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Capital terá quatro novos centros de pesquisa para vacina contra o novo coronavírus

Por Daniel Monteiro | 23/10/2020

Nesta sexta-feira (23/10), o Governo do Estado confirmou a criação de seis novos centros de pesquisa científica para testagem e desenvolvimento da CoronaVac, que está em fase final dos estudos clínicos de segurança e eficácia contra o novo coronavírus. Os novos centros serão supervisionados por especialistas do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, localizado na capital paulista.

Os estudos serão executados em quatro hospitais da periferia da cidade de São Paulo, onde a taxa de contaminação tem se mostrado maior do que nos bairros centrais. Outros dois ficarão na região do ABC, que já tem a Universidade Municipal de São Caetano do Sul como local de testagem.

O objetivo é ampliar o número de profissionais de saúde que atuam como voluntários na pesquisa da CoronaVac. Até agora, 9.039 pessoas participam dos estudos clínicos em sete estados. Com os novos centros, haverá a ampliação para 13 mil voluntários em 22 locais de pesquisa. Nesta fase final da pesquisa, metade dos participantes recebe a dose da CoronaVac, enquanto os demais são inoculados com placebo.

Para determinar a eficácia da CoronaVac, é preciso que ao menos 61 participantes aplicados com a substância sejam contaminados pelo novo coronavírus. A partir desta amostragem, haverá a comparação com o total dos que receberam a vacina e, eventualmente, também tenham diagnóstico positivo de Covid-19.

Se o imunizante atingir os índices necessários de eficácia e segurança, poderá ser submetido à avaliação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para registro e posterior uso em campanhas de imunização contra o coronavírus.

Considerada uma das mais promissoras candidatas a vacina contra o novo coronavírus, a Coronavac está sendo desenvolvida no Brasil desde julho, em parceria internacional do Instituto Butantan, na capital paulista, com a biofarmacêutica chinesa Sinovac Life Science. O Butantan já tem acordo para transferência de tecnologia e aquisição de 46 milhões de doses do imunizante.

MAIS SOBRE O CORONAVÍRUS

Segundo dados do boletim diário sobre a pandemia do novo coronavírus (causador da Covid-19) publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, nesta sexta-feira (23/10) a capital paulista contabiliza 13.399 vítimas da Covid-19.

Há, ainda, 355.736 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus e 469.839 casos suspeitos sob monitoramento. Até o momento, 501.171 pessoas receberam alta após passar pelos hospitais de campanha, da rede municipal, contratualizados e pela atenção básica do município.

Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo nesta sexta-feira.

Crédito: Prefeitura de SP

Em relação ao sistema público de saúde na Grande São Paulo, nesta sexta-feira a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 é de 40,2%.

Considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus, o isolamento social na cidade de São Paulo, na última quinta-feira (22/10), foi de 40%.

Os dados são do Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

ATUAÇÃO DO MUNICÍPIO

A partir da próxima segunda-feira (26/10), as oficinas culturais Alfredo Volpi, Juan Serrano e Oswald de Andrade reabrirão para visitação. Para isso, serão tomadas as medidas de segurança necessárias para adequar os espaços à volta do público.

Durante a primeira etapa de retomada das atividades presenciais (de 26/10 a 9/11), o as visitas deverão ser agendadas pelo site www.oficinasculturais.org.br. Nesse período, todas as unidades funcionam de segunda e sexta-feira, com horários diferentes.

A unidade Oswald de Andrade abrirá das 12h às 16h; a unidade Alfredo Volpi, das 11h às 15h; e a unidade Juan Serrano, das 13h às 18h. Grupos e companhias também poderão agendar horário para ensaio nas três unidades.

Com o objetivo de receber o público, que depois de sete meses volta a frequentar os espaços culturais, as oficinas Oswald de Andrade e Alfredo Volpi apresentarão exposições temáticas.

Além disso, as unidades das oficinas culturais serão ocupadas por artistas e realizadores cultura com ações culturais que serão transmitidas ao vivo. A Oficina Juan Serrano, por exemplo, promoverá duas exibições de teleteatro ao vivo.

As transmissões acontecem por meio da plataforma Zoom e as inscrições podem ser feitas pelo WhatsApp: (11) 3971-3640. As duas peças serão retransmitidas pelo Facebook, sem a necessidade de inscrição.

Visando a garantia da segurança do público e funcionários, deverão ser seguidos os protocolos sanitários adotado pelas instituições, em conformidade com as diretrizes definidas pelo Governo do Estado e a Prefeitura de São Paulo.

A programação on-line das Oficinas Culturais é mantida em um hotsite próprio, com toda a agenda virtual dos equipamentos. Para mais informações sobre as atividades e novas medidas de atendimento das instituições, acesse o site de cada instituição.

AÇÕES E ATITUDES

Três pesquisas realizadas sobre depressão – que mostrou-se como uma das consequências mais negativas do isolamento e da insegurança originados pela pandemia de Covid-19 – e outros distúrbios de saúde mental serão apresentadas na nova edição do Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação. A depressão é a maior causa de incapacitação e invalidez no mundo, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).

O evento é promovido pelo ILP (Instituto do Legislativo Paulista) em parceria com a FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). O debate sobre “Depressão, Saúde Mental e Pandemia” acontecerá na próxima segunda-feira (26/10), entre 15h e 16h30, e será transmitido ao vivo no canal da Rede Alesp no YouTube.

No evento, a pesquisadora Laura Helena Guerra de Andrade, da FM-USP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), apresentará um estudo epidemiológico realizado na Região Metropolitana de São Paulo, que mostra a prevalência alta da doença em relação a outros países e os fatos contextuais que podem contribuir para essa situação: violência, moradia e migração. O outro projeto da pesquisadora, com perfil mais qualitativo, está voltado para formas de tratamento do sofrimento mental que não considerem o uso de medicamentos.

Marilisa Barros, da FCM-Unicamp (Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas), comentará os resultados da pesquisa feita pela internet, em parceria com a Fiocruz e a Universidade Federal de Minas Gerais, sobre o impacto da pandemia e do isolamento na saúde dos adultos, com destaque para mudanças comportamentais. A pesquisa buscou mostrar o que aconteceu com os brasileiros em relação ao hábito de fumar, ao consumo de bebida alcoólica, ao sedentarismo e à alimentação. O levantamento também buscou saber se o sofrimento psíquico se associou ou não a mudanças de comportamento e se os entrevistados tinham diagnóstico prévio de depressão.

Por fim, o pesquisador Guilherme Polanczyk, da FM-USP, falará sobre estudos epidemiológicos que mostram que a maior parte dos transtornos mentais presentes em adultos começa na infância e como a pandemia pode, do ponto de vista conceitual, atingir as crianças. Ele apresentará os resultados de um inquérito realizado pela internet com entrevistados entre 5 e 17 anos de idade em todo o Brasil. O levantamento procurou mostrar a rotina e o que aconteceu com a vida dessas crianças e adolescentes durante um período da pandemia. Para terminar, apresentará um estudo iniciado recentemente sobre o uso da telemedicina no atendimento a quem apresentou problemas de ansiedade e depressão nesse período.

As inscrições para o evento devem ser feitas neste link.

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