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Capital publica regulamentação da retomada das atividades presenciais em estabelecimentos de ensino

Por Daniel Monteiro | 28/01/2021

Foi publicado no Diário Oficial desta quinta-feira (28/1) o decreto da Prefeitura de São Paulo que regulamenta a retomada das atividades presenciais dos estabelecimentos de ensino na cidade capital paulista, a partir de 1 de fevereiro de 2021.

Com o objetivo de promover uma volta segura das atividades, e obedecendo a todos os protocolos de sanitários, o decreto determina que sejam observadas disposições, como: a capacidade máxima inicial de recebimento de alunos para atividades presenciais deverá ser de 35% (percentual esse que deverá ser readequado sempre que for determinado pela Secretaria Municipal de Saúde); e que os estabelecimentos de ensino deverão cumprir todas as regras vigentes nos protocolos sanitários e nas regulamentações expedidas pelo Governo do Estado de São Paulo e Prefeitura da Cidade de São Paulo.

O decreto também prevê que a retomada das atividades presenciais deve abranger a operação de equipamentos educacionais como bibliotecas e laboratórios, oferta de atividades esportivas, funcionamento de refeitórios e cantinas, espaços administrativos, dentre outros, desde que respeitados os protocolos sanitários pertinentes e regulamentações específicas, ficando vedada a realização de qualquer atividade que possa gerar aglomeração. O processo de retomada das atividades presenciais será regulado por norma específica a ser editada pela Secretaria Municipal de Educação.

Além disso, para organizar todas as informações relativas ao processo de volta às aulas presenciais, a pasta construiu, dentro do Portal da Educação, uma página exclusiva, dedicada ao assunto. Na página Volta às aulas 2021 é possível encontrar documentos como o plano de organização geral para o retorno presencial, os protocolos sanitários vigentes, o protocolo de limpeza das unidades escolares e outras informações.

ATUAÇÃO DO MUNICÍPIO

Com a chegada na última segunda-feira (25/1) em São Paulo do primeiro lote da vacina de Oxford/AstraZeneca contra o novo coronavírus, a capital paulista vai ampliar a imunização contra a Covid-19 no município. As 165.300 doses viabilizadas pela parceria entre a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e o Ministério da Saúde serão adicionadas ao Programa Municipal de Vacinação contra o Coronavírus.

A vacinação contra a Covid-19 na cidade de São Paulo começou no dia 19 de janeiro, com o recebimento do primeiro lote de 203 mil doses da vacina Coronavac/Butantan, entregue pelo Governo do Estado de São Paulo.

De acordo com o Plano Municipal de Vacinação, as doses da Astra/Zeneca vão ser utilizadas para a imunização de todos os funcionários de hospitais públicos e privados com atendimento exclusivo para Covid-19. Também foram incluídos 100% dos profissionais que atuam nos setores de atendimento Covid-19 (reabilitação, laboratório, limpeza e administração) em hospitais públicos e privados não exclusivos para Covid-19.

O grupo prioritário da vacinação inclui, ainda, 100% dos profissionais de UPA (Unidade de Pronto Atendimento), Pronto Socorro, Pronto Atendimento, AMA (Assistência Médica Ambulatorial) isolada e AMA hospitalar, Unidade Básica de Saúde (UBS)/AMA integrada e todas as UBSs.

Também foram incluídos no plano funcionários e idosos do Programa de Assistência ao Idoso; funcionários e idosos (acamados) atendidos por Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar; funcionários e residentes dos Serviços de Residência Terapêutica e funcionários e residentes das Unidades de Acolhida.

As vacinas recebidas serão utilizadas na sua totalidade para aplicação da primeira dose. Tanto para a vacina Coronavac quanto para a de Oxford/AstraZeneca, o esquema vacinal será de duas doses, com intervalo de 14 a 28 dias entre elas, no caso da Coronavac, e com intervalo de 4 a 12 semanas no caso do imunizante de Oxford/AstraZeneca.

Além das ações na área da saúde, a prefeitura da capital paulista já interditou, desde o início da pandemia, em março de 2020, 1.429 estabelecimentos que descumpriram as legislações municipais relacionadas ao combate da disseminação da Covid-19. Do total, 1.009 (70,6%) são bares, restaurantes, lanchonetes, cafeterias, casas de baladas e danceterias. Os dados levam em conta as interdições até o último dia 22 de janeiro.

