação ao sistema público de saúde na Grande São Paulo, a atualização mais recente destaca que, nesta quinta-feira, a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 é de 45%.

Considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus, o isolamento social na cidade de São Paulo, na última quarta-feira (11/11), foi de 40%.

Os dados são do Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

MAIS SOBRE O CORONAVÍRUS

Desde o início da pandemia, estudos indicam que homens são afetados mais gravemente pela Covid-19 do que mulheres. E os impactos da infecção do novo coronavírus também podem ter reflexo no sistema reprodutivo e sexual masculino, afirma pesquisadores da FM-USP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) e do Grupo de Estudo em Saúde Masculina do IEA (Instituto de Estudos Avançados).

É sabido que outras doenças virais, como a caxumba e o zika vírus, causam impactos significativos na saúde reprodutiva e sexual, principalmente de homens. E, segundo evidências científicas recentes, o novo coronavírus também entrará nessa lista.

Na pesquisa realizada na FM-USP, foram avaliados pacientes na fase aguda da doença, com objetivo de tentar identificar o vírus no sêmen ejaculado. E os resultados da pesquisa brasileira se assemelham com estudos internacionais realizados em países como a China.

Uma das evidências obtidas pelo grupo é a de que o novo coronavírus tem uma estrutura que afeta o testículo e o epidídimo (ducto que coleta e armazena os espermatozóides), causando inflamações, diferente das infecções bacterianas. Também foi possível observar alterações das funções dos espermatozoides de maneira moderada, inclusive na qualidade deles, mas ainda não há evidência de que o vírus possa deixar o indivíduo infértil.

Os pesquisadores também conseguiram verificar, por meio de análises e testes, que o vírus pode afetar ainda mais as células responsáveis por produzir hormônios (como a testosterona) nos testículos, causando uma disfunção na quantidade deles no sangue. Já se sabe que esse é um efeito transitório e recuperável, mas ainda não foi descoberto o período necessário para que isso seja normalizado.

Até o momento, o que se sabe é que o vírus tem uma predileção pelo sistema reprodutivo masculino. E uma possível explicação é a quantidade de receptores do órgão: depois do pulmão, que é o mais afetado pela síndrome, pois a infecção ocorre por via aérea, os órgãos com mais receptores são os testículos, com o rim em terceiro lugar.

Dessa forma, as evidências mostram que a proporção de infecção é a mesma para homens e mulheres, só que a gravidade é 50% maior em indivíduos do sexo masculino, devido a componentes biológicos e não necessariamente socioambientais.

AÇÕES E ATITUDES

Em todo o mundo, foram realizadas 168.546 publicações científicas sobre Covid-19 em 2020, de acordo com registros da base de dados da plataforma Dimensions. Desse total, 4.029 publicações são do Brasil (2,39% de toda a produção mundial), colocando o país na décima primeira posição em número de publicações sobre a doença, à frente de países como Holanda, Suíça e Japão.

Em relação às instituições de pesquisa brasileiras, a contribuição da USP (Universidade de São Paulo) é significativa, com 729 publicações, o que representa 18,5% de toda a produção nacional. A produção na área coloca a USP como a instituição de pesquisa do Brasil com maior número de publicações e a 16ª em todo o mundo.

Até o dia 17 de outubro foram produzidas e registradas 168.546 publicações sobre a Covid-19 no ano de 2020 em todo o mundo. Os países com maior número de publicações são Estados Unidos (34.129), China (15.990) e Reino Unido (14.724). Em todo o mundo, as líderes do ranking de publicações são as universidades de Harvard (Estados Unidos), com 1.526 publicações, e Oxford (Reino Unido), com 1.229 publicações.

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