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Capital ultrapassa 400 mil casos confirmados de Covid-19

Por Daniel Monteiro | 26/11/2020

De acordo com boletim diário desta quinta-feira (26/11) publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus (causador da Covid-19), a capital paulista ultrapassou os 400 mil casos confirmados de Covid-19. Ao todo, o município contabiliza 400.716 infecções pelo novo coronavírus.

Há, ainda, 14.304 vítimas da Covid-19 e 585.103 casos suspeitos sob monitoramento. Até o momento, 589.629 pessoas receberam alta após passar pelos hospitais de campanha, da rede municipal, contratualizados e pela atenção básica do município.

Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo nesta quinta-feira.

Crédito: Prefeitura de SP

Em relação ao sistema público de saúde, nesta quinta-feira a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na Grande São Paulo é de 57,2%.

Já na última quarta-feira (25/11), o índice de isolamento social na cidade de São Paulo foi de 40%. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.

A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

MAIS SOBRE O CORONAVÍRUS

Liderado por pesquisadores do Departamento de Farmacologia do ICB-USP (Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo), na capital paulista, um estudo sugere o uso do zebrafish, mais conhecido como peixe paulistinha, para testar a segurança das vacinas para o novo coronavírus.

Segundo a pesquisa, o zebrafish produziu anticorpos após ser injetado com uma vacina, desenvolvida pelos próprios pesquisadores exclusivamente para ser usada no peixe a partir de uma proteína do novo coronavírus, e também apresentou reações adversas muito semelhantes aos casos graves da doença em humanos.

Antes do início da pandemia, o peixe paulistinha estava sendo usado como modelo para estudar a toxicidade de drogas anticâncer. Com o avanço da Covid-19, houve a mudança de foco para testar a segurança de vacinas para a doença usando o peixe como modelo, com o objetivo de produzir um imunizante que não seja prejudicial para o ser humano e que não vá causar uma resposta indesejada ao paciente. Para isso, as análises contaram com uma força-tarefa de cientistas da USP e de diversas outras universidades brasileiras.

De acordo com os pesquisadores, o uso do zebrafish para testar a segurança de vacinas, não apenas a de Covid-19, pode ser muito mais vantajoso do que outros modelos animais por uma série de fatores: o peixe paulistinha tem apenas 5 centímetros e os custos para sua criação e manutenção são baixos.

Além disso, o peixe apresenta respostas imunológicas mais rápidas e mais próximas ao ser humano, tornando-o um modelo mais interessante do que outros animais, como os camundongos, por exemplo, que são amplamente utilizados atualmente na fase de testes em animais.

AÇÕES E ATITUDES

Com apoio da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), Pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) demonstraram pela primeira vez que, em pacientes com Covid-19, um mecanismo imunológico conhecido como inflamassoma participa da ativação do processo inflamatório que pode causar danos em diversos órgãos e até mesmo levar à morte dos pacientes infectados pelo vírus.

Os resultados da pesquisa foram divulgados nesta semana no periódico especializado Journal of Experimental Medicine. Segundo os autores, os achados têm potencial para aprimorar tanto o prognóstico da doença – ajudando os médicos a identificar precocemente pacientes de alto risco – quanto o tratamento dos casos graves.

Os pesquisadores destacam que já existem medicamentos aprovados para uso humano que são capazes de inibir a ativação do inflamassoma. Agora, com os resultados do estudo, essas drogas poderão ser testadas no contexto da infecção pelo novo coronavírus.

Os autores do estudo explicam que a resposta a diversos patógenos envolve a ativação de inflamassoma e, na maioria das vezes, isso ajuda a barrar a infecção e a proteger o organismo. Mas, em alguns pacientes com Covid-19, parece haver uma superativação desse sistema de defesa, em um processo que ainda não foi compreendido e é alvo de pesquisas desde o começo da pandemia.

*Para ouvir a versão podcast do boletim Coronavírus, clique aqui

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