De acordo com a administração municipal, no período, 26.455 munícipes foram abordados e orientados para a correta utilização das máscaras; 13.488 estabelecimentos foram orientados sobre os protocolos sanitários adequados e 1.755 máscaras foram distribuídas nos centros comerciais e locais com o maior fluxo de pessoas na cidade.

MAIS SOBRE O CORONAVÍRUS

Segundo dados do boletim diário sobre a pandemia do novo coronavírus publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, nesta quinta-feira (28/1) a capital paulista contabiliza 17.169 vítimas da Covid-19.

Há, ainda, 558.005 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus e 813.395 casos suspeitos sob monitoramento. Até o momento, 791.944 pessoas receberam alta após passar pelos hospitais de campanha, da rede municipal, contratualizados e pela atenção básica do município.

Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo nesta quinta-feira.

Crédito: Prefeitura de SP

Em relação ao sistema público de saúde na Grande São Paulo, a atualização mais recente destaca que, nesta quinta, a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 é de 69,4%.

Considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus, o isolamento social na cidade de São Paulo, na última quarta, foi de 38%.

Os dados são do Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

MAIS SOBRE O CORONAVÍRUS

Resultados preliminares de uma pesquisa com pacientes recuperados de Covid-19, acompanhados pela FMRP (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto) da USP (Universidade de São Paulo), revelam que 64% têm algum sintoma persistente seis meses depois do início dos sintomas. Entre os pacientes atendidos pelo ambulatório pós-covid do Hospital das Clínicas da FMRP, os principais sintomas persistentes são fadiga, falta de ar, dor de cabeça, perda de força muscular, dificuldade para enxergar ou incômodo nos olhos.

Os dados são coletados pelo projeto Recovida, que acompanha, desde maio de 2020, sobreviventes da Covid-19 na forma leve, moderada e grave da doença. O objetivo é observar a sobrevida desses pacientes, bem como a ocorrência de possíveis repercussões físicas, psicológicas ou sociais relacionadas à infecção ou ao seu tratamento.

Aplicados os critérios de classificação de gravidade do caso, a pesquisa identificou 14,7% de casos leves, 44,6% de casos moderados e 40,7% de casos graves atendidos na instituição. Embora os resultados sejam preliminares, o estudo aponta que alguns sintomas são comuns e perduram por bastante tempo, e que podem ser sequelas da doença.

Na fase aguda da infecção, por exemplo, foi observado que os sintomas respiratórios são os mais comuns e mais marcantes, como tosse e falta de ar (dispneia), assim como outros sintomas: febre, dor no corpo (mialgia), fadiga, dor de cabeça (cefaleia) e episódios de diarreia. Também há sintomas característicos da doença como alteração ou perda do paladar e do olfato.

Com três meses do início dos sintomas, as queixas respiratórias como tosse e falta de ar ainda permanecem, mas em menor porcentagem. Nesse momento, novas queixas se apresentam, como perda de força muscular geral, algumas alterações na sensibilidade do corpo (parestesias), queda de cabelo e ressecamento da pele. E os sintomas característicos relacionados ao paladar e olfato estão diminuídos/reduzidos (hiposmia e hipogeusia), mas começam a retornar ao estado normal sentido pelo paciente.

Os resultados preliminares do estudo também indicam que cerca de 64% dos pacientes têm ainda algum sintoma persistente com seis meses ou mais do início dos sintomas. Os principais são fadiga, falta de ar, dor de cabeça, perda de força muscular e casos de queixas relacionadas à visão como uma dificuldade para enxergar ou incômodo nos olhos.

Os autores do estudo destacam que os cuidados com os pacientes ajudam a traçar estratégias de enfrentamento da Covid-19, porque ainda não é sabido até quando os sintomas persistem, se são de fato sequelas da Covid-19 e quais consequências podem gerar na qualidade de vida pessoal e profissional destes pacientes.

O estudo conta, ainda, com parcerias que complementam a avaliação do paciente, como uma equipe de fisioterapia que está realizando exames de espirometria, oscilometria, teste de caminhada e teste de força; uma de oftalmologia que realiza exames mais específicos para acuidade visual dos pacientes com queixas visuais; e uma equipe de fonoaudiologia e CCP, que avaliam os pacientes que necessitaram de intubação ou traqueostomia para avaliar possíveis sequelas relacionadas à deglutição ou fonação. Há outros estudos parceiros de imunologia e oncologia, que analisam dados relacionados à genética dos pacientes.

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