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Capital tem 14,7 mil mortes e 426,4 mil infectados pela Covid-19

Por Daniel Monteiro | 08/12/2020

De acordo com boletim diário desta terça-feira (8/12) publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus, a capital paulista registra um total de 14.755 vítimas da Covid-19.

Há, ainda, 426.439 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus e 625.984 casos suspeitos sob monitoramento. Até o momento, 624.853 pessoas receberam alta após passar pelos hospitais de campanha, da rede municipal, contratualizados e pela atenção básica do município.

Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo nesta terça-feira.

Crédito: Prefeitura de SP

Em relação ao sistema público de saúde, nesta terça-feira a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na Grande São Paulo é de 63,3%.

Já na última segunda-feira (7/12), o índice de isolamento social na cidade de São Paulo foi de 39%. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.

A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

MAIS SOBRE O CORONAVÍRUS

Um estudo realizado por pesquisadores da Unesp (Universidade Estadual Paulista) estima que a redução no nível de atividade física observada nos primeiros meses de quarentena pode gerar um aumento anual de mais 11,1 milhões de novos casos de diabetes tipo 2 e resultar em mais 1,7 milhão de mortes.

Segundo o estudo, ainda que ajude a controlar a propagação do novo coronavírus, o isolamento social pode induzir comportamentos prejudiciais à saúde, como ingerir alimentos de pior qualidade, passar mais tempo sentado em frente às telas e movimentar-se menos ao longo do dia. No texto, os autores defendem ser “urgente” recomendar a prática de exercícios físicos durante a pandemia.

Trabalhos recentes mostram que indivíduos com diabetes têm um risco maior de desenvolver a forma grave da Covid-19. E, quando não é bem controlado, as chances de morte são muito grandes. Ao mesmo tempo, outros estudos têm demonstrado que o confinamento reduziu consideravelmente o nível de atividade física, aumentou o comportamento sedentário e piorou a qualidade da alimentação. A pesquisa desenvolvida na Unesp alerta para as consequências nocivas desses comportamentos.

Entre os dados que serviram de base para o trabalho, os pesquisadores levaram em conta um levantamento internacional realizado on-line por um grupo de 35 instituições de pesquisa de vários continentes.

De acordo com os resultados, ainda preliminares (referentes aos primeiros mil voluntários que responderam ao questionário), nos primeiros meses de confinamento houve redução de 35% no nível de atividade física e aumento de 28,6% nos comportamentos sedentários, como passar mais tempo sentado e deitado, além de maior ingestão de alimentos não saudáveis. Estudos anteriores já mostravam que a inatividade física foi responsável por cerca de 33 milhões de casos de diabetes tipo 2 em 2019 e 5,3 milhões de mortes em 2018.

Baseados nos dados do período anterior à pandemia, os pesquisadores estimam que a prevalência atual de inatividade física – isto é, não realizar a quantidade mínima de exercício recomendado pelas organizações de saúde – é de 57,3% entre a população com mais de 40 anos e 57,7% entre indivíduos com risco de diabetes. Com isso, a falta de atividade física será responsável por 9,6% (11,1 milhões) dos casos de diabetes e 12,5% (1,7 milhão) da mortalidade geral no mundo, caso essa alta prevalência se mantenha por tempo prolongado.

AÇÕES E ATITUDES

Aprovada pela Câmara Municipal de São Paulo no final de outubro, a Renda Básica Emergencial começará a ser paga pela Prefeitura de São Paulo, a partir desta quarta-feira (9/12), a 480.146 famílias que receberão o pagamento único referente às parcelas de outubro, novembro e dezembro de 2020, no valor de R$ 100/mês, conforme calendário estipulado pela administração municipal.

O Renda Básica Emergencial é um benefício financeiro concedido na cidade de São Paulo às famílias em situação de vulnerabilidade inscritas no Programa Bolsa Família até setembro de 2020 e também às famílias de trabalhadores ambulantes do comércio informal que atendam aos critérios do Programa Bolsa Família e que possuam Termo de Permissão de Uso vigente ou que estejam cadastrados no sistema Tô Legal! para o comércio ou prestação de serviços ambulantes.

O programa de transferência de renda visa reduzir os efeitos da pandemia causada pelo novo coronavírus. Pessoas com deficiência, independentemente de idade, receberão um benefício no valor de R$ 200/mês, não sendo válido para os que recebem o Benefício de Prestação Continuada. Nesse caso, o valor será creditado de forma eletrônica.

O Responsável Familiar (RF) que possuir Conta Fácil, Conta Poupança Fácil ou Poupança na CAIXA receberá o benefício nessa conta. Para quem não possui conta na CAIXA, será aberta uma Conta Poupança Social Digital. Nesse caso, é possível receber o benefício pelo aplicativo “Caixa Tem” em um telefone celular com acesso à Internet. Quem não possuir internet poderá sacar em uma agência da CAIXA, com documento de identificação válido com foto, de acordo com o calendário.

Não é necessário que os munícipes se dirijam aos Centros de Referência de Assistência Social, postos do Descomplica SP ou agências da CAIXA para realizar cadastros ou solicitar a abertura de conta, uma vez que o benefício será gerado automaticamente para as famílias que atendam aos critérios do programa. Os canais de atendimento ao cidadão para dúvidas sobre o benefício são o site da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social e a Central 156.

428.142 munícipes receberão um SMS a partir de quarta-feira com a mensagem informando a data do pagamento. As mensagens serão enviadas no dia em que o pagamento cair para cada beneficiário. As 52.004 pessoas que não têm o cadastro de celular receberão uma carta via correio.

As contas que ainda não foram abertas automaticamente são de pessoas com documentação ou CPF irregulares ou alguma informação incompleta no cadastro. Para esses casos, a Prefeitura e a CAIXA estão tomando as ações necessárias para que essas contas sejam abertas o mais breve possível.

O calendário de pagamento será de acordo com o final do número do NIS: finais 1 e 2, o crédito ocorrerá em 09/12; finais 3 e 4, crédito no dia 10/12; finais 5 e 6, crédito no dia 11/12; finais 7 e 8, crédito no dia 14/12; e finais 9 e 0, crédito no dia 15/12.

A partir do dia 9 será possível consultar a situação do benefício por meio da Central e do Portal 156.

*Para ouvir a versão podcast do boletim Coronavírus, clique aqui

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